Kamala Harris deve enfrentar Trump após Biden desistir de concorrer à presidência dos EUA
Kamala Harris deve enfrentar Trump após Biden desistir de concorrer à presidência dos EUA
Nome da vice-presidente americana foi indicado por Biden e ganhou apoio e grandes nomes do partido Democrata, como o ex-presidente Barack Obama
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou no último dia 21 que desistiu de concorrer à reeleição. Em carta aberta publicada na rede social X, Biden listou os feitos de seu governo e demonstrou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris para que assumisse a candidatura dos Democratas para concorrer à eleição presidencial.
A desistência de Biden ocorreu após fortes pressões do seu partido e de parte do eleitorado democrata. As repercussões negativas da postura de Biden nos debates contra Trump, ex-presidente dos EUA e atual candidato republicano à presidência, suscitaram questionamentos sobre a sua saúde mental. O Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos intimou três assessores democratas a prestar esclarecimentos sobre a aptidão mental do atual presidente.
As reações à desistência, tanto da população americana quanto dos atores políticos da corrida presidencial, foram imediatas. Segundo a pesquisa Reuteus/Ipsos, Kamala Harris, a indicação democrata apoiada por Joe Biden, tem 44% das intenções de voto contra 42% de Trump, uma diferença percentual dentro da margem de erro. Apesar de estar na frente de Trump nas intenções de voto, Harris é pouco conhecida pelos republicanos, de acordo com o presidente da Ipsos, Clifford Young. Isso dificultaria os ataques a ela num primeiro momento.
Young destaca que há uma grande movimentação do partido Democrata para definir a imagem política de Kamala Harris. Em comício ao eleitorado de Wisconsin, a pré-candidata reforçou seu apoio à classe média trabalhadora dos Estados Unidos e levantou o debate sobre a liberação do aborto, uma pauta que é firmemente atacada por Trump. Harris conta também com o apoio de figuras importantes dos Estados Unidos, tal como a ex-candidata à presidência Hillary Clinton.
Na última segunda-feira (22), Kamala Harris comemorou o apoio de delegados democratas suficientes para ser oficialmente indicada como candidata do partido às eleições. No dia 26, recebeu um apoio de peso do ex-presidente Barack Obama e sua esposa, Michelle Obama.
Agora, os delegados precisam votar para nomear Harris até 7 de agosto.
Apagão cibernético: como uma falha em uma desconhecida empresa de tecnologia parou o mundo
Bug na atualização do software de segurança da empresa CrowdStrike atingiu diversos serviços bancários, de transporte e internet
Uma atualização no software de segurança cibernética da empresa CrowdStrike levou o caos ao mundo inteiro na sexta-feira, dia 19 de julho. Milhares de sistemas operacionais, de inteligência e transporte caíram ao redor do planeta, afetando desde aeroportos a operações bancárias.
A pane mundial ressaltou a fragilidade e dependência da economia global em poucos atores empresariais. Apesar de estar em praticamente todo o lugar - a CrowdStrike é listada como uma das 500 empresas mais lucrativas dos EUA -, a empresa de segurança cibernética é pouco conhecida pela maioria da população. Entretanto, ela é responsável por operar um software utilizado no Microsoft Windows, um dos programas de internet mais populares e utilizados do mundo.
No Brasil, diversas empresas tiveram suas atividades interrompidas ao longo do dia, em decorrência da pane cibernética. Segundo o analista de dados da Forum Café Edgard Piccino, este evento pode ser considerado o maior apagão digital da história.
Foto de Gabriel Medina em Olimpíada vira sensação mundial
Com um clique perfeito, o fotógrafo francês Jerome Brouillet capturou umas das mais memoráveis imagens dos Jogos Olímpicos de 2024
Durante as últimas semanas, todos os olhos encontram-se direcionados à França para assistir aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e dentre as inúmeras imagens capturadas desde o início da competição, uma em específico prendeu a atenção do mundo nesta segunda-feira (29/07).
A imagem foi feita pelo fotógrafo francês Jerome Brouillet, da Agence France-Presse (AFP). Trata-se de uma fotografia de Gabriel Medina, surfista brasileiro, durante as oitavas de final do campeonato olímpico em Teahupo’o (Polinésia Francesa), recém-saído de um “tubo”, que rendeu a maior nota da história do surfe olímpico (9,90).
A foto foi clicada por Jerome a partir de um barco no canal. Ele esperava pacientemente pela imagem perfeita das usuais acrobacias realizadas pelo surfista ao finalizar uma manobra que se espalharia pelo mundo inteiro.
Em paralelo perfeito com sua prancha, um dedo apontado para o céu e uma exclamação pedindo uma nota 10 aos jurados, a imagem captura o exato momento em que Gabriel Medina “saí” da onda e finaliza sua bateria. A revista Time descreveu a fotografia como "a imagem definitiva do triunfo dos Jogos Olímpicos de 2024”, além de ter sido definida como “uma das fotos mais icônicas dos Jogos de Paris”, pelo The New York Times.
"Fiz a foto, olhei para a câmera, selecionei os cliques e vi as imagens do começo do pulo e do meio. Olhei e vi que fiz um bom trabalho. Mandei para o meu editor para ver o que acontecia", afirmou Brouillet.
A imagem espalhou-se rapidamente pelas redes sociais, capturando a atenção do público e acumulando milhões de visualizações e curtidas. O próprio Medina compartilhou a foto em seu perfil no Instagram, o que rapidamente garantiu mais de 2.4 milhões de curtidas.
