Nesta primeira aula, abordaremos
Conceitos básicos sobre Tecnologias Educacionais.
Os diferentes tipos de Tecnologias Educacionais.
Noções sobre Acessibilidade e Inclusão digital.
Dicas para a elaboração de material didático utilizando Recursos Educacionais Digitais.
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Tecnologia para fazer fogo.
A tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. (1)
Em outras palavras: a tecnologia abrange não somente os produtos artificiais ou digitais fabricados pela humanidade, assim como os processos de produção tecnológica, mas engloba também os conhecimentos e metodologias necessárias para realizar tarefas produtivas (2)
Há diferentes tipos de tecnologias. Aqui vamos apresentar conceitos sobre Tecnologias Educacionais e Tecnologia Assistiva
As Tecnologias Educacionais envolvem um conjunto de conhecimentos científicos necessários tanto para o planejamento quanto para a execução, o controle e o acompanhamento no processo educacional, ou seja, as Tecnologias Educacionais não se limitam apenas a utilização dos equipamentos, mas também favorece a reconstrução do conhecimento.
Para aplicar uma Tecnologia Educacional é necessário que o educador seja um facilitador do processo ensino-aprendizagem, incentivando a criatividade na busca do crescimento pessoal e profissional. (3)
Tipos de Tecnologia Educacionais:
papel, caneta, livros
computador, smartphone, RED's
Os Recursos Educacionais Digitais (RED'S) são recursos tecnológicos, disponíveis de maneira on-line, que apoiam a prática pedagógica. Podem ser textos, imagens, vídeos, jogos, animações, software de simulação, entre outros programas de computação (4).
Benefícios na utilização de Recursos Educacionais Digitais
Potencializam a aprendizagem e torna o aluno mais ativo e engajado (4)
Encurtam a distância entre o conhecimento, aumentando a autonomia intelectual do estudante. (5).
Exemplos:
GOOGLE CLASSROOM: SALA DE AULA VIRTUAL
DUOLINGO: GAME PARA APRENDER IDIOMAS
YOUTUBE: PARA PUBLICAR VÍDEOS
SIMULADORES, COMO O DA URNA ELETRÔNICA
Para utilizar de maneira eficaz as novas tecnologias é necessário que ocorra a inclusão digital
Para Dias (6), a inclusão digital é a democratização do acesso à tecnologia e ao conhecimento.
Segundo Lemos (7), há três categorias de inclusão digital:
habilidade para o manuseio do computador, dos principais softwares e do acesso à Internet. Por exemplo, quando o usuário sabe enviar mensagens pelo celular ou realizar uma operação em um caixa eletrônico.
autonomia e independência no uso complexo das TIC's; visão crítica dos meios. Por exemplo, quando o usuário sabe programar computadores ou distinguir fake news.
capacidade financeira em adquirir e manter computadores e custeio para acesso à rede e softwares básicos. Por exemplo, quando o usuário possui internet de qualidade.
Para promover a inclusão digital também é necessário garantir a acessibilidade digital, que ocorre quando qualquer pessoa, independente de suas necessidades, acesse qualquer conteúdo na web sem a ajuda de outrem. (8)
Para que a acessibilidade digital seja possível é importante recorrermos às tecnologias assistivas.
É uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade devida e inclusão social. (9)
Em outras palavras, as tecnologias assistivas promovem a acessibilidade seja arquitetônica, educacional, esportiva, digital, entre outras.
Por exemplo:
bengala
braille
V LIBRAS,
Régua para pessoa com dislexia e TDAH
Você sabe como contribuir para a acessibilidade e inclusão digital?
Elaborando materiais didáticos em extensões que mantêm a qualidade de imagens e texto e compartilhamento rápido. PDF é um exemplo.
Produzindo vídeos e áudios de curta duração, entre 3 e 7 minutos, como orienta Bergmann (10).
Utilizando software livre, ou seja, programas gratuitos.
Indicando fontes seguras de pesquisa, para evitar Fake News.
Elaborando materiais com linguagem dialógica, ou seja, frases curtas e palavras de fácil compreensão.
Optar por textos curtos;
Utilizar tamanho maior da fonte;
Utilizar maior espaçamento no texto;
Utilizar alto contraste de cores;
Inserir teclas de atalho;
Inserir áudio descrição em vídeos;
Inserir legenda em vídeos;
Utilizar palavras fáceis para facilitar a tradução virtual em libras.
1 MUNHOZ, Antonio Siemsen. Tecnologias educacionais. Saraiva Educação SA, 2015. Nietsche EA, Backes VMS, Colomé CLM, Ceratti R do N, Ferraz F. Tecnologias educacionais, assistenciais e gerenciais: uma reflexão a partir da concepção dos docentes de enfermagem. Ver Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2005May;13(3):344–52. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-1169200500030000
2 VERASZTO, Estéfano Vizconde et al. A noção de tecnologia dos professores do ensino fundamental que participaram do projeto teckids. ETD , Campinas, v. 09, n. 01, pág. 20-38, dezembro de 2007 . Disponível em <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-25922007000300005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 22 de julho de 2023.
3 Nietsche, E. A., Backes, V. M. S., Colomé, C. L. M., Ceratti, R. do N., & Ferraz, F.. (2005). Tecnologias educacionais, assistenciais e gerenciais: uma reflexão a partir da concepção dos docentes de enfermagem. Revista Latino-americana De Enfermagem, 13(3), 344–352. https://doi.org/10.1590/S0104-11692005000300009
4 AVA MEC Recursos Educacionais Digitais (REDS).Disponível em https://avamec.mec.gov.br/#/ Acesso em: jun. 2023
5 FARIAS, Jonathan; PEREIRA, Ednaldo Coelho. Tecnologias digitais e seu uso na complementação da formação docente: Uma análise da plataforma Ava MEC. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, p. 52-63, 2021.
6 DIAS, LR. Inclusão digital como fator de inclusão social. Disponível em https://books.scielo.org/id/qfgmr/pdf/bonilla-9788523212063-05.pdf Salvador: EDUFBA, 2011. Acesso em: jun.2023
7 ALONSO, Luiza Beth Nunes; FERNEDA, Edilson; SANTANA, Gislane Pereira. Inclusão digital e inclusão social: contribuições teóricas e metodológicas. Barbaroi , Santa Cruz do Sul , n. 32, p. 154-177, jun. 2010 . Disponível em:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S0104-65782010000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 27 jun.2023.
8 SILVA, IR da.; FREITAS, TN.; ARAÚJO, NFM de .; SOUSA, DL da S. .; ARAÚJO JÚNIOR, MA de.; MEDEIROS, AM; SILVA, RS Acessibilidade em tempos de ensino remoto. Investigação, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 10, n. 4, pág. e60010414966, 2021. DOI: 10.33448/rsd- v10i4.14966. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14966. Acesso em:28 jun. 2023.
10BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. (Tradução Afonso Celso da Cunha Serra). 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 104 p, 2016.
9 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009a. Disponível em: <Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/livro-tecnologia-assistiva.pdf >. Acesso em: 31 out. 2016