A identificar as características ósseas palpáveis das regiões do cotovelo, do punho e da mão;
A identificar as características articulares e musculares das regiões do ombro, do cotovelo, do punho e da mão;
A conhecer as principais abordagens palpatórias das regiões do ombro, do cotovelo, do punho e da mão.
O ombro é um dos maiores complexos de movimento do sistema musculoesquelético e inclui a articulação glenoumeral, as partes ósseas e articulações da cintura escapular, a articulação escapulotorácica deslizante e a transição cervicotorácica para as articulações das costelas superiores. O princípio mais importante da função do complexo do ombro é a otimização dos movimentos do braço com a maior amplitude possível e o fornecimento de uma base móvel e estável para os movimentos dessa região. A abdução total do braço é um dos movimentos mais complexos do nosso corpo e, além disso, a interação entre os componentes individuais do complexo do ombro pode levar a uma variedade de disfunções.
A função da articulação do cotovelo é aumentar ou diminuir a distância entre a mão e o corpo ou rosto e permitir a rotação da mão, que ocorre no antebraço. Além do encaixe articular dinâmico, a articulação do cotovelo também é caracterizada por um arranjo de muitos músculos, às vezes bem finos, que podem ser subdivididos em um extensor e vários flexores. São particularmente eles que se tornam sintomáticos com síndromes de estresse de tendões e inserções, como o “cotovelo de tenista”.
As mãos têm as funções principais de preensão, toque e gestos (para a comunicação) e, como órgão final do membro superior, a mão é um instrumento de trabalho bem desenvolvido com um grande variedade de funções motoras finas e extensa percepção tátil. Alterações nas mãos podem ser um desafio para o terapeuta e incluem sintomas pós-operatórios, traumáticos e não traumáticos das extremidades.
É preciso que você tenha conhecimento anatômico para se familiarizar com a localização e a forma de todas as estruturas articulares e suas relações com os músculos, além de desenvolver, através do estudo anatômico e da prática palpatória, um conhecimento espacial das estruturas clinicamente importantes para que possa ser capaz de fazer um diagnóstico preciso.
O ombro compreende a cintura escapular, composta pela escápula e pela clavícula. Incluiremos aqui também a articulação escapuloumeral.
As estruturas importantes acessíveis à palpação são: concavidade anterolateral, convexidade posterolateral, convexidade anteromedial, concavidade posteromedial, extremidade esternal e extremidade acromial (Figura 1).
Figura 1: Palpação da clavícula. (a) Extremidade esternal; (b) Extremidade acromial; (c) Concavidade posteromedial; (d) Concavidade anterolateral.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Face costal da escápula, espinha da escápula, acrômio, espinha da escápula, tubérculo do músculo trapézio, fossa supraespinal da escápula, fossa infraespinal da escápula, margem medial da escápula, margem lateral da escápula, colo da escápula, processo coracóide, margem superior da escápula, ângulo inferior da escápula ângulo, superior da escápula (Figura 2).
Figura 2: Escápula. (a) Abordagem medial da face anterior ou costal da escápula e contato com as inserções do músculo serrátil anterior; (b) Abordagem lateral ou axilar da face anterior da escápula; (c) Espinha da escápula; (d) Ângulo do acrômio; (e) Fossa supraespinal. (f) Palpação da porção horizontal do processo coracóide, com as polpas dos dedos a um dedo e meio transverso, sob o terço lateral da clavícula.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009; JUNQUEIRA, 2018.
Cabeça do úmero, tubérculo menor, sulco intertubercular e tubérculo maior (Figura 3).
Figura 3: Cabeça do úmero. (a) e (b) Tubérculo maior; (c) e (d) Palpação simultânea do tubérculo menor e da extremidade lateral do processo coracóide.
Fonte: adaptado de JUNQUEIRA, 2018.
Para melhor estudarmos a musculatura desta região, ela será dividida em grupos anterior, medial, lateral e posterior.
