Aranto cura o câncer?

Por Anna Luiza, José Barrili, Pedro Daltio e Sara Procópio, em 28/03/19.

Um artigo do site “1news.com.br” intitulado “VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DESSA PLANTA? ESTUDIOSOS DE MEDICINA GARANTEM QUE ELA PODE SER UMA ESPERANÇA NO TRATAMENTO CONTRA TUMORES” aponta que a toxina do aranto (Kalanchoe daigremontiana) “tem atividade citotóxica contra linhas celulares de câncer”, além de afirmar mecanismos medicinais, entre eles, hipertensão, cólica renal e doenças psicológicas.

O site cita que há vários laboratórios em Universidades e Hospitais que usam essa planta e tiveram resultados, só que em nenhum momento cita os nomes desses hospitais e laboratórios, tornando essa informação duvidosa.

Dentre as propriedades citadas referentes à Kalanchoe daigremontiana tais como atividades anticancerígenas, amenização de tumores, hipertensão, cólica renal e doenças psicológicas, nenhuma delas foi comprovada através de embasamento científico, ou seja, não obtivemos nenhuma fonte confiável que comprovasse as propriedades atribuídas à planta. As únicas evidências facultativas que identificamos dizendo respeito ao aranto foram a respeito de sua pigmentação, sendo derivadas de pesquisas realizadas por pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão , a UFMA.

Além da citação da pigmentação foram encontradas pesquisas referentes às dosagens do Aranto, que acima de determinada quantidade tornam-se tóxicas para o organismo humano, segundo dados, a quantidade consumida de Aranto varia de caso para caso, sendo que o consumo de mais de 1 grama de Aranto para cada 5kg torna-se inviável.

Portanto, recomendamos cuidados com o consumo de plantas tidas como "medicinais". A crença de que o que é natural não tem contra indicações não é fundamentada cientificamente e os efeitos do consumo dessas plantas podem ser bastante danosos à saúde.

Selo: "Dados estranhos" e "O Buraco é Mais embaixo"