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Este site foi criado para divulgar textos, dentre Poesias, Crônicas e Reflexões, e outros que porventura surgirem nessa minha nova caminhada. São temas e essências variados, os quais visam exclusivamente contribuir para aqueles amantes da leitura. Às vezes precisamos ler algumas palavras combinadas, cujas frases colaboram para um dia melhor. Muitos buscam na leitura, uma inspiração para a tomada de decisões, mudanças de atitudes, busca de novos horizontes, incentivos e motivações. Tudo é válido, tudo é conhecimento. A boa leitura, de qualidade, só agrega. Então, espero cooperar para seu bem-estar e sua alegria. Que meus escritos lhe proporcione bons momentos!
Celina de Lima Corrêa Campos
Palavras são poderosas, são fortes.
Quando sua pronúncia tem valor e tem amor.
Palavras são vazias, suas letras sombrias.
Quando ditas em nome do ódio e da dor.
Palavras trazem alegria e esperança.
Quando clamadas a uma criança.
Palavras magoam e ferem.
Quando julgam e desmerecem.
Palavras brincam com as letras, no rastro da sua razão.
Trocam suas sílabas para onde melhor se encaixa.
Assim como a mãe acomoda seu filhote ameaçado,
Pelo sofrimento de um desalentado.
Celina Campos
E lá vem aquela toada.
Ecoando nos meus ouvidos,
Um som puro no tom da vida.
Vida escolhida, porém, dividida.
Entre a missão de ser e o resgate de uma dívida.
A toada da vida,
Tão bonita, me faz relembrar.
Meus dias esquecidos, na dor dos vencidos.
Das glórias recebidas, na paz das conquistas.
Pela vida, pela toada infinita.
Celina Campos
Há alguns anos escrevi assim.
Desenhei assim ...
O que foi?
Minha casa, meu cachorro, minha cerca.
Eram meus sonhos.
Eles se foram ...
Vieram outros.
Perfeitos, aconchegantes, são lindos.
Minha vida, minha casa, meus filhos, minha companhia.
E vieram outros …
Celina Campos
Já entendi.
Embora um pouco tarde.
A sua razão de viver,
E a minha razão de ser.
Envolta numa manta enganosa.
De uma mulher forte e poderosa.
Onde não existem desvios, nem olhares.
Mas muitos pesares.
Lágrimas, tristezas e rancores.
Situações não resolvidas e a mim atribuídas.
Inocência de olhares disparados.
Que sei o significado.
A alma sempre crente num amor inexistente.
Que só o meu coração sente.
O meu eu apitou e me disse: não creias em amor distante.
Que muda a qualquer instante.
Basta um diamante.
Celina Campos
Como fortalece, a expectativa do lindo amanhã!
Esperança que domina a angústia. Amor que pede libertação. Fé no inesperado.
Que emoção à espera do amanhã!
A novidade batendo a porta. O coração busca a continuidade de suas batidas.
Os olhos procuram o sol.
A alma, crença na eternidade.
E finalmente, ao nascer do amanhã, vem a felicidade.
Escondida nas dores da espera do outro amanhã ...
Celina Campos
Campo florido de rosas e mais rosas.
Meu jardim encanta
Meu amor invade
Um espaço de esperança
Um abraço acalanta
Um beijo mata
A desesperança, a tristeza, a antipatia
Felicidade transforma pastos secos
E traz verdes visões
No lugar de tristes emoções.
Celina Campos
Como saber se você não me disse?
É triste essa estrada sem você
Porque não sei como fazer,
Se eu te amo
Você não me disse,
Como levar essa vida sem você.
Você não me disse.
Celina Campos
Super mulher que ama tanto, tanto, que chega a doer o peito.
Uma confusão de ternura e angústia para prover a felicidade da cria.
A Mãe é capaz de carregar o filho no ventre por nove meses e toda a sua existência no coração.
E só descansa ao assistir o triunfo do filho como ser humano do bem.
Aí que vem o alívio!
Celina Campos
E assim se foi...
E o amor permaneceu
Lindo, exuberante,
Mas o que fazer com esse amor
Encantado, poderoso
Palpita na pele e no peito
Forte, mas sem força
Para enfrentar a dor da ausência.
Celina Campos
Vai meu vento.
Sopra o seu canto.
Um canto de felicidade.
Ai que beldade!
Esse canto é feliz? Não desdiz.
Meu vento lindo, abençoado, vai para seu lado.