Parte clavicular do músculo peitoral maior, parte esternocostal do músculo peitoral maior, parte abdominal do músculo peitoral maior, músculo subclávio e músculo peitoral menor.
Porção clavicular: o paciente sentado e você em pé, à frente dele. Resista à elevação combinada à adução do braço do paciente. Com a sua outra mão, palpe, em “forma de pinça”, a porção clavicular do peitoral maior. Porção esternocostal: paciente em decúbito dorsal com o braço em abdução de 90° e você em pé, ao lado do paciente. Palpe com uma de suas mãos as fibras esternocostais do peitoral maior, transversalmente a elas (os dedos estarão voltados para o esterno ou para a clavícula do paciente). Perceba como a porção carnosa desse músculo é plana, larga e espessa nessa região.
Figura 4: Músculo peitoral maior. (a) Palpação global; (b) Palpação da porção clavicular; (c) Palpação da porção esternocostal.
Fonte: adaptado de JUNQUEIRA, 2018.
Composto somente pelo músculo serrátil anterior (Figura 5).
Figura 5. Músculo serrátil anterior. (a) Vista lateral do músculo com a escápula rebatida; (b) e (c) Digitações do músculo serrátil (1), músculo latíssimo do dorso (2), músculo peitoral maior.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Composto pelos músculos subescapular, supraespinal, infraespinal, redondo menor, redondo maior e latíssimo do dorso (Figuras 6 e 7).
Paciente em decúbito lateral e você em pé, à frente ou atrás dele. Coloque as polpas de seus dedos superior e lateralmente ao ângulo inferior da escápula, situando-os abaixo do redondo menor. Resista com a sua outra mão posicionada no antebraço do paciente, à adução combinada à rotação medial do braço. O músculo redondo maior ficará visível, evidenciando o seu formato arredondado e sua contração será percebida pelas polpas dos dedos do terapeuta.
Para palpar o ventre muscular: paciente em decúbito ventral com braço ao lado do corpo. Identifique com as polpas dos dedos os processos espinhosos das vértebras lombares. Palpe lateralmente em direção ao ângulo inferior da escápula. Para palpar a margem posterior da axila: o paciente em decúbito ventral com braço abduzido. Com as polpas dos últimos quatro dedos localize a margem lateral da escápula. Com o polegar no interior da axila, pince a musculatura de sua parede posterior e resista à medida que o paciente flexiona a articulação glenoumeral.
O paciente em decúbito ventral com braço ao lado do corpo. Palpe a espinha da escápula com o polegar e siga em sentido superior, acima da espinha da escápula, para localizar a fossa supraespinal, identificando o ventre muscular.
Figura 6: (a) Palpação do músculo redondo menor; (b) Palpação do músculo redondo maior; (c) Palpação global dos tendões dos músculos rotadores do ombro: supraespinal, infraespinal e redondo menor.
Fonte: adaptado de JUNQUEIRA, 2018.
Figura 7: (a) Palpação do músculo latíssimo do dorso; (b) Palpação do músculo redondo maior; (c) Palpação do músculo supraespinal; (d) Palpação do músculo infraespinal.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013.
Composto somente pelo músculo deltoide (Figura 8), o qual recobre a articulação escapuloumeral e é separado dela pela bolsa subdeltóidea.
Figura 8: Músculo deltóide. (a) e (b) Os polegares do terapeuta delimitando a porção acromial (1) entre a porção clavicular (2) e a porção espinal (3). Peça ao paciente que faça abdução e resista a esse movimento.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Os músculos do braço serão divididos em grupo anterior e posterior.
É dividido em plano superficial, composto pelo músculo bíceps braquial e em plano profundo, composto pelos músculos coracobraquial e braquial (Figuras 9 e 10).
