Programa 2023

2023-04-11, Salão Nobre FFUP

Abertura

14h00-14h10

Breve Introdução ao 2º Congresso Pedagógico FFUP

Diretor da FFUP, Pró-Reitora U.Porto (Inovação Pedagógica) Presidente da AEFFUP, Presidente do Conselho Pedagógico FFUP

Diretor da FFUP - Domingos Ferreira

Pró-Reitora U.Porto (Inovação Pedagógica) - Sónia Valente Rodrigues

Presidente da AEFFUP - Ana Grandinho

Presidente do Conselho Pedagógico FFUP - Jorge Ascenção Oliveira

Sessão #1

14h10-14h30

Impacto da Inteligência Artificial Generativa no Ensino-Aprendizagem e Avaliação

Jorge Ascenção Oliveira (Presidente do Conselho Pedagógico FFUP)

A inteligência artificial generativa (IA-Gen) é uma tecnologia emergente com a capacidade de criar conteúdos que parecem originais, o que está a ter um impacto disruptivo nos processos pedagógicos, incluindo o ensino-aprendizagem e avaliação. No entanto, a geração atual de agentes de conversação baseados em IA-Gen pode conter erros, alucinações e violar direitos de autor, o que pode ser pernicioso para a pedagogia. Como todas as tecnologias, a forma como a IA-Gen é usada pode ser benéfica ou prejudicial para a pedagogia. É fundamental que os educadores se adaptem a esta nova realidade e encontrem maneiras de tirar o máximo partido da IA-Gen na pedagogia, evitando os seus potenciais riscos. Por isso, é importante operacionalizar estratégias de desenvolvimento do potencial humano, como pedagogias centradas no estudante, com avaliação autêntica e promoção da metacognição. É importante destacar que muitos educadores já aceitaram o facto de que a IA-Gen existe e estão a encontrar formas de se adaptar a ela. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para compreendermos completamente as implicações da IA-Gen na pedagogia.

14h30-14h45

Pedagogia, Integração e Integridade Académica: a perspetiva dos estudantes

Ana Grandinho (Presidente da AEFFUP)

A Comissão Diretivo-Pedagógica da AEFFUP elaborou, no mês de Março de 2023, um formulário no âmbito de um projeto denominado ''Pedagogia, Integração e Integridade Académica'', cujo intuito foi reunir opiniões e sugestões dos estudantes relacionadas com estas temáticas, para que posteriormente fossem elaboradas recomendações.

No decorrer desta intervenção serão expostos os resultados deste inquérito, procurando uma análise dos mesmos, promovendo o debate entre toda a comunidade académica da FFUP.

14h45-15h00

Diversidade de Metodologias de Avaliação no Espaço Europeu

Gabriel Branco (EPSA - European Pharmaceutical Students’ Association)

Desde a sua criação que o principal foco da European Pharmaceutical Students' Association (EPSA) tem residido nas competências dos estudantes Europeus de ciências farmacêuticas. A EPSA divide o seu trabalho neste âmbito em duas grandes vertentes, as soft skills e as hard skills, mas o protocolo e o objetivo são os mesmos: comparar os planos curriculares europeus e advogar por alterações que façam sentido no panorama atual e que vão de encontro às necessidades apontadas pelos estudantes, quer a nível nacional em colaboração com as associações-membro quer a nível europeu em colaboração com os legisladores e outras associações relevantes no setor.

Em fevereiro de 2022, lançámos o nosso “White Paper on Pharmaceutical Skills and Education” com vista a compilar todos os dados que recolhemos ao longo dos últimos anos bem como as posições que deles advieram. Nesta intervenção serão apresentados alguns destes dados de modo a ilustrar o panorama atual das metodologias de ensino no quadro europeu.

