O Boletim do Museu de Évora é uma revista digital, de periodicidade semestral, editada pelo Museu de Évora com o objectivo de divulgar as colecções do Museu, através da publicação de artigos de investigação em História da Arte, Arqueologia e Museologia. Nesse primeiro número, privilegiou-se a escolha de temas abordando a história da fundação do Museu Regional de Évora durante a primeira República, a documentação da actividade do arqueólogo Henrique Leonor Pina, na Anta Grande do Zambujeiro, em Évora, nos anos 60, e o estudo da faiança portuguesa no século XVIII, através de peças provenientes dos extintos conventos da cidade.
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Joaquim Oliveira Caetano e António AlegriaAtravés dos museus a sociedade encontra-se consigo própria e toma conta do seu passado. E não apenas toma posse, como os altera, substituindo as suas antigas funções, valores e simbolismos, por outros, tipicamente laicos, da beleza estética, da contextualização histórica, da emblemática pátria. É essa nova apropriação colectiva que se configura na criação dos museus republicanos, aqui analisada através do exemplo da criação do Museu de Évora.
Celso MangucciEscavações arqueológicas realizadas em 1990, em Évora, na área ocupada pelo antigo convento dominicano de Santa Catarina de Sena revelaram um pequeno prato, com o cronograma de 1767. A peça possui uma decoração muito simples, restrita a uma orla com o motivo de três contas, em azul e roxo de manganés. Com outras peças do Museu de Évora provenientes dos extintos conventos da cidade, é possível caracterizar o tipo de consumo e a produção de faiança comum, em Lisboa, na primeira metade do século XVIII.
Entrevista: Carla Magro Dias e António AlegriaNos anos 60, o arqueólogo Henrique Leonor Pina protagonizou uma série de achados arqueológicos que enfatizaram a importância da cultura megalítica no território do Alentejo Central. O ponto culminante foram as escavações arqueológicas realizadas na Anta Grande do Zambujeiro, um dos maiores monumentos funerários da Península Ibérica. Com o seu cunho muito pessoal, Henrique Leonor Pina reconstitui nessa entrevista a memória desses anos, permitindo nos vivenciar o contexto no qual as escavações foram realizadas.
N O T Í C I A SIntervenção de restauro do oratório indo-português
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