ANAIS DO ENCONTRO DE MATEMÁTICA DO IFPE CAMPUS PESQUEIRA 2022

ISBN: 978-65-87606-26-2

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

A história da matemática é uma ferramenta que pode contribuir no processo de ensino e aprendizagem do componente curricular de matemática, pois pode despertar a curiosidade, fazendo com que o discente se sinta mais interessado em aprender. No entanto, alguns docentes não conhecem a história do desenvolvimento de alguns conceitos matemáticos e/ou não sabem como utilizar a história nas aulas de matemática. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo apresentar um recorte da História da Matemática para cada Unidade Temática presente na Base Nacional Comum Curricular, além de apresentar algumas indicações de livros de história da matemática para as pessoas que pretendem conhecer mais a respeito do desenvolvimento da matemática. A pesquisa possui uma abordagem qualitativa, onde, foram utilizadas, no desenvolvimento do trabalho, pesquisas bibliográficas a respeito da história da matemática. Diante disso, foi possível observar que apresentar a História da Matemática nas aulas da disciplina de matemática pode ser favorável para o processo de ensino, pois pode tornar os alunos mais interessados em aprender, contribuindo para mostrar o lado “humano” da matemática.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (OBMEP) é promovida pelo Governo Federal em parceria com o Impa (Instituto de matemática pura e aplicada) desde 2005, e tem como objetivos incentivar o estudo da matemática e contribuir para a melhoria na qualidade educacional. Neste estudo foi realizada uma análise a nível estadual das instituições que mais foram premiadas, e foi utilizada como parâmetro a média aritmética da quantidade de escolas premiadas, em nível estadual, para esclarecer a influência do desenvolvimento econômico dos estados na capacidade que as escolas proporcionam para seus estudantes, o que ocasiona na premiação recebida por estas instituições de ensino. Com isso tornou-se possível avaliar onde o processo de ensino aprendizagem da matemática está mais desenvolvido e elencar como a capacidade econômica dos estados influência no desempenho dos estados nas olimpíadas. Todos os dados foram verificados através do site da OBMEP, utilizando os filtros disponíveis para pontuar as escolas premiadas de acordo com os seus respectivos estados.

Esta pesquisa teve por objetivo analisar as questões sobre área de figuras planas das provas da fase 2 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas aplicadas de 2005 a 2014. A revisão da literatura foi composta por pesquisas anteriores que se debruçaram sobre o conceito de área de figuras planas. Em termos metodológicos, esta pesquisa se caracterizou enquanto documental. Os resultados mostram que em cada prova existia pelo menos uma questão sobre esse objeto matemático, com enunciados contextualizados. Verificou-se a presença de técnicas geométricas no corpo do enunciado das questões, mas elas são propostas como um aporte para posteriormente auxiliar na obtenção da área por meio de procedimentos numéricos. Notou-se que os enunciados favorecem para os alunos a criação de fórmulas para a obtenção da resposta correta. Em relação ao objeto matemático, verificou-se uma ênfase no aspecto numérico.

O desenvolvimento do raciocínio combinatório constitui uma parte fundamental do raciocínio lógico-dedutivo, o qual possibilita aos estudantes diversas ferramentas cognitivas indispensáveis à resolução de problemas matemáticos, entretanto, nota-se diversas dificuldades no processo de ensino e aprendizagem da Análise Combinatória. Diante disto, este trabalho tem o objetivo de analisar os tipos de “jogo da senha” no estudo de Análise Combinatória no Ensino Médio, em teses e dissertações, no período de 2017 a 2022. Para tanto, tomamos como suporte os pressupostos teórico-metodológicos da análise de conteúdo. Este trabalho de cunho bibliográfico, insere-se no rol das pesquisas denominadas estado da arte. Os resultados são apresentados à luz da análise de quatro dissertações. A análise dessas produções acadêmicas nos revela aspectos relacionados ao uso de dois tipos de jogos nas pesquisas sobre análise combinatória: o “jogo da senha adaptado” e o “jogo digital autoral”.

O ENSINO DO EIXO GRANDEZAS E MEDIDAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I COM AUXÍLIO DA PLATAFORMA WORDWALL

Jéssica Maria da Silva
Letícia Silva Cavalcante
Lívia Beatriz Alves de Moura
Irami Buarque do Amazonas

No Brasil, uma das estratégias para a melhoria do desempenho e das notas escolares é a interação com os jogos digitais nas salas de aula. Portanto, este trabalho tem por objetivo mostrar as contribuições do uso dos jogos digitais educacionais presentes na plataforma Wordwall para o ensino do eixo grandezas e medidas nos anos iniciais do ensino fundamental I. Analisamos alguns jogos que podem ajudar a desenvolver habilidades específicas presentes na BNCC para cada ano do ensino fundamental I, a serem utilizados pelos professores como um recurso didático. Inferimos que o ensino de grandezas e medidas contribuirá para que ao longo de sua vida, as crianças possam compreender, estabelecer e diferenciar todas as unidades de medidas. Entendemos que a união do ensino de grandezas e medidas e jogos digitais educacionais pode oferecer uma formação diferenciada aos alunos e professores, criando novas situações para a aprendizagem.

O PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA AO OLHAR DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Jéssica Maria da Silva
Lívia Beatriz Alves de Moura
Luciana Silva dos Santos Souza
Tiago Barreto de Morais

O presente artigo tem por objetivo apresentar e analisar características metodológicas do perfil do professor de matemática, a partir de dados recolhidos de uma pesquisa investigativa feita através de entrevistas com dois professores de matemática do ensino básico, durante a vigência dos estágios supervisionados I e II nos anos finais do Ensino Fundamental. A entrevista norteou nossa proposta e foi essencial para melhor entendimento das características e métodos de ensino do professor, onde procurou-se abordar questões sobre as suas formações, metodologias de ensino, tempo de experiência no campo do ensino, questões relacionadas ao ensino de matemática no contexto nacional, como também as práticas e desafios em sala de aula. As respostas obtidas nos mostram como a formação que os professores tiveram na graduação podem possuir lacunas e influenciar nos seus respectivos métodos de ensino, além dos impactos de maneira positiva ou negativa na aprendizagem dos alunos que essas metodologias têm em sala de aula, nas aulas de matemática.

Em relação às frações, ainda existem lacunas no processo de ensino e aprendizagem, principalmente nos anos finais do Ensino Fundamental. Pensando nisso, apresentamos propostas de atividades com o uso do cubo mágico como ferramenta nesse processo, que podem ser utilizadas de acordo com cada objetivo esperado. Além da aplicabilidade nas frações, o cubo mágico também pode ser usado como recurso nos demais conteúdos matemáticos, tanto na versão física como na versão digital por meio de softwares. Concluímos que o uso de meios lúdicos na sociedade atual é um dos principais meios para despertar a curiosidade e o interesse dos estudantes, que por vezes enxergam a matemática de forma abstrata devido ao fato de não serem apresentadas atividades que os façam enxergar esse vasto meio de uma perspectiva diferente dos meios tradicionais a que estão acostumados.

Objetivando a melhoria no desenvolvimento do aprendizado matemático relativo às operações fundamentais, iniciaremos com o intuito de compreender o uso de jogos lúdicos como ferramentas de contribuição do aprendizado. A pergunta que norteia este trabalho é: como os jogos apresentados neste trabalho podem contribuir positivamente para o ensino-aprendizagem da matemática, despertando e atraindo o aluno para um aprendizado eficaz? Com a nota média no IDEB de 57% e no PISA de 12,3%, o aprendizado matemático, um dos maiores desafios didáticos, tem se desdobrado no maior índice de reprovação dentre todas as disciplinas da educação básica no Brasil, processos de aprendizados antigos e ultrapassados, conjunto uma deficiente modernização da educação tem contribuído para um precário avanço no desenvolvimento escolar de grande parte dos alunos. Mediante o fascínio que os jogos digitais exercem sobre as crianças, este trabalho desenvolveu uma plataforma gratuita (www.geoo.online) de jogos matemáticos, intermediada pela web e aparelhos computacionais como smartphones, tablets e computadores. Possibilitando aos alunos o aprendizado matemático, nas séries iniciais, referente às operações básicas e a assimilação de formas geométricas. Aos professores, simplificou a realização de tarefas e a automatização de processos, diminuindo custos e maximizando tempo. Para tal, foram realizados dois estudos de caso, um presencial e o outro a distância, ambos mediados pela plataforma, com objetivo de avaliar a eficiência-eficácia da ferramenta, bem como suas principais funcionalidades e características pertinentes ao aprendizado da operação fundamental básica da soma. Os resultados positivos do desenvolvimento escolar obtidos com a implementação da ferramenta em duas salas de aulas distintas de escolas situadas em cidades com contextos diferenciados foram promissores, com uma melhoria de aproximadamente 9,3% no rendimento médio matemático ao qual a ferramenta se propõe.

O presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a dificuldade em matemática. É mostrado alguns dos motivos que levam os estudantes a possuir dificuldades nessa disciplina, bem como é comentado sobre a matemática e a contextualização. Dessa forma, é importante refletir sobre o ensino da matemática e as dificuldades apresentadas pelos estudantes, para assim, ser minimizado o pensamento de que a matemática é muito difícil ou que ela é uma disciplina inútil. Com o objetivo de entender as dificuldades em matemática e compreender a importância de se ensinar a matemática de forma contextualizada; foi feita uma busca sobre dificuldade em matemática no Google Scholar, para que através da leitura e análise das publicações selecionadas fosse possível chegar ao objetivo. Ademais, foi percebido que a maioria dos textos considera que um dos motivos dos estudantes possuírem dificuldade em matemática é a forma como os conteúdos estão sendo mediados, pois, muitas vezes não são vistos os conteúdos contextualizados e/ou interligados com outras áreas. Diante disso, ensinar a matemática de maneira contextualizada é muito importante para uma melhor compreensão dos conteúdos.

TRANSFORMAÇÃO DE QUESTÃO OLÍMPICA DA OBMEP EM ITEM DE AVALIAÇÃO EXTERNA

Emersson Rodrigues de Souza
José Felipe de Paiva Silva
Tatiane Silva de Lima

O objetivo deste artigo é apresentar a transformação de questão olímpica pertencente à Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), a qual sua estrutura é feita através da Teoria Clássica dos Testes (TCT), em um item de Avaliação Externa, que utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), os quais são duas metodologias utilizadas na educação brasileira, sendo a TRI pertencente à Avaliação Externa, que é uma realidade bastante conhecida nas escolas em geral, pois de tempos em tempos são submetidas a este tipo de teste. Ao escolhermos trabalhar com a OBMEP, estamos considerando o grande legado desta olimpíada em nosso país, pois já são 17 edições deste grande projeto. Com isso, a demonstração desta transformação tem o intuito de ajudar o professor a visualizar e perceber melhor os caminhos tomados por seus estudantes durante a resolução de questões matemáticas propostas pela OBMEP e também ajudá-los na compreensão do teor de uma Avaliação Externa.