O telescópio Boller & Chivens de 60 cm no Observatório Abrahão de Moraes
Arquivo fotográfico de José A. de Freitas Pacheco
Arquivo fotográfico de José A. de Freitas Pacheco
Origens
Solicitação, em 1974, pela chefia do recém criado Departamento de Astronomia de um instrumento de pequeno porte para o ensino na pós-graduação
Projeto encaminhado à reitoria da USP pelo diretor do IAG, Giorgio Giacaglia
A USP atribuiu fundos especiais para a aquisição de um telescópio de 60 cm da empresa Boller & Chivens
Ficaram encarregados do projeto: J.A. de Freitas Pacheco (responsável geral), Sayd J. Codina (pesquisador) e Abrahão Szulc (técnico especializado em ótica).
Sayd Codina e J.A. de Freitas Pacheco reprojetaram a câmara Maksutov do espectrógrafo B&C, financiado pela FAPESP, para receber um detetor digital (o primeiro a ser operado no hemisfério sul).
Abrahão Szulc foi responsável pelo projeto do prédio e da supervisão junto ao FUNDUSP durante a construção do mesmo.
Vista parcial da cidade de Vinhedo a partir do Morro dos Macacos, onde está o Observatório Abrahão de Moraes e onde seria instalado o telescópio Boller & Chivens. (foto por José A.F. Pacheco, de 1973)
2. Vinhedo, através de outro ângulo, vista do Morro dos Macacos. (foto JAFP 1973)
3. Detalhe da estrada, em 1975, ligando a rodovia Vinhedo-Itatiba ao Morro dos Macacos.
4. Detalhe da construção do prédio do telescópio – foto de 1976.
5. Instalação da escada de acesso a entrada principal - detalhe.
6. Inspeção da “saia” e do suporte da cúpula – Da esquerda para a direita respectivamente Sayd Codina, A. Szulc, senhor Lucas (chefe da oficina mecânica do IAG) e um auxilar de mecânica. Ao fundo, o pavilhão do Círculo Meridiano.
7. Vista do Pavilhão do Círculo Meridiano, feita junto ao prédio do 60cm.
8. Inspeção do suporte da cúpula – O FUNDUSP não respeitou a tolerância exigida, o que resultou num erro de 15 cm no diâmetro !!!
9. Preparação para a montagem da cúpula.
10. Montagem final da cúpula.
11. Detalhe da fase final de montagem da cúpula e de sua instalação.
12. Cúpula alçada e montada nos trilhos de suporte.
13. Edifício finalizado do telescópio de 60cm Boller & Chivens.
14. Desembalagem do espelho principal do telescópio pela equipe do Sr. Lucas, sob supervisão de Sayd Codina e A. Szulc. (foto JAFP)
15. Sayd Codina e Abrahão Szulc, que tiveram um papel preponderante na realização do projeto e na instalação do telescópio de 60cm em Valinhos.
16. Detalhe dos alojamentos em Valinhos na época de sua construção.
17. JAFP preparando as primeiras observações com o B&C 60cm. Em primeiro plano, o painel de controle do telescópio.
18. O fotômetro “rápido” da Universidade do Texas - Observatório Nacional, primeiro instrumento a ser utilizado no 60cm, durante as primeiras observações.
19. JAFP efetuando a primeira observação fotométrica com o instrumento construído pela Universidade do Texas e Observatório Nacional.
O Espectrógrafo Cassagrain B&C
Em 1975, J.A. de Freitas Pacheco submeteu um projeto à FAPESP visando obter recursos para a aquisição de um espectrógrafo Cassegrain Boller & Chivens e de um detetor digital, o Optical Multichannel Analyzer (OMA), fabricado pela Princeton Instruments.
Para a obtenção de uma superfície focal plana, necessária para a utilização do OMA, o projeto da câmara Maksutov foi revisto por S. Codina e A. Szulc e proposto à B&C, que realizou as modificações requeridas.
Este sistema permitiu a primeira obtenção de um espectro digital no hemisfério sul, alguns dias antes da operação de um OMA similar no ESO
20. O espectrógrafo B&C recém instalado no telescópio de 60 cm. Uma descrição do instrumento e das primeiras observações, que datam de 1978, foi objeto de um longo artigo na Revista Brasileira de Física. A observação da nebulosa planetária NGC 6818, marcou o inicio do programa de estudo das propriedades físicas destes objetos no hemisfério sul.
21. Título e imagens do artigo sobre o espectrógrafo Boller & Chivens e seus primeiros resultados, publicado na RBF, vol. 9, p.1 (1979).