15h0-15h15

A Avaliação dos Estudantes: Cooperação e Justiça Social Cognitiva

Amélia Veiga (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação U.Porto)

Resumo

A importância da avaliação do desempenho influencia as atitudes dos estudantes e dos professores face ao ensino-aprendizagem orientado pela performance, traduzindo-se num sistema de recompensa orientado no sentido do trabalho competitivo, com benefício individual. A avaliação do desempenho reduz-se a um processo de 'verificação' que permite aos estudantes, face às suas classificações, competirem por uma vantagem quando pretendem prosseguir estudos, aceder a bolsas de estudo, ao mercado de trabalho e a melhores salários. Por parte das instituições de ensino superior, a disputa por estudantes, por outro lado, institucionaliza a competição como uma forma de promover a excelência. Fomenta o individualismo e promove formas de saber, ser e estar que atribuem maior importância ao estado de desenvolvimento cognitivo e sociocultural em áreas específicas em detrimento de outras. Neste contexto, a avaliação como processo inclusivo e formativo na aquisição transversal de conhecimentos e de desenvolvimento de competências é secundarizado, uma vez que os contextos profissionais e as sociedades e economias competitivas são percecionados acriticamente, levando a que a preparação para a competição esteja padronizada na preparação de futuros profissionais. 

Deste modo, a gestão pedagógica da diversidade dos estudantes coloca desafios à necessidade de encontrar respostas adequadas a todos os estudantes, incluindo, por exemplo, os trabalhadores-estudantes (com ou sem estatuto), os estudantes internacionais ou de mobilidade, preparando-os para uma sociedade mais baseada na cooperação do que na competição. Do ponto de vista das práticas pedagógicas, importa fortalecer alguns elementos da aprendizagem assente na cooperação, na interação, entre professores-estudantes e entre estudantes, facilitadora de esforços mútuos. Ou seja, modos de trabalhar capazes de fomentar a aprendizagem, a compreensão e a resolução de problemas em cooperação, emergem como fatores relevantes para os estudantes alinharem os seus projetos individuais com o conhecimento das disciplinas ou áreas científicas a que pertencem. Do ponto de vista da justiça social cognitiva, importa compreender como é que os estudantes percecionam a justiça dos processos de avaliação em que a cooperação se pode refletir na definição das práticas de avaliação da aprendizagem e de desenvolvimento de competências. À vista disso, o envolvimento dos estudantes na discussão e definição dos critérios avaliativos é crucial. Com efeito, pensar a educação superior e a avaliação dos estudantes com humanidade valoriza a cooperação, como método de diálogo, ao mesmo tempo que promove a justiça e igualdade nas perceções e julgamentos dos estudantes em relação à sua avaliação e ao papel que ela pode ter para a sua formação e desenvolvimento pessoal e profissional.

https://www.fpce.up.pt/ciie/?q=researchers/am%C3%A9lia-veiga

15h15-15h30

Questões de Linguagem na Construção de Itens de Testes/Exames

Sónia Valente Rodrigues (Pró-Reitora U.Porto - Inovação Pedagógica e Melhoria Contínua)

15h30- 16h10 Mesa Redonda:

Como podemos melhorar o processo de avaliação da aprendizagem na Universidade?

Joaquim Alexandre Moreira (Presidente do Conselho Pedagógico da Fac. Ciências U.Porto)

Jorge Ascenção Oliveira (Presidente do Conselho Pedagógico FFUP)

Ana Grandinho (Presidente da AEFFUP)

Gabriel Branco (EPSA - European Pharmaceutical Students’ Association)

Amélia Veiga (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação U.Porto)

Sónia Valente Rodrigues (Pró-Reitora U.Porto - Inovação Pedagógica e Melhoria Contínua)

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Intervalo

16h10 - 16h40

Coffee-Break

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Sessão #2

16h40-17h00

Impacto dos Métodos de Avaliação na Saúde Mental dos Estudantes

Sara Moutinho (Psicóloga FFUP)

Sabemos que o período universitário é caracterizado pela aquisição de conhecimentos, competências e ferramentas que permitem aos estudantes o desenvolvimento de um conjunto de estratégias profissionais e pessoais, para a construção do seu futuro. Trata-se de um caminho desafiante, com fases de transição e mudanças na sua vida. É, desta forma, um processo que pode ser percecionado como um stressor e, trazer impactos na saúde mental dos universitários. Segundo a literatura, esta população está vulnerável ao desenvolvimento de problemas de saúde mental. As épocas de avaliação são, geralmente, períodos que geram stress e ansiedade nos estudantes, com grande impacto no seu dia a dia e, consequentemente, no seu estado psicológico e emocional. Compreende-se que se torna essencial atuar na educação, promoção e prevenção da saúde mental dos universitários, e trabalhar no desenvolvimento de estratégias de estabilização e de regulação emocional que permitam lidar com esta fase exigente.

