A research by Kindergarten
"O brincar é o mecanismo que permite conectar se com o que há de vivo dentro de si, dos outros e dos objetos. O brincar não pode ter um fim: ele é a própria vida se expressando. No entanto, vivemos em um mundo que valoriza o que é quantificável. E o brincar não se mede, não se avalia se aquela é ou não uma boa brincadeira. Qualquer brincar que não seja espontâneo deixa de ser brincadeira para se tornar atividade."
Renata Meirelles
Quatro grupos, mesmos ambientes, mesmas materialidades, diferentes escolhas do brincar. Observar o brincar é uma dádiva, com essa pesquisa pudemos olhar com olhos de curiosidade para a interação com as materialidades e as diversas formas que os estudantes organizaram o brincar.
Diante da pergunta acima notamos que a imaginação quando convidada pelo ambiente pode se desdobrar em muitas explorações e nesta pesquisa vocês poderão se conectar com as diferentes escolhas feitas pelos estudantes dos quatro kindergartens nos diferentes ambientes, diante de um mesmo material.
Ainda que a nossa pesquisa não culmine em uma conclusão, elencamos novas possibilidades sobre as influências que os espaços exercem sobre o brincar. Por meio da pergunta de pesquisa, percebemos que os ambientes evidenciaram potencialidades parecidas entre as escolhas de brincadeiras e interação com os espaços. Foi possível observar que as crianças escolheram brincar em grupos ou mini grupos, com o objetivo de mais contribuições focadas em alcançar a meta da brincadeira: empilhar os tubos, por exemplo quando dentro das salas. O diálogo foi contínuo e tiveram duas intenções principais: compartilhar ideias e resolver possíveis problemas, criação de regras para jogos também foram inventadas. Apesar das intenções principais, notamos uma amplitude maior de possibilidades em ambientes abertos, conectados a natureza, que levaram os estudantes a utilizar os rolos como diferentes ferramentas para seus processos investigativos e criativos.