Ser pesquisadora de si
A autora Clarisse Pinkola Estés traz bem no comecinho do seu livro “mulheres que correm com os lobos”, que o seu trabalho a ensinou sobre o resgate da vitalidade das mulheres. Ela diz que essa vitalidade pode ser reativada através de extensas escavações “psíquico-arqueológicas” nas ruínas do interior feminino.
Em outras palavras entendo isso como se colocar diante da vida como uma pesquisadora de si, adotando um estado ativo, curioso e coletando, assim, elementos externos e internos que vão nos ajudar a seguir com mais confiança em nossos objetivos e na vida.
Para isso, percebo que algumas habilidades precisam ser desenvolvidas como:
saber nomear o que se sente e o que incomoda
conseguir fazer as perguntas certas para si mesma
aprender como ler esse cenário interno e externo
decidir se posicionar de uma forma assertiva e quebrando certos padrões para que os nós da sua vida desatem de fato.
Nos tornamos mais conscientes da nossa vida, dos nossos padrões e daquilo que dificulta nosso crescimento não significa deixar de cair nos buracos que a vida nos traz, mas significa entrar nesse estado centramento mesmo diante do caos. É como se o nosso eixo central não desmoronasse com facilidade em tempestades turbulentas.
Escolher se apropriar da vida, das próprias decisões e fazer diferente por si e para si é algo trabalhamos dentro do processo de psicoterapia com maestria. E pra fechar: cito no carrossel um texto egípcio que lembra que nós somos a barca, o remo e o barqueiro. Nesse sentido, existe muito que pode ser feito para que possamos nos sentir e sermos de fato condutores da nossa existência.