A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos.[1] A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre).[2] Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.
Apresentação de um grupo de dança.
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.
Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo crescente, urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.
A dança no contexto educacional brasileiro aparece como conteúdo da disciplina Artes e nas atividades Ritmicas e Expressivas da Educação Física . A dança é trabalhada na escola como atividade e linguagem artística, forma de expressão,socialização, como conceito e linguagem estética de arte corporal e Cultura Corporal de Movimento Humano. Na educação física a dança é utilizada de forma instrumental, assim como a ginástica, os esportes e as lutas, enfocando o aspecto bio-fisiológico, como forma de atividade para condicionamento físico, visando bem estar e saúde em clubes, academias e demais espaços de lazer.
No Âmbito de formação academico-profissional, existem cursos específicos de bacharelado em Dança que qualificam profissionais de dança, seja o artista bailarino, dançarino ou coreógrafo e ainda as licenciaturas em Dança que forma os professores de Dança. Estes cursos são vinculados à área de conhecimento das Artes.
Profissional/professor de educação física NÃO é professor de Dança-Arte.
O ensino da dança nas escolas brasileiras é abordado dentro do conteúdo das Artes, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - Artes (fonte www.mec.gov.br)constitui componente curricular obrigatório, contemplando para o ensino fundamental Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, e, para o ensino médio, além destas linguagens já citadas, há a inclusão das Artes Audiovisuais. (PCN - BRASIL, 2000, p. 46)[3]
A abordagem da dança dentro do contexto da educação física é complementar e deve auxiliar no preparo físico para que os profissionais de artes possam atuar. Na educação física a dança é uma atividade física, como a ginástica e visa promover o condicionamento físico, bem estar etc que é o propósito de atuação deste profissional. [4]
A dança é uma área de conhecimento autônoma, até mesmo dentro das Artes, e é preciso ser respeitada e reconhecida como tal. A formação para professores e artistas de dança é adquirida nos cursos superiores de dança (bacharelados e licenciaturas) e a profissão é regulamentada pela Lei 6.533/78 a Lei do Artista. [5]
Dança Bharatanatyam
Várias classificações das danças podem ser feitas, levando-se em conta diferentes critérios.
Quanto ao modo de dançar:
Quanto a origem:
dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);
dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);
dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).
Quanto a finalidade:
dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado, dança contemporânea);
dança social (ex.: dança de salão, axé, tradicional);
dança religiosa/dança profética (ex.: dança sufi).
No início dos anos 1920, os estudos de dança (dança prática, teoria crítica, análise musical e história) começaram a ser considerados uma disciplina acadêmica. Hoje, esses estudos são parte integrante de muitos programas de artes e humanidades das universidades. No final do século XX, o reconhecimento do conhecimento prático como equiparado ao conhecimento acadêmico levou ao aparecimento da [pesquisa prática]] e da prática como pesquisa. Uma grande variedade de cursos de dança estão disponíveis, incluindo:
prática profissional: performance e habilidades técnicas
prática de pesquisa: coreografia e performance
etnocoreografia, abrangendo os aspectos de dança relacionados com antropologia, estudos culturais, estudos de gênero, estudos de área, teoria pós-colonial, etnografia etc.
dançaterapia ou terapia por movimentos de dança.
Dança e tecnologia: novos meios de comunicação e o desempenho de tecnologias.
Análise de Movimento de Laban e estudos somáticos.
Graus acadêmicos estão disponíveis desde o bacharelado até o doutorado e também programas de pós-doutorado, com alguns estudiosos de dança fazendo os seus estudos como estudantes maduros depois de uma carreira profissional de dança.