EXPOCINE
DECUPA

✶ Direção e Casting
O primeiro painel revela a criação de uma voz cinematográfica singular. Kleber Mendonça Filho, diretor e roteirista, traz Wagner Moura de volta ao cinema brasileiro com um personagem denso e atravessado por tensão. A conversa explora como essa parceria, construída a partir de afinidades políticas e afetivas, moldou um protagonista que é ao mesmo tempo refúgio e resistência. Também entra em cena a escolha de nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Udo Kier, fundamentais para a atmosfera única do longa.

✶ Produção Executiva e Pré-Produção
A produção de O Agente Secreto envolveu Brasil, França, Alemanha e Holanda, com apoio de fundos como o FSA, e se tornou exemplo de força colaborativa no audiovisual nacional. Este painel apresenta como se estruturou essa coprodução internacional e como o apoio institucional e cultural tornou possível reconstruir um Recife dos anos 70 em que carnaval e política se misturam em camadas dramáticas.

✶ Desenho de Som, Captação e Trilha Sonora
A ambientação auditiva de Recife sob ditadura ganha vida nas escolhas sonoras do filme. A conversa passa pelo desenho de som que vai do burburinho do carnaval às escutas clandestinas, incluindo a estranheza do body horror e texturas sonoras que sustentam o clima de paranoia e humor ácido que atravessa a narrativa.

✶ Direção de Arte, Figurino e Caracterização
Recife de 1977 é recriado com um detalhismo que respira história e resistência. Os cenários traduzem o contraste entre cores vibrantes e silêncios opressivos, enquanto o figurino revisita estilos da década com camisas abertas, padrões marcantes e colares que ajudam a contar uma narrativa visual entre o real e o onírico.

✶ Montagem
Com quase 160 minutos de duração, o filme constrói um ritmo que oscila entre suspense e introspecção. Este painel mostra como a montagem articulou sequências de tensão com momentos silenciosos e poéticos, preservando o olhar político e a densidade emocional da obra

✶ Distribuição e Comercialização
Depois da estreia em Cannes, onde integrou o “Carnaval de Cannes” e foi aplaudido por 13 minutos, o filme ganhou projeção internacional e marcou presença em eventos simbólicos, como a exibição no Palácio do Planalto. O painel apresenta as estratégias de lançamento no Brasil e no exterior, com parcerias como Vitrine Filmes, Ad Vitam na França, Neon nos Estados Unidos e Canadá e MUBI na América Latina, explorando como transformar prestígio de festival e relevância cultural em alcance efetivo.