O Espaço Interativo da Física da UFPI é um ambiente permanente de divulgação científica sediado no Campus Ministro Petrônio Portella, destinado a promover o conhecimento da Física à população de forma acessível, prática e dinâmica. Via projeto de extensão coordenado pelo NPEX‑EF, o espaço reúne estações interativas, experiências de óptica, mecânica, eletromagnetismo e outras modalidades experimentais, como geradores eletrostáticos, mesas de óptica, circuitos elétricos e experimentos de mecânica, que permitem aos visitantes observar, manipular e compreender princípios físicos de modo lúdico e envolvente.
Além de atender o público geral, o Espaço Interativo apoia atividades de ensino, extensão e pesquisa da UFPI, com envolvimento de estudantes de graduação como monitores. Isso confere ao projeto uma dupla função: divulgar ciência e formar comunicadores científicos, essenciais para ampliar o alcance da Física no estado.
As visitas podem ser agendadas por escolas, instituições ou grupos interessados, por meio de e-mail, conforme as orientações divulgadas pelo espaço. Os horários disponíveis para agendamento incluem manhãs e tardes em dias fixos da semana, conforme programação semestral.
Para acompanhamento da agenda de plantões, oficinas, visitas mediadas e atividades especiais, o Espaço Interativo utiliza seu perfil no Instagram, onde publica calendários semestrais, convites para eventos, e informações sobre como participar das sessões.
Uma máquina eletrostática que acumula uma grande quantidade de carga elétrica estática em uma esfera metálica oca (cúpula), usando uma correia isolante motorizada. O experimento clássico é o do cabelo em pé: quando uma pessoa isolada toca a cúpula, seu corpo e cabelos ficam com a mesma carga e, por repulsão eletrostática, os fios se afastam uns dos outros.
Também é um gerador eletrostático de alta tensão que produz cargas por indução eletrostática. Consiste em dois discos isolantes que giram em sentidos opostos, com segmentos metálicos. Gera faíscas visíveis entre dois terminais esféricos, demonstrando o acúmulo de carga e a descarga elétrica.
Um experimento que demonstra o efeito da ionização do ar e a convecção causada pelo calor de uma faísca. Uma descarga elétrica (faísca) é gerada entre dois eletrodos de metal em forma de "V" ou escada. A faísca aquece o ar, tornando-o condutor; o ar quente sobe, levando a faísca com ele até o topo da escada, onde a distância entre os eletrodos é muito grande e a faísca se extingue, começando um novo ciclo na base.
Um experimento divertido de eletricidade estática. Pessoas dão as mãos e a última pessoa toca a esfera carregada de um Gerador Van de Graaff. Como estão em contato (e isoladas do chão), a carga se espalha por todos. Ao tocarem um objeto condutor ou outra pessoa no chão (aterrada), o choque de descarga é sentido. Pode ser feito também a seguinte experimentação: as pessoas dão as mãos e a última pessoa toca um conjunto montado com uma placa de cobre e outra de alumínio conectadas a um multímetro, quando o contato acontece é mostrado na interface do multímetro o valor da corrente das pessoas envolvidas. Demonstra a condução e o potencial elétrico.
Uma esfera de vidro preenchida com gases nobres a baixa pressão, com um eletrodo de alta tensão no centro. Os filamentos luminosos (plasma) que se formam são o resultado do gás ionizado pela eletricidade. Quando tocamos o vidro, os filamentos são atraídos para o ponto de contato, demonstrando a condução de eletricidade através do plasma e a indução eletrostática.
Demonstra a indução eletromagnética (Lei de Lenz). Uma bobina (solenoide) é ligada a uma fonte de corrente alternada (CA) e um anel metálico leve é colocado sobre ela. A corrente alternada gera um campo magnético variável que, por sua vez, induz uma corrente elétrica no anel. A corrente induzida gera um campo magnético que se opõe ao campo da bobina, resultando em uma força repulsiva que lança o anel para cima.
Uma demonstração da inércia (Primeira Lei de Newton). Um peso pesado (a locomotiva) é colocado sobre um carrinho de inércia e é puxado por uma corda. Se o puxão for lento, o peso se move com o carrinho (pouca inércia). Se o puxão for rápido e brusco, a força atua principalmente na corda, que se rompe antes que o peso consiga superar sua inércia e se mover significativamente.
Uma matriz de pêndulos simples de diferentes comprimentos. Ao serem soltos simultaneamente, eles balançam com diferentes períodos, criando um padrão visual de ondas em movimento que se repete periodicamente. Demonstra como o período de um pêndulo depende apenas do seu comprimento.
