"As Luzes da Luz", de Marcos Silva (SP)

A Estação da Luz, de estilo neoclássico, foi erguida entre os anos de 1895 e 1901, projetada pelo arquiteto britânico Charles Henry Driver, especialista em projetos de estações de trem, para a São Paulo Railway, empresa sediada em Londres e que era responsável por erguer o primeiro trecho ferroviário do estado de São Paulo, ligando o porto de Santos à cidade de Jundiaí. 

Um edifício deslumbrante, cartão postal da cidade de São Paulo, um dos pontos mais fotografados da cidade, entretanto este ensaio não se contenta com o óbvio. Meu olhar percorre o interior da estação, onde estão os usuários e funcionários, e as plataformas da estação ficam parecendo um palco onde desfilam as pessoas que precisam deste meio de transporte iluminados pelo dourado do sol poente, como se fossem spots de um teatro. O ferro, material dominante deste tipo de arquitetura ganha um destaque como refletor reluzente deste dourado, compondo um poema visual, denominado “As Luzes da Luz”.

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Marcos Silva (SP) 

Marcos Silva, paulistano e apaixonado por fotografia desde sempre, e em 2017 começou a aprimorar sua técnica fotográfica a partir de cursos realizados no Memorial Penha de França, Museu da Imagem e do Som e SESC. Com grande interesse em questões urbanas e sociais, destacando-se o ensaio “À Margem do Tietê”, que culminou em sua primeira exposição individual no Memorial Penha de França, em 2019, em São Paulo; e foi finalista no 17o Festival Paraty em Foco, em 2021 e selecionado para a 15a Semana de Fotografia de Caxias do Sul, em 2022. Participa ativamente de diversos salões nacionais e internacionais, tendo sido premiado com a melhor foto na categoria Mobilidade Sobre Trilhos no concurso Brasília Photo Show 2021 e com o primeiro lugar na XXXII Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Preto e Branco (Porto Alegre, 2022). Atualmente é fotógrafo filiado ao ABCClick Fotoclube de São Caetano do Sul.