Os sobrenomes foram primeiramente usados pela nobreza e ricos
latifundiários (senhores feudais), e pouco a pouco foram adotados por
comerciantes e plebeus.
Os primeiros nomes que permaneceram foram
aqueles de barões e latifundiários, que receberam seus nomes a partir
de seus feudos e/ou propriedades. Estes nomes se fixaram através da
hereditariedade destas terras. Para os membros da classe média e
trabalhadores, como as práticas da nobreza eram imitadas, começaram a
usar assim os sobrenomes, levando a prática ao uso comum.
É uma
tarefa complicada classificar os nomes de família por causa das
mudanças de ortografia e pronúncia com o passar dos anos. Muitas
palavras antigas tinham significados diferentes na época, ou hoje em
dia estão obsoletas. Muitos nomes de família dependeram da competência
e discrição de quem os escreveu no registro.
O mesmo nome pode muitas
vezes estar escrito de diferentes maneiras até mesmo em um documento
só. Um exemplo: Carlos Red, que recebeu seu nome por ter cabelos
vermelhos (red=vermelho, em inglês), pode ter descendentes prováveis
com o sobrenome Reed, Reade, etc.
Disposições legais
A decisão de adotar ou não o nome do cônjuge no casamento
deve estar baseada na idéia de união finita, não eterna. Geralmente, apesar
de não ser mais obrigatório por lei, a mulher adota o nome do marido, passando
a ter uma identidade diferente do seu tempo de solteira.
Todos os documentos
precisam ser alterados e ela passa a ser conhecida por uma nova designação,
que pertence ao casal.
Assim, ao casar, mulher nenhuma deveria adotar o nome do
marido e vice-versa (hoje, os homens também podem adotar o nome das esposas), a
não ser que haja fundadas razões para agir dessa forma. As pessoas devem
nascer e morrer com o mesmo nome. Já foi o tempo em que mulheres eram
propriedade dos maridos e perdiam a identidade ao casar.
Importância do Sobrenome
O governo passou a usar cada vez mais papéis, documentos, e deixar
registrados seus atos entre todo o mais. Assim cada vez mais foi
importante identificar com exatidão as pessoas. Em algumas comunidades
nos centros urbanos, os nomes próprios não eram mais suficientes para
distinguir as pessoas.
No campo, com o direito de sucessão hereditária
de terras, era preciso algo que indicasse vínculo com o dono da terra,
senão como os filhos ou parentes iriam adquirir a terra, já que
qualquer pessoa com o mesmo nome poderia se passar por filho?
Acredita-se que até o ano de 1450 a maior parte das pessoas de qualquer
nível social tinha um sobrenome hereditário, fixo. Este sobrenome
identificava a família, provendo assim uma ligação com o passado desta
família, e preservando sua identidade no futuro.