Currículo

Nutricionista formado pela FMRP – USP

Especialista em exercício e obesidade – CEFEMA

Nutrição esportiva – FMRP USP

Pós-graduando em Psicologia, nutrição e transtornos alimentares – UNIARA

Professor convidado SENAC – São Carlos

Minha história

[trecho retirado do E-book "Nutrição: Um livro sobre energia e amor"]

Eu amo nutrição! Porém, amor é dinâmico e mutável. Apaixonei-me pela nutrição pelo meu envolvimento desde jovem com esportes. Fui uma criança criada como filho único e com o agravante de ter todo amor do mundo de uma vó que me tinha como único neto, sempre tive uma relação de excesso de carinho e, consequentemente, comida. Afinal, essa é uma das maiores e mais fáceis demonstrações de afeto que encontramos entre nós.

Com isso, mesmo meu envolvimento desde jovem com esportes como Judô, futebol, futsal, tênis, tênis de mesa e natação não me impediu de ganhar peso. Esse cenário passou somente a mudar quando com 10 anos tive meu primeiro contato com a nutrição. Minha primeira nutricionista, Marlene, por quem guardo muito carinho e admiração, fez um papel maravilhoso ao me mostrar como eu poderia comer, alimentar-me bem e perder peso para me sentir cada dia melhor, melhorar meus rendimentos e, ainda, acabar com as piadinhas frequentes na escola nessa época.

Emagreci, melhorei o rendimento nos esportes, mas ainda era muito novo pra entender a nutrição ou pensar em carreira. Com mais alguns anos, como todo adolescente, a questão estética começou a ser uma preocupação, o antes gordinho estava magrelo e queria um corpo mais atlético com abdômen marcado e braços definidos. Então, aos 14 anos, iniciei os treinamentos na academia de musculação.

Filhos de dois doutores, sempre tive a pesquisa e conhecimento como algo natural pra mim, então, comecei a buscar sobre suplementos, comida, o que poderia me ajudar com isso. Em uma época que redes sociais se limitavam a Orkut e fóruns, não se havia tanto acesso como hoje, mas tive a sorte de meus pais, logo ao perceberem a situação, levarem-me ao nutricionista novamente.

Dessa vez, minha paixão pela nutrição apareceu de vez, assim como pela possibilidade da carreira. A nutricionista Marita, por quem guardo eterna gratidão e admiração, ensinou-me como era possível melhorar rendimento, composição corporal com a alimentação. Desde então, nunca parei com os treinos de peso e uma rotina saudável.

Ao chegar no terceiro colegial, sabia que queria ir para essa área, trabalhar com esportes, mas ainda tinha medo. Em 2009, um homem decidir pela profissão de nutricionista ainda era visto com preconceito e como “desperdício”. Ouvi diversas vezes que deveria cursar Medicina ou administração, que era um curso em alta na época.

Cheguei a ter dúvidas, mas com muita conversa e pesquisa, pude optar por cursar Nutrição e Metabolismo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Hoje, agradeço muito por essa decisão e aproveito, inclusive, para fazer uma confissão. Com as aulas já iniciadas em Ribeirão Preto e me adaptando a nova cidade, fui convocado em uma das listas de chamada para cursar Medicina na UFSCar. Na época, não contei para ninguém, pois tive medo de ser julgado por não ir e ficar. Hoje, tenho certeza que fiz a escolha certa e que esse era o caminho a percorrer.

Apaixonado por esportes, musculação, a nutrição esportiva era a minha única certeza ao entrar no curso. “Vou trabalhar com atletas e alto rendimento”. Mesmo ao me formar, ainda tive essa ideia e essa perspectiva. Atuando desde 2015, tive experiências com atletas de fisiculturismo (inclusive eu mesmo), triátlon, Iron Man, MMA, futebol, vôlei, esportes paraolímpicos entre outras modalidades a nível amador e profissional.

Mas já te disse, amor é algo dinâmico e mutável. Ainda amo nutrição, na verdade, ainda mais! Amo nutrição esportiva, foi a beleza inicial que vi na área, assim como você se apaixona por alguém com primeiras qualidades como beleza, corpo, simpatia. Ao passar do tempo você vai conhecendo a essência da pessoa e se apaixona pelo que ela realmente é, pelo companheirismo, pela confiança, passa a amar a pessoa pelo que ela é, como um todo. Isso foi o que aconteceu ao tempo que pude entender o que é realmente a nutrição, sobre o caráter comportamental, psicológico e emocional que a compõe.

O esporte e a estética fizeram eu me apaixonar pela nutrição. O convívio com as centenas de pacientes, a individualidade de cada um, a bagagem emocional a qual cada um carregava com a comida, apresentaram-me a nutrição como um todo, como algo muito maior que carboidratos e proteínas.

Por isso, hoje, a nutrição é aquele amor forte e consolidado, meu casamento fiel e consistente. É com base nisso que quero trazer um pouco desses aspectos e aprendizados com vocês. Para que esse amor possa crescer e ser compartilhado.