O fenômeno rememora o papel fundamental da fotografia, sua sensibilidade e importância para a imprensa mundial para a cobertura de eventos, especialmente diante da farta produção de fotos que os atuais celulares oferecem. Mais ainda, em tempos de criação que a Inteligência Artificial proporciona. Nada substitui a criatividade humana. Jerome que o diga.
Nicolás Maduro é proclamado Presidente da Venezuela sob desconfiança de fraude
O sucessor de Hugo Chávez foi declarado vencedor com 51,2% dos votos, antes de que todas as urnas estivessem apuradas, contrariando pesquisas que mostravam seu adversário, Edmundo González, como favorito
O domingo, 28 de julho, prometia ser uma eleição histórica para os venezuelanos, que votariam para presidente, mas um suspeito processo eleitoral declarou Nicolás Maduro como vencedor do pleito, antes mesmo de que todas as urnas estivessem apuradas. O resultado contrariou também o que pesquisas independentes apontavam como uma vitória segura de seu adversário, Edmundo Gonzáles. Pouco depois da uma da manhã de segunda-feira (horário no Brasil), a autoridade eleitoral do país anunciou que o atual presidente estaria reeleito com 51.2% dos votos, ainda que só 80% das urnas estivessem apuradas naquele momento. Mesmo antes de completar a contagem nas urnas, a Conselho eleitoral venezuelano afirmou que a vitória de Maduro era "contundente e irreversível".
Nicolás Maduro é presidente da Venezuela desde 2013, quando Hugo Chávez faleceu, aos 58 anos, depois de governar o país por 15 anos. Dono de um carisma político que marcou a história da Venezuela, Chávez foi um dos presidentes mais populares do país, com um projeto econômico que distribuiu ganhos sociais da produção e exportação do petróleo.
O país, no entanto, enfrentou instabilidade política ao longo do governo Chávez, inclusive com uma tentativa frustrada de golpe. O embate com opositores levou a uma gestão marcada por decisões autoritárias, e questionadas, como o aumento do número de juízes na Corte Suprema para garantir sua maioria. A presença de militares no governo, bem como as milícias em defesa do chavismo, foram algumas de suas marcas.
Maduro chegou ao cargo sob a expectativa da continuidade do governo Chávez, mas sem o carisma do seu padrinho político. O atual presidente radicalizou algumas iniciativas autoritárias, comprando briga com grandes potências. Sob seu governo, a Venezuela passou a ser alvo de sanções econômicas, o que levou a uma grave crise econômica, e derrubou a popularidade de Maduro nos últimos anos.
Os embargos econômicos foram impostos pelos Estados Unidos desde o governo de Barack Obama e intensificados por Donald Trump, o que aprofundou o colapso econômico. Diversos programas sociais que antes contribuíam para a população foram reduzidos, incentivando o êxodo de venezuelanos no continente. Desde 2015, mais de 8 milhões de venezuelanos fugiram do país, inclusive para o Brasil, onde vivem mais de meio milhão de refugiados.
Diante desse contexto de instabilidade, a Venezuela passou por novas eleições presidenciais no domingo (28/07). As disputas eleitorais estabeleciam-se entre a terceira releeição de Nicolás Maduro e seu adversário Edmundo González Urrutia, representante da Plataforma Unitária, partido de oposição ao governo, que assumiu a candidatura após o bloqueio das duas primeiras candidatas selecionadas por parte da autoridade eleitoral do país, alinhada com o governo Maduro.
Segundo pesquisas de intenção de voto, Edmundo liderava as eleições com mais de 50% dos apoiadores venezuelanos, enquanto Maduro contava com 20%. Os números surpreenderam a população venezuelana e levantaram questionamentos a respeito da possibilidade da derrota de Maduro e, consequentemente, sobre a aceitação dos resultados eleitorais após o fim da eleição.
A preocupação se dá após diversas denúncias sobre supostas eleições fraudulentas passadas realizadas na Venezuela, que chegaram a ser denunciadas por organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), além de outros países como Estados Unidos e da União Europeia.
Entretanto, com a assinatura do Acordo de Barbados, documento que definiu os critérios para as eleições, entre Maduro e a Plataforma Unitária, o presidente se comprometeu a garantir uma eleição mais justa, o que resultou em uma breve suavização nos embargos econômicos estadunidenses.
No entanto, a suavização revelou-se breve após o bloqueio por parte do presidente da candidatura de María Corina Machado, ex-deputada de caráter liberal, a primeira candidata cotada para a disputa presidencial contra Maduro e de sua substituta, Corina Yoris. Além disso, Maduro cancelou o convite à União Europeia para a monitoração do processo eleitoral, o que reafirmou as tensões sobre a lisura do processo. A Venezuela tem sido marcada pela prisão de defensores dos direitos humanos, desde jornalistas até opositores.
Foi nesse contexto turbulento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou na madrugada desta segunda-feira (29/07) a vitória do presidente Nicolás Maduro com 51,2% dos votos contra 44,2% do adversário Edmundo González. O sistema eleitoral da Venezuela prevê a confirmação dos resultados a partir das atas eleitorais que registram os votos dos eleitores. Até a quarta-feira, o país não havia apresentado os documentos, aumentando o clima de desconfiança.
Líderes como Gabriel Boric (presidente do Chile), Javier Milei (presidente da Argentina), União Europeia e dentre outros não reconheceram a vitória de Maduro e exigem eleições mais transparentes. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não reconheceu a vitória de Maduro e está à espera da apresentação das atas eleitorais.
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