Figura 9: Palpação do músculo bíceps braquial. (a) Cabeça curta (1), cabeça longa (2); para diferenciar entre a cabeça curta e a longa, resista à flexão do cotovelo, com o antebraço em supinação. A outra mão fica sobre o terço proximal da face anterior do braço e em contato com o músculo peitoral maior. A partir dessa posição palpe em direção ao cotovelo e mais profundamente para sentir o sulco que separa as duas cabeças; (b) Cabeça curta (1), cabeça longa (2) e músculo coracobraquial (3); (c) Tendão de inserção terminal: resista a uma flexão do cotovelo, com o braço em supinação.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
O paciente em decúbito dorsal com braço ao lado do corpo. Localize a prega axilar anterior. Então, palpe lateral e posteriormente ao longo da face medial do úmero. Identifique o ventre muscular profundo ao bíceps braquial e siga em direção à sua inserção na face medial do corpo do úmero (aproximadamente no mesmo nível da inserção distal do músculo deltóide). Resista ao movimento de adução do braço, feito pelo paciente para confirmar a palpação do coracobraquial.
Figura 10: Músculo coracobraquial.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013.
Composto somente pelo músculo tríceps braquial e seus tendões (Figura 11).
Figura 11: Músculo tríceps braquial. (a) Cabeça lateral (1), cabeça longa (2) e cabeça medial (3); (b) Tendão proximal da cabeça longa do músculo tríceps braquial. A mão do terapeuta na parte posterior do ombro, em contato com o feixe posterior do músculo deltóide e lateral ao músculo redondo menor, com o ombro do paciente 90o de abdução e cotovelo a 90o de flexão. Resista ao movimento de extensão do cotovelo, após ter colocado uma resistência na parte distal do antebraço. Sinta o tendão do tríceps na face posterior do ombro; (c) Tendão distal na face superior do olécrano. Uma extensão do cotovelo sobre o braço contra uma resistência auxilia sua identificação; (d) Corpo muscular da cabeça medial (1), corpo do bíceps braquial (2), epicôndilo medial (3). A extensão do cotovelo contra uma resistência auxilia sua visualização ou sua percepção.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Úmero: capítulo, epicôndilo lateral e medial, crista supraepicondilar lateral, fossa do olécrano, crista supraepicondilar medial, sulco do nervo ulnar. Rádio: cabeça, colo, tuberosidade. Ulna: olécrano (faces superior, medial e lateral), margem posterior do corpo da ulna e processo coronóide (Figura 12).
Figura 12: (a) Cabeça do rádio; (b) Epicôndilo lateral do úmero; (c) Olécrano da ulna; (d) Fossa do olécrano; (e) Capítulo do úmero: é necessário fazer flexão do cotovelo para a palpação. (f) Epicôndilo medial do úmero.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009; JUNQUEIRA, 2018.
Existem vários vasos e nervos na região de transição entre o braço e o antebraço. Mencionaremos aqui como estruturas palpáveis a artéria braquial e os nervos ulnar, radial e mediano (Figura 13).
Figura 13: (a) Nervo ulnar (1), nervo mediano (2) e artéria braquial (3); (b) Indicador do terapeuta no nervo ulnar, no sulco do nervo ulnar; (c) Nervo mediano, medial ao tendão do músculo bíceps braquial, percebido à palpação como um cordão cilíndrico; (d) Artéria braquial, medial ao tendão do músculo bíceps braquial (1); (e) Nervo radial na altura da cabeça do rádio, entre os músculos extensor radial curto do carpo e extensor comum dos dedos.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Os músculos estão agrupados em laterais, posteriores e anteriores (Figura 14).
Figura 14: Músculos superficiais do cotovelo, do antebraço, do punho e da mão. (a) Vista palmar; (b) Vista dorsal.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013.
O plano superficial compreende três músculos: braquiorradial, extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo. O plano profundo é formado unicamente pelo músculo supinador.
As estruturas importantes acessíveis à palpação são: parte proximal do músculo braquiorradial, corpo muscular do músculo braquiorradial, inserção distal do músculo braquiorradial, inserção proximal do músculo extensor radial longo do carpo, corpo muscular do músculo extensor radial longo do carpo; no cotovelo: tendão do músculo extensor radial longo do carpo, músculo extensor radial curto do carpo; no terço inferior do antebraço: inserção distal do músculo extensor radial curto do carpo e músculo supinador (Figura 15).