Sua direção me guia, me traz a essência.
Para uma vida feliz.
Que vento lindo!
Me levou ao encontro.
Na direção do destino feliz.
Celina Campos
O amor cuida para o renascimento de um ciclo.
Aproveita as estações que mudam,
E trazem o sol, a água, o alimento,
O bálsamo preciso para a nova vida.
A esperança presente no ar cheira o aroma sutil da juventude.
As forças estão revigoradas,
No rastro da vida que deseja deleitar-se.
Rumo a uma nova estação,
Quando nova via para o renascimento virá.
Celina Campos
O tempo é a solução de tudo.
Tudo passa, tudo se vai.
Quando percebemos, até a dor se foi.
Permanece a gratidão e a saudade.
Da coragem e esforço para suportar a espera do tempo.
Celina Campos
Que venham meus desejos
Minhas manhas, meus temores.
Que eu sinta a força de todo o universo nos meus braços.
Braços fortes e levados por toda a força do meu querer.
Que venha a paz e sabedoria
Para as verdades da minha caminhada.
Neste mundo lindo quero viver e
Desmanchar todo o meu amor pelos ares onde eu passar.
Que se revelem os ventos cheios de harmonia
E eu possa caminhar por essa estrada da vida
Na paz dos ventos e de sua alegria.
Celina Campos
A alma é única, o corpo é seu.
Tem suas crenças, seu cheiro, seus defeitos.
Poesia, conhecimento e energia.
Buscam perfeição,
A perfeição é exclusiva do Criador.
Então se esforce pelo amor.
O amor está nas mãos de cada um.
Faz dele o que lhe convém.
A decisão é sua e os frutos dela também.
O caminho está aberto, encontre-o do seu jeito.
Terá seus percalços, mas está em cada um a oportunidade de dominá-los.
A vida é concedida por Deus para ser vivida.
Você é um, é singular, viva!
Cada um é cada um.
Celina Campos
Vai além do que vejo
Do que espero, do que desejo.
Dói, corrompe meu coração, que aflição...
Mas ela virá trazendo o consolo
Meu coração em paz recebe toda a verdade.
Que pena de toda aquela ironia.
Ela se vai junto à mentira.
Celina Campos
Não… não é desilusão.
É determinação, é recomeço.
É um desvio não esperado.
Pelo coração apaixonado.
Paixão é sensível, amor é robusto.
Desilusão vá se embora.
Que a poesia resiste.
A canção rejuvenesce.
A esperança prossegue.
E assim, a ilusão regressa.
Rápido com muita pressa.
Celina Campos
Simples, humilde e branquinha.
Folia no terreiro.
Cantoria e correria.
Pássaros, galinhas e cachorros enchem o jardim.
Contentamento no ar, esperando o alvorecer
Angústia à espera do nascimento do sol.
E aí vem o dia, mais um dia.
Que felicidade!
Lá vem a senhorinha,
Com seu balaio com o alimento tão esperado.
Casinha afortunada, a comida não falta.
O carinho é farto e a solidariedade sobra.
Tudo tão simples!
O trabalho benfazejo leva o dia de forma sublime.
A espera do entardecer é paciente, tudo é calma, tudo é sabedoria.
Pois, aquela casinha branquinha é paz, por vir mais uma noite e um dia.
Celina Campos
O amor com caridade tem harmonia.
O amor conceitual é incoerente.
A prática do amor é virtude.
A empatia sincera é concordância com o sofrimento da alma.
A empatia hipócrita é discordância da dor de outrem.
O exercício da condolência é um dom.
As dificuldades nas provações são reais, carece de solidariedade.
O desespero existe, a omissão é confortável.
A miséria é notória, a cegueira conveniente.
O erro acontece, a remissão é rara.
Se o ódio predomina, as provações desta existência são inúteis.
Se o desânimo sobrepõe à fé, isso é descrença.
O pensamento sobe ao céu, as mãos descem ao inferno.
A existência tem nexo, as atitudes desconexas.
Mas quem…
Procura a sua paz na paz do seu próximo.
Busca o seu êxito sem prejuízo da lida do seu semelhante.
Luta por sua felicidade, vislumbrando também a felicidade do seu irmão.
Enfim, encontrou o nexo de sua essência.
É a lógica da vida.
Celina Campos
O lar é doce,
Como o pudim da mocinha.
Feito com ternura numa simples cozinha.
