Além das Institutas, que são uma exposição completa dos elementos do direito romano, Gaio foi o autor de um tratado sobre os Editos dos Magistrados, Comentários sobre as Doze Tábuas e sobre a importante Lex Papia Poppaea, e várias outras obras. Seu interesse pelas antiguidades do direito romano é evidente e, por essa razão, sua obra é muito valiosa. Nas disputas entre as duas escolas de juristas romanos, ele geralmente se ligava à dos sabinianos, que se dizia serem seguidores de Ateius Capito, de cuja vida temos algum relato nos Anais de Tácito, e para defender uma adesão estrita, tanto quanto possível, às regras antigas e para resistir à inovação. Muitas citações das obras de Gaio aparecem no Digest, criado por Triboniano sob a direção de Justiniano I, e assim adquiriu um lugar permanente no sistema de direito romano; ao passo que uma comparação das institutas de Justiniano com os de Gaio mostra que todo o método e arranjo da obra posterior foram copiados dos anteriores, e muitas passagens são iguais, palavra por palavra. O Digest e as Institutas de Justiniano fazem parte do Corpus Juris Civilis. Provavelmente, durante a maior parte do período de três séculos decorrido entre Gaio e Justiniano, suas institutas foram o livro-texto familiar para todos os estudantes de direito romano.
Institutas De Justiniano.pdf