A realização do I SIIERE - Seminário Internacional Infâncias, Educação e (Re)Existência: Pesquisa, práticas e a participação das crianças como atores sociais e de direitos, nos dias 24 a 28 de outubro de 2022, é uma iniciativa e realização do Grupo de Estudos e Pesquisas em Infâncias, Crianças e Educação Infantil- GEPICEI, que se constituiu no ano de 2020 e desde então está sediado na Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. Nosso compromisso enquanto grupo de pesquisadoras(es), estudiosos(as) e militantes na área da Infância é, e sempre será, com as crianças, suas infâncias e sua educação. Nosso objetivo é o estudo e a pesquisa em ambiente de respeito e solidariedade com as crianças e suas infâncias.Esse seminário nasce do desejo da partilha e do diálogo a fim de esperançarmos e, desse modo, enfrentarmos os desafios contemporâneos diante das condições em que as desigualdades sociais, as violências e desrespeito e negação às diferenças, -acirradas e expostas pela pandemia do Covid-19 e impostas pelo pandemônio (des)governamental - que afetaram e vem afetando, diretamente, a vida das crianças e, consequentemente, a educação das mesmas nas famílias e nas escolas, bem como, invisibilizando ainda mais a participação das crianças como atores sociais na sociedade brasileira. Para concretização dos objetivos aqui expostos, contamos com sua participação, dando visibilidade a estudos, práticas e ideias que desvelem os movimentos que perpassam às infâncias, apontando perspectivas de rupturas, de resistências, de outras possibilidades que caminhem na contramão das imposições hegemônicas, que produzem e mantem as violências contra as crianças.A proposição é dar continuidade aos debates a partir das provocações epistemológicas da Sociologia da Infância, dos Estudos Sociais da infância e debates interseccionais, demarcando nosso posicionamento pela ruptura com a tradição epistemológica submetida a princípios coloniais, ressignificando antropofagicamente os saberes e criando novos arcabouços teóricos que tenham, como ponto de partida e de chegada, a equidade social. E ainda, desconstruir valores hegemônicos, marcados pela herança patriarcal, machista, elitista, racista e adultocêntrica que subalternizam e que submetem as crianças a um conjunto de sistemas opressores que se apoiam nas Estruturas que não reconhecem as diferenças étnico-raciais (dos povos originários e das/os ancestrais afro), sexuais, etárias, de classe social e de gênero, disciplinando-as por meio de diferentes práticas pedagógicas ao longo de nossa história e presentes no cotidiano das infâncias na contemporaneidade. Para tanto, convidamos a todas, todos e todes que queiram dialogar conosco e nossos e nossas convidadas(os) que, generosamente, se dispuseram à partilha.
