"Eficiência fotodinâmica do xantênico Eritrosina B: de efeitos moleculares em sistema modelos aos mecanismos de morte celular em ensaios in vitro"
Autores: Maria Julia Bistaffa, Mirella Boaro Kobal, Karina Alves de Toledo, Sabrina Aléssio Camacho, Pedro Henrique Benites Aoki.
Instituições: UNESP.
Autor apresentador: Maria Julia Bistaffa.
Resumo: A terapia fotodinâmica tem se destacado como alternativa ao tratamento de carcinomas. No entanto, a falta de conhecimento detalhado dos mecanismos de ação dos distintos fotossensibilizadores (FS) dificulta a exploração do potencial dessa nova abordagem de tratamento. Neste trabalho, avaliaremos a eficiência fotodinâmica e o mecanismo de morte celular desencadeado pelo FS eritrosina B em células HEp-2. Testes de citotoxicidade e atividade fotodinâmica foram avaliados via ensaio de MTT para diferentes concentrações de eritrosina B (1 - 100 µmol/L) incubadas junto as células HEp-2 por 3, 24 e 48 h. O efeito citotóxico e o mecanismo de morte celular induzidos pela foto-ativação foram medidos via citometria de fluxo com anexina V e iodeto de propídio. Modelos bioinspirados em membranas tumorais foram utilizadas para compreender a interação da eritrosina com as células HEp-2 e os efeitos da foto-oxidação em monocamadas de Langmuir de 2-dioleoil-sn-glicero-3-fosfocolina (DOPC) e 1,2-dioleoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina (DOPS). A incubação da eritrosina no escuro não apresentou citotoxicidade até 1,25 µmol/L com 24 h de incubação, no qual menos de 25% da população celular sucedem apoptose. Por outro lado, quando o sistema é fotoativado, a viabilidade celular é reduzida em 50% com 3,75 µmol/L de eritrosina em 24 h incubação, induzindo a um mecanismo de morte celular via necrose. Os filmes mistos de DOPC e DOPS revelaram interações eletrostáticas entre o FS e os grupos polar dos lipídios, permitindo a adsorção da eritrosina nas monocamadas. Além disso, a hidroperoxidação lipídica fotoinduzida aumentou significantemente a área superficial das monocamadas, o que pode ser a origem do caminho necrótico desencadeado nas células HEp-2 e detectado via citometria de fluxo. Portanto, a presença da eritrosina produz um estresse celular, ocasionando apoptose em concentrações maiores que 1,25 µmol/L e incubadas 24 h, induzindo a um caminho necrótico quando irradiadas.
Link do vídeo: https://youtu.be/9_Tn1xFkJBM
Link da sala do Meet: https://meet.google.com/xko-hvyc-pxu