Figura 15: (a) e (b) Palpação do músculo braquiorradial; (c) e (d) Palpação do músculo radial longo do carpo. 1. Corpo muscular do músculo extensor radial longo do carpo (1), extensor radial curto do carpo (2), músculo extensor dos dedos (3); (e) e (f) Palpação do músculo radial curto do carpo. Nesse nível, o tendão apontado pelo indicador acompanha o tendão do músculo extensor radial longo do carpo, percorre anteriormente ao músculo abdutor longo do polegar e distalmente na frente do músculo extensor curto do polegar.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009; CAEL, 2013.
Peça ao paciente que faça a flexão do cotovelo. Coloque uma resistência no terço inferior do rádio e perceba a contração na parte distal da margem lateral do úmero.
Em muitos indivíduos, esse corpo muscular aparece claramente na face lateral do cotovelo, quando é solicitado que façam extensão do punho junto com desvio radial.
Em uma camada superficial de lateral para medial estão os músculos: extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, extensor ulnar do carpo e ancôneo. Em uma camada profunda, de cima para baixo, estão os músculos: abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor longo do polegar e extensor do indicador. Os músculos importantes acessíveis à palpação são os: extensor dos dedos, extensor ulnar do carpo, ancôneo, abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar (Figura 16).
Figura 16: Grupo muscular posterior. (1) Músculo ancôneo. (2). Músculo extensor ulnar do carpo. (3) Músculo extensor do dedo mínimo. (4) Músculo extensor dos dedos. (5) Músculo flexor ulnar do carpo. (6) Músculo extensor radial longo do carpo.
Fonte: TIXA, 2009.
Figura 17: (a) e (b) Palpação do músculo extensor dos dedos (1) em sua parte proximal (1) posterior e medialmente ao músculo extensor radial longo do carpo (2); (c) Tendões do músculo extensor dos dedos em vista dorsal: efetuar extensões repetidas do punho e dos dedos para evidenciá-los; (d) Palpação do músculo extensor do dedo indicador; (e) Palpação do músculo extensor do dedo mínimo.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009; CAEL, 2013.
Paciente em decúbito dorsal com o antebraço pronado. Flexione passivamente o cotovelo e estenda o punho até afrouxar os tecidos. Identifique o olécrano com o polegar e, em seguida, acompanhe a margem posterior da ulna. Deslize o polegar em sentido anterior e medial sobre o extensor ulnar do carpo e ainda mais medial sobre o extensor dos dedos. Para assegurar a identificação correta do músculo, oponha resistência enquanto o paciente estende os dedos.
Esse músculo localiza-se em uma depressão entre os ventres musculares dos músculos extensor dos dedos e extensor ulnar do carpo. Para perceber sua contração, coloque as polpas de dois ou três dedos nessa depressão e peça ao paciente que realize extensões repetidas do dedo mínimo.
Este grupo é composto por oito músculos que se dividem em quatro planos: 1º plano - pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo; 2º plano - flexor superficial dos dedos; 3º plano - flexor profundo dos dedos, medialmente, e o flexor longo do polegar, lateralmente; 4º plano - pronador quadrado. Os músculos acessíveis à palpação são: os epicondilianos mediais: o pronador redondo, o flexor radial do carpo, o palmar longo, o flexor ulnar do carpo, o flexor superficial dos dedos e o flexor longo do polegar (Figuras 18, 19 e 20).
Porção clavicular: o paciente sentado e você em pé, à frente dele. Resista à elevação combinada à adução do braço do paciente. Com a sua outra mão, palpe, em “forma de pinça”, a porção clavicular do peitoral maior. Porção esternocostal: paciente em decúbito dorsal com o braço em abdução de 90° e você em pé, ao lado do paciente. Palpe com uma de suas mãos as fibras esternocostais do peitoral maior, transversalmente a elas (os dedos estarão voltados para o esterno ou para a clavícula do paciente). Perceba como a porção carnosa desse músculo é plana, larga e espessa nessa região.
