Século XVIII
No século XVIII, o médico francês Pierre Roussel afirmou que menstruação é social e somente as mulheres civilizadas e que tinham uma boa alimentação é que evacuavam mensalmente. Nesta época, o corpo feminino era visto pelas sociedades em geral como uma fonte séria de poluição.
Os médicos do século XVIII voltaram às concepções da antiguidade. O útero é considerado um ser com vontades próprias, com a capacidade de se deslocar dentro do corpo da mulher, causando sintomas como desmaios, catalepsia e falta de ar. Desta forma, a menstruação seria responsável por equilibrar física e psicologicamente a mulher.
No livro Erário Mineral, o autor Luís Gomes Ferreira sobre a "maldade" das mulheres com seu sangue menstrual, alertando que elas poderiam dar seu próprio sangue para os homens comerem, na intenção de conquistá-los ou até mesmo matá-los.
Século XIX
A menstruação no século XIX era vista como uma doença, e recomendava-se que a mulher ficasse em repouso. O médico inglês James MacGrigor Allen acredita que as mulheres menstruadas não deveriam fazer esforço físico ou mental.
João de Oliveira Fausto publicou uma tese para a faculdade de medicina do Rio de Janeiro, em 1846, afirmando que estudo e trabalhos intelectuais provocavam uma "super-excitação" cerebral em mulheres menstruadas, causando uma divisão desigual das forças vitais, e fazendo o sangue correr para o cérebro. Ele também recomenda que as mulheres deviam evitar bebidas alcóolicas, chás, cafés e sorvetes, não tomarem banhos gelados e evitarem aromas fortes.
Acreditava-se também que a menstruação poderia enlouquecer as mulheres e levá-las a cometer atos violentos, uma doença conhecido como "histeria".