Atualmente, este é o principal foco de pesquisa de alunos de graduação e pós-graduação no LAR-UFRN. Cruzando o continente do nordeste do Brasil ao norte da Argentina e leste da Bolívia, três biomas adjacentes (Chaco, Cerrado e Caatinga) formam a chamada Diagonal das Formações Abertas (DFA), que fica entre a Amazônia e a Mata Atlântica. Nosso objetivo tem sido utilizar simulações de filogeografia estatística e coalescência para testar diferentes hipóteses sobre a evolução da biota da DFA. Também estamos interessados na delimitação de espécies usando abordagens de delimitação de espécies baseadas em coalescência.
Temos muitos artigos publicados, em preparação ou submetidos para publicação, abordando esses temas em anfíbios como Boana raniceps, Pseudis tocantins (Fonseca et al., 2021), Proceratophrys cristiceps (Mangia et al., 2020), Pithecopus azureus/nordestinus/gonzagai e Dermatonotus muelleri (Oliveira et al., 2018); lagartos como Tropidurus hispidus, Polychrus acutirostris, Lygodactylus klugei; e serpentes como Philodryas e Bothrops erythromelas. Ao longo dos últimos anos, demonstramos que a fauna da Caatinga exibe um sinal de coexpansão populacional no final do Pleistoceno (118–224 mil anos atrás, Gehara et al., 2017).
Também indicamos particularidades para cada espécie estudada. Dermatonotus sp. na Caatinga está separado de D. muelleri no sudeste por milhões de anos, um processo provavelmente produzido por vicariância promovida pelo planalto central (Oliveira et al., 2018). Esta população nordestina é uma espécie críptica, assim como três espécies não descritas foram identificadas para Lygodactylus klugei (Lanna et al., 2018).
Proceratophrys cristiceps
Dermatonotus muelleri
Pithecopus gonzagai
Tropidurus hispidus
Polychrus acutirostris
Lygodactylus klugei