Figura 18: (a) e (b) Músculo pronador redondo; (c) e (d) Músculo flexor radial do carpo.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013; JUNQUEIRA, 2018.
Figura 19: (a) e (b) Músculo palmar longo; (c), (d) e (e) Músculo flexor ulnar do carpo.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013; JUNQUEIRA, 2018.
Figura 20: (a) e (b) Músculo flexor longo dos dedos; (c) e (d) Músculo flexor longo do polegar.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013; JUNQUEIRA, 2018.
São compostos pelas porção distal do rádio e da ulna, pelos ossos do carpo e pelos ossos da mão (Figuras 21 e 22).
Extremidade inferior ou cabeça da ulna; processo estilóide; extremidade inferior do rádio; margem ulnar ou medial; face lateral e processo estilóide do rádio, tubérculo dorsal do rádio.
Figura 21: Palpação dos ossos do punho e da mão em vista dorsal. (a) Processo estilóide do rádio; (b) Processo estilóide da ulna; (c) Ossos do carpo; (d) Osso escafóide; (e) Metacarpos.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013.
Figura 22: Palpação dos ossos do punho e da mão em vista palmar. (a) Ossos do carpo; (b) Osso pisiforme; (c) Hâmulo do osso hamato; (d) Falanges.
Fonte: adaptado de CAEL, 2013.
As estruturas importantes acessíveis à palpação são: tabaqueira anatômica, escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme (Figura 21 e 22).
Cabeça dos metacarpais II-V, osso metacarpal I (base, corpo, cabeça); ossos sesamóides da articulação metacarpofalângica; osso metacarpal II, osso metacarpal III, osso metacarpal IV, osso metacarpal V, falange proximal do polegar, falange distal (Figuras 21 e 22).
Os tendões dos músculos da região do punho estão divididos em anteriores, laterais e posteriores.
As estruturas importantes acessíveis à palpação são: tendão do músculo flexor longo do polegar, tendão do músculo flexor radial do carpo, tendão do músculo palmar longo, músculo flexor superficial dos dedos (tendão destinado ao dedo anular, tendão destinado ao dedo médio, tendão destinado ao dedo mínimo, tendão destinado ao indicador); tendão do músculo flexor ulnar do carpo (Figura 23).
Figura 23: (a) Flexor radial do carpo; (b) Flexor do dedo polegar; (c) Palmar longo; (d) Flexor superficial dos dedos (para o dedo mínimo); (e) Flexor ulnar do carpo.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Tendão do músculo abdutor longo do polegar, tendão do músculo extensor curto do polegar, tendão do músculo extensor longo do polegar (Figura 24).
Tendão do músculo extensor radial longo do carpo, tendão do músculo extensor radial curto do carpo, tendão do músculo extensor dos dedos, tendão do músculo extensor do dedo mínimo, tendão do músculo extensor ulnar do carpo (Figura 25).
Figura 25: Tendões dos músculos: extensor radial longo do carpo (1), extensor radial curto do carpo (2), extensor dos dedos (3), extensor do dedo mínimo (4), extensor ulnar do carpo (5).
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Identifique o epicôndilo lateral do úmero com o polegar e deslize o polegar em sentido distal sobre o extensor radial longo do carpo. Tenha o cuidado de permanecer lateral ao músculo braquiorradial. Para assegurar a identificação correta do músculo, oponha resistência à extensão do punho do paciente.
Peça ao paciente que faça extensão do punho e das articulações metacarpofalângicas e oponha resistência a esse movimento para salientar o tendão na face posterior e mediana do punho. Cuide para manter as articulações interfalângicas proximais e distais flexionadas. Saiba que esse tendão agrupa ao mesmo tempo quatro tendões do músculo extensor dos dedos e também o tendão do músculo extensor do indicador que é posicionado medialmente (do lado ulnar) ao tendão do músculo extensor dos dedos destinado ao indicador.