17h00-17h10

Projeto +Sucesso e Mentoria na FFUP

Georgina Correia da Silva e Marta Correia da Silva (GAA-CP e Mentoria FFUP)

Desde 2019, a Mentoria Interpares FFUP tem envolvido centenas de estudantes, numa dimensão pedagógica formativa não só dos novos estudantes (os mentorados) do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF), mas também dos que frequentam o MICF há pelo menos um ano (os mentores) que recebem formação e desenvolvem competências transversais. A Mentoria passa por mecanismos de apoio à integração através do acompanhamento voluntário por “pares” com coordenação de docentes. No âmbito do projeto da Universidade do Porto (UP) “+Sucesso - Promoção do sucesso académico e redução do abandono escolar na U.Porto”, está a ser implementada na FFUP a iniciativa Mentores das Unidades Curriculares (UCs) do 1º ano, uma estratégica pedagógica que adiciona a dimensão ensino-aprendizagem intra-geracional para contribuir para o sucesso académico. Com a colaboração de docentes das respetivas UCs, foram selecionados mentores inscritos no programa Mentoria Interpares para partilharem experiências e estratégias de estudo que lhes permitiram obter excelência numa determinada UC do 1º ano e para promoverem o estudo em grupo com painéis de discussão sobre temáticas da UC. Também no âmbito no projeto +Sucesso, a FFUP propôs a realização de encontros de Alumni FFUP com estudantes do 1º ano com o objetivo de diminuir o abandono do MICF ao promover nos estudantes do 1º ano um maior conhecimento das competências que o MICF lhes irá proporcionar bem como do largo espetro de saídas profissionais. Em parceria com o Programa de Mentoria Profissional da FFUP – Mentor.Pro.FFUP, que conta com a colaboração voluntária de Alumni FFUP como mentores de estudantes do 3º e 4º ano do MICF, foi realizado o II Workshop de Percursos Profissionais Farmacêuticos no início do 2º semestre, período crítico de abandono do MICF, no qual os estudantes do 1º ano do MICF tiveram a oportunidade de ouvir testemunhos de mentores-Alumni FFUP sobre a influencia positiva que o MICF teve no cargo profissional que ocupam atualmente. Estas iniciativas de integração, mentoria e promoção da empregabilidade estão alinhadas com outras atividades promovidas pela Direção da FFUP, Direção de Curso e Conselho Pedagógico na promoção do sucesso académico e redução do abandono escolar.

Agradecimentos: POCH-I2-2022-07-projeto «+Sucesso» Promoção do sucesso académico e redução do abandono escolar na U.Porto, José Miguel Neves, Marta Gomes e Mentoras das UCs do 2º semestre 2022/2023: Eduarda Correia da Silva, Maria João Rocha, Joana Veríssimo e Beatriz Araújo.

17h10-17h30

O novo plano de estudos do MICF: Motivação para a evolução e desafios à implementação.

Fernando Remião (Diretor do MICF - FFUP)

17h30- 18h00 Mesa Redonda:

Como podemos melhorar a integração e sucesso académico dos estudantes?

Implementação, expectativas e dúvidas sobre o novo plano de estudos do MICF?

Amélia Veiga (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação U.Porto)

Cláudia Cavadas (Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra)

Carina Vieira (Representante dos Estudantes no Conselho Pedagógico FFUP)

Sara Moutinho (Psicóloga FFUP)

Georgina Correia da Silva (GAA-CP e Mentoria FFUP)

Fernando Remião (Diretor do MICF - FFUP)

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