"E eu tenho que fechar meus olhos para ver-te", de Aurélio Peluso (PR)

“E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te”. 


Durante a vida coleciona-se coisas: objetos; bens; dinheiro e, atualmente, experiências. 

A série apresenta cinco bonecos esquecidos em um sótão por mais de 30 anos e convida à reflexão a respeito do esforço em ganhar dinheiro para comprar brinquedos na tentativa de comprovar um amor e que após aquela centelha de tempo esses brinquedos se tornam meros abandonos. 

A poeira é um elemento importante que convida o espectador a imaginar se mesmo com o passar dos anos as pessoas representadas naquelas bonecas continuam efetivamente vivas, se continuam tendo relacionamentos, convivem ou apenas existem nas lembranças do fotógrafo. 

O objetivo do trabalho é questionar o esforço despendido na acumulação de riquezas e o desperdício de tempo e vivência sacrificada pelas pessoas para acumulação de bens, que com o tempo se tornam meros bens descartáveis.  

Como declamou Cecília Meireles “E tudo que era efêmero se desfez. E ficastes só tu, que é eterno”. 


Galeria de Imagens

Aurélio Peluso (PR)

Aurélio Peluso é mineiro, radicado desde 1994 em Curitiba, onde cursou Direito. Desde 2015 dedicado a projetos de foto documental, em 2019 recebi Menção de Arte no Festival Internacional de Luxemburgo pelo projeto “Para lá, onde”, participou das Bienais Internacionais de Curitiba nos anos de 2015, 2017, 2019 e 2021, em 2022 fui selecionado no Festival de Fotografia de Paranapiacaba e na 15a Semana da Fotografia de Caxias do Sul, participei das exposições coletivas: “Tempo” no Festival de Tiradentes; “Outras Fronteiras” no Festival de Paraty; “Horizontes” no Museu da Fotografia de Curitiba e “Mostra de Artes Visuais” no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul; “Fé” na Pinacoteca de Botucatu- SP; “Anima.Animus” em Tiradentes – MG e “Eufrezina” em Antonina – PR. Autor dos photolivros Sertão do Passaúna e Sertão da Vossoroca, que retratam a seca secular que atingiu a região de Curitiba no ano de 2020. Esse sou eu: Aurélio Peluso.