Demonstra a formação de anéis de vórtex em fluidos. Uma caixa com um buraco na frente e uma membrana flexível atrás é usada. Ao bater na membrana, um anel de ar (ou fumaça, para visualização) é ejetado pelo buraco. A viscosidade do ar faz com que ele se enrole nas bordas, formando um vórtex estável que pode viajar a longas distâncias.
De modo geral, refere-se a um movimento de rotação em um fluido (líquido ou gás) em torno de um eixo, como um redemoinho ou um tornado. Experimentos comuns incluem o funil de vórtex em um recipiente com água, demonstrando a conservação do momento angular e a ação da gravidade.
Demonstra a Lei de Faraday da Indução Eletromagnética e a Lei de Lenz. Um ímã forte é deixado cair através de um tubo não magnético (cobre ou alumínio). À medida que o ímã cai, ele induz correntes parasitas (ou de Foucault) no tubo. Pela Lei de Lenz, essas correntes geram um campo magnético que se opõe ao movimento do ímã, fazendo-o cair muito lentamente em comparação com a queda livre.
Uma plataforma usada para experimentos de óptica geométrica. Permite que componentes (fontes de luz, lentes, espelhos) sejam montados e ajustados com precisão ao longo de um eixo para estudar a formação de imagens, medir distâncias focais, e verificar as equações das lentes e espelhos.
Côncavo: A superfície refletora é curva para dentro. Pode formar imagens reais (invertidas) ou virtuais (direitas e aumentadas), dependendo da posição do objeto. Usado em telescópios e espelhos de maquiagem.
Convexo: A superfície refletora é curva para fora. Sempre forma imagens virtuais, direitas e menores que o objeto. Usado em retrovisores de carros e espelhos de segurança em lojas, pois aumenta o campo de visão.
Um dispositivo que utiliza dois espelhos côncavos parabólicos alinhados um de frente para o outro. Um objeto colocado no fundo do espelho inferior é refletido de tal forma que parece formar uma imagem real tridimensional no topo do orifício do espelho superior. É um exemplo impressionante de reflexão e imagem real.
Uma ilusão de ótica criada ao colocar uma série de espelhos paralelos, geralmente um espelho comum e um espelho semitransparente (ou vidro fumê), com fontes de luz entre eles. A luz reflete-se infinitamente entre os espelhos, criando a ilusão de um túnel ou poço de profundidade infinita.
Um experimento de óptica física que demonstra a natureza ondulatória transversal da luz. Consiste em dois grandes filtros polarizadores circulares colocados à frente de uma fonte de luz. Quando os discos são girados um em relação ao outro, a intensidade da luz que passa varia: se os eixos de polarização estiverem paralelos, a luz passa; se estiverem perpendiculares (cruzados), a luz é bloqueada (extinção), provando que as ondas luminosas vibram em planos específicos.
Um dispositivo visual que demonstra a dinâmica dos fluidos e a formação de padrões de fluxo. Trata-se de um recipiente fino e retangular contendo um fluido reoscópico (líquido com partículas suspensas que refletem a luz), conectado a uma manivela por uma correia. Ao girar o recipiente, a inércia e o atrito geram turbulência visível, permitindo observar vórtices e o comportamento complexo das correntes internas do fluido em movimento.
Um experimento clássico que desafia a intuição sobre a gravidade. Em um plano inclinado divergente em forma de "V", um cilindro comum desce para o lado mais baixo, mas um objeto formado por dois cones unidos pela base parece rolar "para cima". Na realidade, devido à geometria dos cones e à abertura dos trilhos, o centro de gravidade do cone está descendo, embora visualmente o objeto pareça subir a rampa.
Um banco óptico didático que aplica a óptica geométrica à anatomia humana. Utiliza lentes e um anteparo para simular o funcionamento do cristalino e da retina. O experimento demonstra como a imagem é focada na retina em um olho normal (emétrope), antes dela na miopia e depois dela na hipermetropia, permitindo visualizar como o foco se comporta em cada condição.
Uma demonstração física interativa da Lei da Conservação do Momento Angular. Uma pessoa senta-se em uma cadeira giratória segurando pesos com os braços esticados e é colocada em rotação. Quando a pessoa encolhe os braços trazendo os pesos para perto do corpo, seu momento de inércia diminui e, para conservar o momento angular, sua velocidade de rotação aumenta drasticamente.