Recomendada pela Organização Mundial da Saúde, o isolamento social se torna uma medida indispensável para reduzir a possibilidade de contágio pelo coronavírus entre a população dos países ao redor do mundo, sendo uma das principais armas na diminuição da sua propagação. Em um país em que a preocupação inicial do governo seria a contenção do coronavírus foi evidenciada a face de um outro Brasil, cujo uma grande parcela da população hoje vive. Este é um país onde para muitos o saneamento básico e condições de moradia decentes não são a realidade e que viver em situação de isolamento social quando se depende da renda mínima diária para garantir a sobrevivência e o sustento de suas famílias se tornou um luxo.
Para os mais de 13,5 milhões de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza ao redor do país segundo o IBGE, se manter em isolamento social não parece ser uma opção viável já que além de muitos outros motivos dependem do trabalho informal diário para garantir o seu sustento. São pessoas que por si mesmas se encontram impossibilitadas de realizarem todas as recomendações de higiene e afastamento propostas pelo governo.
Como forma de atenuar esse problema surgiu a medida adotada pelo Governo Federal chamada Auxílio Emergencial para auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social durante o período em que durarem as medidas de contenção.
Criada pela Lei n° 13.982/2020 a medida que foi sancionada no dia 02 de abril de 2020 pelo atual presidente é destinada a trabalhadores informais, Microempreendedores Individuais e contribuintes do INSS individuais ou facultativos.
Em meio a essa solução essas pessoas ainda se depararam com outros impasses para poderem se encaixar nos padrões das recomendações de saúde e que infelizmente são diferentes em relação a realidade em que essas pessoas se encontram. As dificuldades em que esses brasileiros se encontram são muitas e vão desde irregularidade dos documentos, falta de informação precisa acerca do recebimento do benefício até mesmo a fraudes por parte de outras pessoas e dificuldades na regularização do benefício por parte do próprio sistema.
Atualmente movimentos voluntários para a arrecadação de cestas básicas estão sendo essenciais para atenuar a situação de pobreza e desigualdade social em que essas pessoas se encontram. Como a ação da Campanha de Combate a Propagação do coronavírus, realizada pelo Governo de Goiás, que entregou mais de 113 mil cestas básicas em todos os municípios do Estado com o objetivo de amenizar os efeitos da crise causada pela pandemia na vida das famílias que precisam desse auxílio.
Em todo o país, governos estaduais, escolas e igrejas têm se unido e auxiliado essas pessoas com a entrega de cestas básicas e produtos de higiene e limpeza para que não falte o necessário na vida dessas famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social no país.
Para todos os que estão sendo autores e colaboradores de ações solidárias em tempos de crise, independentemente da instituição pela qual estão sendo beneficiados, com certeza esses gestos altruístas estão fazendo a diferença mostrando dessa forma que momentos de crise também revelam heróis.
Kamila Hemily Barbosa Alves, estudante de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás. Tem um grande interesse em aprender e conhecer línguas e culturas existentes ao redor do mundo.