Fonte: Portal G1.
O nome vem de Itagybá, que no Tupi-Guarani significa, “Rio das pedras que do alto cai”, cascata, foi dado em alusão à cachoeira junto às minas de Miguel Garcia Velho, sugerido por seus companheiros de expedição.
Não existem dados disponíveis sobre Itajubá e a fome, mas podemos analisar esse processo através da história da cidade.
Itajubá foi fundada em 19/03/1819 e sua formação inicial foi de mais de 80 famílias vindas da cidade de Delfim Moreira. Delfim surgiu pelas mãos dos bandeirantes no contexto das Entradas e Bandeiras e a busca do garimpo. E os habitantes que vieram para Itajubá eram garimpeiros.
Vamos detalhar o contexto da fundação de Itajubá e as dificuldades iniciais:
A corrida pelo ouro:
O povoamento europeu na região de Itajubá começou com bandeirantes, como Miguel Garcia Velho, que buscavam ouro e pedras preciosas no final do século XVII e início do século XVIII.
Declínio do garimpo:
As minas de ouro da região não foram tão ricas quanto se esperava, o que levou ao declínio da atividade de garimpo. Os bandeirantes se retiraram, e os poucos que ficaram precisaram se adaptar com atividades de agricultura e pecuária, enfrentando um período de dificuldades, já que os recursos eram limitados e a localização do arraial era desfavorável.
Transição para a agricultura:
Após o fim do ouro, a população local se dedicou à agricultura e pecuária para sobreviver, o que indica a necessidade de adaptação e trabalho árduo em um momento de escassez de recursos.
Situação atual:
Atualmente, Itajubá é conhecida por ser uma cidade com boa qualidade de vida, estrutura e segurança.
Embora o Brasil tenha conseguido reduzir a fome e a subalimentação de forma significativa, especialmente após 2014, não há registros recentes de problemas de fome na cidade.
Portanto, a história inicial de Itajubá envolveu um período de dificuldade econômica e adaptação devido ao fim do garimpo de ouro. Não há, no entanto, registros de fome generalizada na história da cidade, que se consolidou através da agricultura e, mais tarde, com o desenvolvimento de sua economia.
Atualmente temos pessoas em situação de risco no tocante à fome. Como exemplo podemos citar refugiados, imigrantes, moradores de rua e famílias com baixa renda. Acreditamos, após estudos e discussão, que o desemprego e a informalidade no mercado de trabalho, principalmente em vista das características dos que passam fome em Itajubá, sejam as razões maiores que geram a crise alimentar.
O governo federal e municipal desenvolve políticas públicas de apoio a essa população. Vamos, mais para a frente, detalhar essas políticas e também iniciativas de pessoas físicas no combate à fome.
Apresentamos, abaixo, alguns dados econômicos que buscam realizar um comparativo entre a situação nacional e seu paralelo em Itajubá.
Dados Estatísticos
PIB per capta: Entre 1980 e 2000, o crescimento do PIB per capita teve apenas 0,68% de aumento.
Fonte: Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional) Crise Alimentar.
A crise alimentar em Itajubá acontece devido a fatores como o desemprego e a informalidade no mercado de trabalho.
É impressionante observar que cidades como Itajubá, com um PIB per capita de R$ 33.630,33 e um IDHM de 0,787, convivem com desafios sociais semelhantes aos do país como um todo, cujo PIB per capita é ainda maior, de R$ 47.802,02, e o PIB total já ultrapassa 11,7 trilhões de reais. Diante de números tão expressivos, fica a pergunta: como é possível que, em um país com tanta riqueza e capacidade econômica, ainda haja fome, desigualdade e necessidades básicas não atendidas? O contraste entre a abundância de recursos e a persistência da vulnerabilidade social nos leva a refletir sobre prioridades, gestão e distribuição de riqueza.
Economia - IDHM: 0,787
PIB per capta(2021): R$ 33.630,33
Total de receitas brutas realizadas: R$ 422.264.156,12
Receitas brutas empenhadas: R$ 429.316.804,80
População - População no último censo: 93.073 pessoas
População estimada: 96.632 Pessoas
Densidade demográfica: 315,68 habitantes por km²
Economia - IDH: 0,786
PIB per capita: 47.802,02 R$
PIB[2024]: 11,7 trilhões
População - a população do Brasil segundo o IBGE foi estimada em 212.583.750 pessoas
Densidade demográfica: 23,8 habitante por metro quadrado
PIB[2024]-11,7 trilhões
Fonte: BBC.
Conforme o índice de Theil ou Índice de Entropia, nossa cidade possui um índice de 0,41.
Isso mostra uma desigualdade social significativa que gera pobreza, limitando o acesso a alimentos e produtos básicos; trazendo insegurança alimentar e dificultando a melhoria das condições de vida.