Eleição para representação docente junto ao CONSU (2023)
INTRODUÇÃO
Apresento-me como candidato a representante docente junto ao CONSU pela primeira vez. Pode ser que você me conheça, pode ser que tenha ouvido falar no meu nome ou talvez não. Tentarei resumir minha trajetória profissional e apresentar minha motivação para participar desse processo, nas linhas abaixo. Certamente, será possível observar que não trilhei um caminho “convencional” e é justamente essa característica que pode fazer você decidir votar em alguém que certamente está numa posição que permite ter um olhar e pensar diferente sobre a nossa universidade.
BREVE HISTÓRICO PROFISSIONAL/ACADÊMICO
Estou na Unicamp, na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), desde março de 2013, ou seja, acabo de completar 10 anos por aqui! Sou formado em engenharia química e atuei como docente na Escola Politécnica da USP, entre 1997 e 2013. Certamente fui um dos últimos (senão o último) docente a ingressar como MS-2 na USP. Assim, enquanto dava aulas, eu era também estudante de doutorado. Durante essa fase, tive a oportunidade de estar durante 18 meses na Technical University of Denmark, onde realizei um doutorado-sanduíche (1999-2000). Alguns anos após defender minha tese de doutorado, pela USP, afastei-me para um pós-doutorado na Universidade do Minho, em Portugal, por 15 meses (2003-2004). Mais tarde, fui contratado pela Delft University of Technology, nos Países Baixos, para trabalhar como pesquisador pós-doutoral por 3 anos (2006-2008) e para isso precisei pedir um afastamento sem remuneração na USP e usar todo o tempo de licença-prêmio acumulado. Prestei a livre-docência em 2009 e continuei atuando na USP até o momento em que, por motivos pessoais e familiares, decidi prestar um concurso na FEA/Unicamp, onde atuo desde 2013. Durante o ano de 2019 atuei como professor visitante na Universidade de Harvard, nos EUA. Acredito que toda essa bagagem que acumulei em diferentes universidades e em diferentes países me permitem hoje ter uma visão ampliada da universidade e do nosso sistema acadêmico como um todo, tanto no contexto brasileiro, como no exterior. Para isso, certamente contribuem também todos os trabalhos em colaboração que realizei e que realizo até hoje (a grande maioria dos trabalhos científicos de que participei foi em colaboração, tanto com pesquisadores de diferentes universidades brasileiras como estrangeiras). Temas que hoje ocupam meu tempo incluem: 1) ensino e aprendizagem; 2) publicações científicas, métricas e indicadores de desempenho acadêmico; 3) popularização da ciência; 4) extensão universitária. Convido você a visitar meu currículo Lattes e meu perfil no LinkedIn, para verificar todas essas informações e para ver outras.
MOTIVAÇÃO PARA ESTA CANDIDATURA
O que me motiva a colocar essa candidatura? Um desejo de contribuir para o debate e para a melhoria contínua de nossa universidade, trazendo uma visão que se beneficia dessa vivência em diferentes universidades e países, em variadas formas de atuação acadêmica. Acredito que essa visão pode contribuir para a Unicamp, à medida em que costuma ser diferente da visão comum, principalmente num ambiente com alto grau de endogenia, de forma a podermos pensar em estratégias que nos levem a um patamar superior ao que estamos hoje, a sermos mais ousados e protagonistas. Dizem que "a/o cientista não é a pessoa que fornece as verdadeiras respostas, mas sim quem sabe formular as melhores perguntas", então aqui listo algumas das perguntas que têm ocupado meus pensamentos nos últimos anos e que nortearão minha eventual atuação no CONSU: 1) Como avaliar docentes e a própria universidade?; 2) Como integrar as unidades de ensino e pesquisa?; 3) Como promover e valorizar a interdisciplinaridade?; 4) Como sermos uma universidade mais ousada?; 5) Como sermos protagonistas no enfrentamento da emergência climática?
ALGUMAS ATUAÇÕES DENTRO DA UNICAMP
Na Unicamp, fui coordenador do programa de pós-graduação em Bioenergia, o primeiro programa que envolve as 3 universidades estaduais paulistas: Unicamp, Unesp e USP. Organizei uma Escola São Paulo de Ciências Avançadas sobre “O presente e o futuro da Bioenergia”, com apoio da FAPESP (2014). Fui eleito 3 vezes para representação na Congregação da FEA, tendo sido o docente mais voltado para a bancada geral no último pleito (novembro de 2022). Sou hoje presidente do Núcleo Docente Estruturante (NDE) de nossa faculdade, um colegiado que pensa a graduação e zela pelo Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Faço parte do conselho científico no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) e sou membro da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental (CAMEJA), ligada à Diretoria Executiva de Direitos Humanos, que envolve colegas de várias unidades da Unicamp e que pensa em como transversalizar ações para que a Unicamp possa se tornar protagonista no enfrentamento da Emergência Climática, que é talvez o principal problema que a humanidade enfrenta atualmente e que ainda vai enfrentar por muitos anos. Represento hoje a FEA no Conselho de Representantes da ADunicamp. Minha área de atuação em pesquisa é na fronteira entre a biologia e a engenharia; trabalho com uns microrganismos muito simpáticos, as leveduras ;-)
ANDREAS, POR QUE VOCÊ NÃO FAZ PARTE DE NENHUMA "CHAPA"?
Cheguei tarde para a conversa. Quando procurei os dois lados que tradicionalmente se colocam, as candidaturas já estavam definidas. De qualquer forma, conhecendo as principais características de cada lado, confesso que não tenho alinhamento de 100% com nenhum deles. Há concordâncias aqui, divergências ali. Por isso tudo, sim, essa é uma candidatura que chamam de "independente".
VAMOS TROCAR IDEIAS?
Estou à disposição para conversar, tomar um café, tirar dúvidas ou qualquer outra forma de contato. Agradeço pela atenção e oxalá possa contar com seu voto!
Interdisciplinar
Questionador do status quo
Disposto a ouvir
Independente
1) defender uma nova forma de avaliação de docentes, baseada mais em qualidade do que em quantidade;
2) defender uma nova forma de realizarmos concursos docentes, com editais menos burocráticos e mais estratégicos;
3) por uma carreira docente mais valorizada e mais inclusiva;
4) estimular interações entre unidades da Unicamp, em graduação, extensão e pesquisa;
5) contribuir para a implementação de mecanismos de enfrentamento da emergência climática na Unicamp, de forma transversal.