Lançado em 1984 o primeiro modelo, as teclas eram coloridas, tipo chiclete, com as cores branca, verde, vermelha e azul. Pois, conforme o responsável pelo design do aparelho, o qual é o arquiteto italiano Luciano Deviá, afirmava que usou essas cores, a fim de harmonizar o computador doméstico com os objetos decorativos da casa. Entretanto, havia uma semelhança perceptível com o Timex Sinclair 2068, fabricado nos EUA.
Os usuários utilizavam o CP-400 na maior parte em atividades educativas, pois no seu manual havia o ensinamento da programação BASIC, com instruções e exercícios, facilitando o aprendizado. Além disso, era usado também em trabalhos profissionais ou para jogar jogos utilizando o controle analógico joystick, que vinha separado do produto.
No seu lançamento não havia uma grande concorrência, porém, este cenário alterou após o início das vendas do TK-90X, e depois a comercialização dos micros padrão MSX, provocando a decadência do CP-400 no cenário brasileiro. Ademais, a sua fabricação foi encerrada no ano 1987 juntamento com o suporte técnico em sequência. Assim, muitos usuários trocaram para o padrão MSX ou padrão IBM PC, de 16 bits.
Nome do fabricante: Prológica Computadores Pessoais
Ano de fabricação: 1984
Fim da linha de produção: 1987
Local de fabricação: Rua Ptolomeu, 650- Vila Socorro- São Paulo- SP
A Prológica Indústria e Comércio de Microcomputadores Ltda foi fundada em 1976 por Geraldo Coen, Joseph Blumenfeld e Leonardo Bellonzi, que chegou a atingir o terceiro lugar entre as empresas nacionais do setor nos meados da década 80. Fabricava principalmente produtos eletrônicos, um de seus maiores sucessos foi o micro CP-500, lançado em 1982.
Há registros do envolvimento da Prológica uma grande polêmica, no qual foi o uso do "Disk Extended Color BASIC", da Tandy Radio Shack, sem prévia licença da empresa estadunidense, na sua unidade CP-450. E apesar de ser uma prática comum no Brasil, principalmente, na época de Reserva do Mercado, a Prológica foi processada pela Microsoft , devido à essas ações que praticavam, que contribuiu para o fim da empresa brasileira.
Microprocessador Motorola 6809E em 0,89 ou 1,8MHz;
Memória: ROM: 16 KB;
RAM:16 ou 32KB;
Teclado: "chiclete" com 55 teclas
Vídeo: microprocessador Motorola MC6847, 9 cores
Modo texto (com 32 x 16 caracteres), com 16 caracteres gráficos;
Gráficos de baixa resolução (com 128 x 96 pixels, 2 ou 4 cores por pixel, com 2 opções de paletas);
Gráficos de média resolução (com 128 x 192 pixels, 2 ou 4 cores por pixel, com 2 opções de paletas);
Gráficos de alta resolução ( com 256 x 192 pixels, 2 cores por pixel, totalizando 49.152 pontos);
Suporte a impressora serial, joysticks analógicos, gravador de fita cassete e unidade de disco flexível
Porta de expansão, para conectar os cartuchos
Outras portas:
1 saída para TV colorida PAL-M, canais 3 ou 4 VHF;
1 porta serial RS-232C;
2 portas para joysticks analógicos;
1 porta para monitor (saída de vídeo composto);
1 porta para gravador cassete;
1 porta para fonte de energia externa 110/220V.
Armazenamento magnético
O CP-400 teve vários problemas no seu primeiro modelo, no qual um deles era o superaquecimento do computador, devido a um erro de produção. Já a sua segunda versão, conhecida como CP-400 COLOR II não apresentava a mesma falha, mas, continha um novo defeito, as teclas da máquina eram instáveis, e por isso receberam o apelido carinhoso de "perereca", já que muitas vezes a tecla saltitava ao encostar nela;
Na época de lançamento do CP-400 era considerado como uma máquina de alto custo e poucas pessoas tinham o acesso;
Apesar do design do CP-400 ser feito pelo artista italiano Luciano Deviá , haviam rumores sobre a sua notável semelhança com o computador Timex Sinclair 2068, lançado em 1983 nos EUA, no entanto, até os dias atuais continua inexplicado esse rumor;