Resumo visual do artigo. Fonte: Rápalo et al. (2025)
O artigo "Multiple levels of human instability due to urban overland flow within the 21st century: An urban Catchment study case in Brazil" (Múltiplos níveis de instabilidade humana devido ao escoamento urbano superficial durante o Século 21: um estudo de caso de uma bacia de drenagem urbana no Brasil), dos autores Luis M.C. Rápalo, Marcus N. Gomes Jr. e Eduardo Mario Mendiondo (pesquisador principal do Eixo 5: Segurança Hídrica e Gestão Adaptativa) foi publicado em 27/11/2025 na revista International Journal of Disaster Risk Reduction.
Usando modelagem hidrodinâmica de uma bacia de drenagem urbana em São Paulo em cenários de mudanças climáticas, diversos graus de vulnerabilidade humana foram utilizados: idade, gênero, peso e altura das pessoas. As análises mostram, por exemplo, que eventos de chuva intensos, mas pontuais, afetam mais a circulação de pedestres do que eventos de chuva mais volumosos e contínuos.
"Promovido pelo CEPID FAPESP CLIMARES, este artigo incorpora um novo guia prático que pode ser adaptado em quaisquer Planos Municipais de Proteção e Defesa Civil (PMPDEC) no Território Nacional”, explica o Prof. Mendiondo, do CRHEA EESC-USP, coordenador da pesquisa. “No caso do Município de São Paulo, por um lado, e conforme o IBGE, há mais de 250 pessoas por logradouro ou via pública, e das quais cada vez com menos áreas verdes. Desta população paulistana, mais de 30% são crianças e idosos. Disto, com aumento de frequência e magnitude de chuvas intensas extraídas dos cenários advindos do AR6 do IPCC, e o envelhecimento da população, ameaças, exposições e vulnerabilidades aumentam exponencialmente os riscos das pessoas serem levados pela enxurrada ou correnteza de chuva intensa”, complementa Mendiondo. “Por outro lado, este artigo reinsere e integra o clima, a hidrologia e saúde pública e vigilância sanitária, fortalecendo os Planos Diretores de Vigilância Sanitária (PDVISA) e promovendo o PlanClima SP que visa adaptar o município aos impactos das mudanças climáticas. Por isso, este trabalho também fornece apoio ao projeto FAPESP BIOTA intitulado ‘Nexo Ambiente - Saúde - Serviços Ecossistêmicos: um caminho para a transição do risco à adaptação e resiliência’, coordenado pela Profa. Adelaide C Nardocci, da FSP-USP, também participante do CLIMARES (Eixo 6: Segurança em Saúde e Risco de Pandemia).
O artigo na íntegra pode ser lido neste link.