Trabalho do aluno João Santos Almeida

CONSTRUÇÃO DO OLHAR - DA IMAGEM À REFLEXÃO

Cláudio Barros - 9º ano Fundamental II

2º semestre de 2020

APRESENTAÇÃO

O universo do sensível no cotidiano: criando imagens para produzir no outro sensibilidade e reflexão. Esta poderia se configurar como uma síntese da proposta que fizemos aos alunos do 9o ano do Ensino Fundamental II.

No diálogo entre as linguagens do teatro, das artes visuais e da música, o Tropicalismo se configurou como eixo central de referências para as reflexões sobre Política, Democracia e Cidadania, tema da série.

O Tropicalismo, movimento que pode ser compreendido como chave para a formação da cultura brasileira, produziu uma verdadeira revolução por contar com um grande protagonismo de todas as áreas da arte.

Nas aulas de Artes Visuais, este contexto serviu como pano de fundo para a investigação do desenho, da colagem e da fotografia como possibilidades de criação e expressão.

PERCURSO METODOLÓGICO

O processo se iniciou com a prática do desenho como valorização do olhar, dirigido aos lugares do cotidiano, que proporcionou exercícios de composição, descobertas formais e desafios construtivos utilizando a forma recortada, a construção de sequências e espaços inventados. Esse processo foi enriquecido pelo diálogo com as obras de artistas como Vânia Pimentel e os impressionistas.

Pesquisamos também a fotografia como linguagem, a partir de propostas de abstração, invenção de narrativas e descobertas de lugares pessoais, como cantos, objetos e superfícies, que despertaram nos alunos novas percepções e sensações. O diálogo com cenas de cinema do filme Roma, além da produção abstrata da arte concreta, nos ajudou indiretamente a compreender um pouco mais sobre fotografia como arte em termos de forma (abstrata) e intenção (tema), o que nos preparou para a terceira e última parte do curso.

Na Trilha da Tropicália, foi o título do material de estudos que embasou a terceira e conclusiva etapa do curso. Estudamos os movimentos artísticos brasileiros da segunda metade do século vinte - desde a criação do Museu do Inconsciente até a arte interativa dos artistas neoconcretos, culminando na obra dos Bólides e Parangolés do artista Hélio Oiticica. Nesse momento, a formulação da proposta de trabalho passa do professor para o aluno, que tem a incumbência de criar seu próprio projeto, num processo acompanhado e estimulado pelo professor. Desenho, colagem, pintura, vídeo, fotografia, muitas são as possibilidades de expressão, cujo propósito era criar um trabalho que pudesse despertar no outro, no espectador, a percepção do sentir, como sensação dos sentidos e também a reflexão sobre assuntos importantes para os alunos.

Numa segunda produção, na oportunidade que tivemos de trabalhar no ateliê da Castanheiras, simultaneamente à improvisação coletiva sobre a música Tropicália no curso de música, os nossos alunos criaram estandartes, num misto de expressão e manifesto, sintetizando o que entendem como manifestação política sobre os temas que elegeram como relevantes.

ALGUMAS REFERÊNCIAS

Wanda Pimentel:

https://youtu.be/9AeFGjowI1k


Museu do inconsciente:

https://youtu.be/Q26AjWA4ILQ


Museu do Inconsciente - Nise da Silveira:

https://youtu.be/szef7weO7xM


Museu virtual de Waldemar Cordeiro:

https://youtu.be/m0avX7xVcb4


Arte Concreta:

https://youtu.be/ldUQkXVWz4s


Hélio Oiticica:

https://youtu.be/RCEC8Rn8N8U

https://youtu.be/AkYFZd-iQpY