Nelson Werneck Sodré (1911 - 1999), participou intensamente dos debates e fatos políticos de seu tempo. Autor de dezenas de livros sobre a história do Brasil (responsável por mais de cinqüenta obras), foi um seminal crítico literário, intenso memorialista, ensaísta que detalhou os males das ditaduras de Vargas, dos militares a partir de 1964, do neoliberalismo e do imperialismo ao analisar também a geopolítica. Muito mais que um resiliente na tese do feudalismo brasileiro, nos trouxe a tona a existência da heterocronia como a marca da história social do Brasil. Foi autor do que é considerado por muitos como o livro mais importante sobre a imprensa nacional (História da imprensa no Brasil). Por tudo isso, a Rede Mauá em parceria com o professor Rafael Freitas, promove o curso de extensão: Nelson Werneck Sodré na atualidade"


Curso 100% online

Certificado de 6h, válido como formação profissional e acadêmica

Palestrante qualificado

Sala de aula virtual com material complementar exclusivo

Apenas: R$ 20,00

Prof. Rafael Freitas




Membro fundador e permanente do Grupo de Estudos Americanista Cipriano Barata (GEACB, link: http://geaciprianobarata.blogspot.com/), coletivo de professores voltado para a produção de conhecimento e socialização da História das Américas. Educador Popular, com histórico de fundação e coordenação de cursinhos comunitários, preparatórios para vestibulares e ENEM. Coordenador das bibliotecas populares Luis Carlos Solim e Alceu Barra. Participação com artigos e produção de fontes primárias de pesquisa utilizando a metodologia de História Oral em livros sobre História de Alvorada, Viamão e Gravataí, bem como no livro “Alvorada tradicionalista”. Graduado em licenciatura plena em História na FAPA (Faculdades Porto-Alegrenses), desde 2014.

Curso 100% online

Certificado de 6h, válido como formação profissional e acadêmica

Palestrante qualificado

Sala de aula virtual com material complementar exclusivo

Apenas: R$ 20,00

Especificações

Objetivos do curso:

  1. Discutir as principais categorias presentes nas obras do historiador Nelson Werneck Sodré.

  2. Analisar as obras “Panorama do segundo império”, “Introdução a Revolução Brasileira”, “A república (uma revisão histórica)” e “As razões da independência”

  3. Identificar a atualidade de Nelson Werneck Sodré.


Estrutura do curso:

  1. Curso dividido em 5 módulos com aulas ministradas através de recursos assíncronos (palestras gravadas).

1.1 (10/07) Módulo I: Trajetória intelectual de Nelson Werneck Sodré

1.2 (17/07) Módulo II: Panorama do segundo império (1939)

1.3 (24/07) Módulo III: Introdução a Revolução Brasileira (1978)

1.4 (31/07) Módulo IV: As razões da independência (1986)

1.5 (07/08) Módulo V: A república: uma revisão histórica (1989)


  1. O professor disponibilizará materiais didáticos complementares na sala de aula do curso.


O pensamento de Sodré

"A noção de que a revolução é uma tarefa das pessoas cultas – e nada tem com isso a afirmação de que sem teoria revolucionária não há revolução –, que, realizada essa missão suprema da inteligência, como ato de vontade, presenteariam as classes trabalhadoras com o poder, já foi suficientemente desmoralizada pela prática para que mereça nova análise.”


“Balançando entre a submissão e a rebelião, as massas africanas escravizadas, pelo menos de primeira e de segunda geração, colocam como ideal mais avançado subtraírem-se à dominação, alcançar a liberdade de movimentos, o trabalho em seu proveito e, para isso, seguindo um caminho que os indígenas apontaram, desde o início da colonização: o da fuga para o interior e o do agrupamento em zonas que as autoridades da classe dominante, as do Estado e as da ordem privada, não as alcançassem.”


“Nada mais distante da verdadeira e fecunda ciência, aquela que faz avançar o conhecimento, do que a arrogância dos proprietários de chaves absolutas, que abrem todas as portas, mas ficam nas mãos de um ou de uns poucos, os satélites dos primeiros.”


"Ai de quem discordar desses julgamentos infalíveis, dessas conclusões absolutas, dessa sabedoria que não tem limites, que não se engana, que não falha. Seus amigos são os que aceitam tais opiniões e conclusões, os que as acompanham, elogiam e citam freqüentemente. Seus inimigos são os incautos que, duvidando dessa infalibilidade não dogmatizada, arriscam-se a ter outras opiniões, a tirar do quadro histórico, do quadro econômico, do quadro social outras conclusões. São os que recusam acreditar que a ciência tenha parado naquele ponto ou que tenha sido monopolizada por algum privilegiado cérebro. Passíveis de sanção desses novos Josué, que cuidam ter detido a marcha dos conhecimentos, em proveito próprio, arrostam os vetos inflexíveis desses novos proprietários dos latifúndios da arte literária ou das ciências do homem, aqueles que acham ser o que fizeram a última palavra, e os que, tendo estudado alguma coisa, pensam ser já dispensável que outros a estudem."