Eclipse Lunar de 21 de fevereiro de 2008

 

 O que é um Eclipse Lunar

          A Terra é um corpo esférico celeste cujo raio equatorial é cerca de 6.378 km, o Sol tem um raio de 695.500 km, ou seja, 109,05 vezes maior que o da Terra, que, ao ser iluminada pelo Astro Rei projeta um cone de sombra convergente e um cone de penumbra divergente. Estes são determinados pelas tangentes interiores e exteriores, respectivamente, comuns ao Sol e a Terra.

         A distância média entre a Terra e o Sol, (Denominada Unidade Astronômica – UA), é 149.600.000 km, a Lua tem um radio de 1.736,6 km e gira em redor da Terra a uma distância média de 384.403 km, cerca de 60,27 raios equatoriais do planeta. A altura do cone de sombra é 1.384.584 km (217 raios equatoriais) que é maior que a distância Lua-Terra.

Para um astronauta, por exemplo, situado sobre a superfície da Lua, um eclipse “penumbral” seria um eclipse parcial de Sol. Analogamente, se o astronauta se encontra dentro do cone de sombra da Terra, não poderia ver o Sol; assim, sobe o seu ponto de visão estaria ocorrendo um eclipse total de Sol.

          A atmosfera terrestre tem uma influência vital nos eclipses, pois se não existisse, em cada eclipse total da lua, esta desapareceria completamente. A Lua totalmente eclipsada adquire uma coloração avermelhada característica devido à luz refratada pela atmosfera da Terra (Figura 1). Para medir o grau de escurecimento dos eclipses lunares se emprega uma escala chamada: escala de Danjon.

           Uma vez que a sombra tem um tamanho de 4.607 km, sendo o radio da Lua 1.736,6 km, resulta que o raio da sombra é 2,65 vezes o raio de da Lua, pelo que dentro da sombra cabem quase 3 luas (Figura 2).

 

Figura 2: Eclipse Lunar observado e registrado em Vila Velha-ES (Crédito imagem Renato Sfalsin Passos)