Peça ao paciente que faça extensão do punho e extensão do dedo mínimo e oponha resistência a esses movimentos. O tendão apontado pelo indicador do profissional aparece na parte póstero-medial do punho lateralmente (do lado radial) ao tendão do músculo extensor ulnar do carpo.
Peça ao paciente que realize inclinação ulnar em extensão do punho e oponha resistência a esses movimentos.
As estruturas importantes acessíveis à palpação são: eminência tenar, eminência hipotênar, tendões flexores da palma da mão, músculos lumbricais, músculos lumbricais e músculos interósseos palmares e dorsais (Figura 26).
Figura 26. (a) Eminência tenar, composta pelos músculos abdutor curto do polegar (superficial), oponentes dos dedos (médio), flexor curto do polegar e adutor do polegar (profundo); (b) Eminência hipotênar composta pelos músculos (superfície à profundidade): palmar curto, abdutor do dedo mínimo, músculo flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo; (c) Tendões flexores da mão; (d) Situação topográfica dos músculos lumbricais; (e) Músculos interósseos palmares.
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
Tomada do pulso radial no punho, nervo mediano na parte anterior do punho, tomada do pulso ulnar no punho, nervo ulnar na extremidade medial da face anterior do punho. Lembre-se de que a palpação de qualquer nervo deve ser cautelosa para não provocar dor (Figura 27).
Figura 27: (a) Tomada do pulso radial no punho. Coloque as polpas de dois dedos na extremidade inferior da face anterior do rádio, lateralmente (do lado radial) ao tendão do músculo flexor radial do carpo; (b) Nervo mediano na parte anterior do punho entre o tendão do músculo flexor radial do carpo, lateralmente, e o tendão do músculo flexor superficial dos dedos destinado ao dedo médio. Empurre lateralmente o tendão do palmar longo para palpar o nervo com muito cuidado; (c) Pulso da artéria ulnar. Com o punho do paciente em extensão, coloque os dois dedos na extremidade medial da face anterior do punho no nível das pregas palmares cutâneas, com a mão em contato com a parte radial do osso pisiforme. Colocar o punho em leve extensão para melhor perceber o pulso da artéria ulna; (d) Nervo ulnar, palpável na margem lateral (radial) do tendão do músculo flexor ulnar do carpo. Faça-o rolar sobre o tendão do músculo flexor superficial dos dedos (do dedo mínimo).
Fonte: adaptado de TIXA, 2009.
CAEL, Christy. Anatomia palpatória e funcional. Barueri, SP: Manole, 2013.
JUNQUEIRA, Lilia. Anatomia palpatória e seus aspectos clínicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
MOORE, Keith. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
REICHERT, Benhard. Palpation Techniques Surface Anatomy for Physical Therapists. 2nd Edition. Nova York: Thieme, 2015.
SMITH, Claire; DILLEY, Andrew; MITCHELL Barry; DRAKE Richard. Gray’s Surface Anatomy and Ultrasound. London: Elsevier, 2018.
TIXA, Serge. Atlas de anatomia palpatória. Vol.1: pescoço, tronco e membro superior. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2009.
TUNSTALL, Richard; SHAH, Nehal. Surface anatomy. London: Medical Publishers, 2012.
VERSAGI, Charlotte Michael. Protocolos terapêuticos de massoterapia: técnicas passo a passo para diversas condições clínicas. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2015.
Coordenação e Revisão Pedagógica: Claudiane Ramos Furtado
Design Instrucional: Luiz Specht e Gabriela Rossa
Diagramação: Vinicius Ferreira e Luiz Specht
Fotos: Matheus von Mühller Prates
Ilustrações: Marcelo Germano
Revisão ortográfica: Ane Arduim