Ela adormecia num quarto acolhedor.
Com paredes forradas de papel com muita flor.
Os sonhos vinham alegrar a escuridão da noite.
E a mocinha feliz, agradecia pelo seu lar.
O dia surgia, o sol rompia as vidraças.
As flores da parede recuperam suas cores.
O lar as vezes é amargo,
Como o fel da maldade.
Angústias, tristezas, desentendimentos.
As flores da parede amanhecem murchas e sem cor.
Mas o doce amor é um pintor.
O lar por vezes é azedo,
Feito limonada sem açúcar.
Frustrações, amores perdidos.
Que o doce tempo vai remediar.
O lar de tempos em tempos é salgado,
Que nem a água do mar.
Escassez e ambição fazem pensar.
Que a doce esperança vai tratar.
O lar é doce, doce lar.
O doce sempre encontra um jeito de avisar a mocinha.
Que o seu lar vai adoçar.
Celina Campos
Aquele arco-íris de cor e de luz, me levou a lugares que jamais vi.
A sua luz me trouxe a alma.
A sua cor, minha calma.
E aquele arco de cor.
De leste a oeste.
Do Atlântico ao Continente.
São cores de vida que escondem uma dor.
Enobrece o campo e a flor.
Transforma o escuro da vida.
Na verdade, colorida e sofrida.
Celina Campos
Meu destino o Senhor me dirá.
A minha vida o Senhor fará.
Os meus atos o Senhor me guiará.
Quem aceitará essa vida tão confusa?
O meu destino como o Senhor me ditou.
A minha vida como o Senhor a fez.
Os meus atos como o Senhor me guiou.
Eu sim, aceitarei e caminharei.
Pela estrada que o Senhor me trilhou.
Celina Campos
Ele se foi, um dia se passou.
A forma mais linda do Criador.
Mas amanhã ele volta.
E renovará minha alma com brilho e cor.
E aí energia terei, campos buscarei.
Para enfrentar as dores que procurei.
Esse sol que se foi, tão alegremente iluminado,
É a fonte da certeza de que tudo fica no passado.
Celina Campos
Criança sapeca.
Engana a mãe, a avó e até a boneca.
Salta, brinca, faz de conta.
Seu planeta é gigante.
Sua alegria contagiante.
Corre, cria, rodopia.
Quanta energia!
E agora vem a dança debaixo da cachoeira.
Água pra cá, água pra lá.
Bagunça respinga pra todo lado.
A avó entra na dança.
E a mãe também não se cansa.
No passo dessa andança.
Sobe pedra, desce barranco
A criança sapeca vai construindo.
Felicidade para um mundo bem-vindo.
Onde só de brinquedo não se vive.
Mas com amor sobrevive.
Celina Campos
Quem disse que sou solitária?
Talvez não compreenda a grandiosidade do deserto.
A beleza é única, só, solitária.
Tem sua relevância, só precisa do sol.
Do solo e de sua própria cor.
Suas pétalas são esguias.
O seu ramo a sustenta.
E no meio daquela vastidão ela cresce.
A areia insiste na secura.
Mas ela persiste na vida.
O deserto é seu lugar, a solidão é seu prazer.
É o que a faz florescer.
Celina Campos
Coração ávido de amor encontra no paraíso da vida.
Lindas palavras e raras frases.
Farto saber e pouco querer.
Sol abundante e água escassa.
Muita conversa e pouca ação.
Esse pseudo paraíso revela boas intenções.
E traz paz aos corações.
Costura uma cortina de palha que se consome.
Diante do calor do coração apaixonado.
Crente no paraíso da vida.
Que como uma alma traída.
Deixa tudo queimar sem comoção.
Celina Campos
O que há com seu olhar?
Magnetismo fascinante na cor.
Me força abrir um sorriso tímido.
Guardado dentro de uma decepção.
Esse olhar me faz pensar.
Nas minhas flores vistas no horizonte.
Que um dia hei de encontrá-las.
E elas me dirão que a angústia vai passar.
Esse olhar me faz variar.
E vou divagar por caminhos que me farão encontrar a cura.
Daquele desencanto que me fez chorar.
Olhar afetuoso, enxuga minhas lágrimas.
Me ensina a caminhar sobre as pedras.
Quando é difícil carregá-las.
Esse olhar fulminante.
Me fez mais uma vez imaginar.
O amor é supremo.
A dignidade majestosa.
Olhar amoroso, todo poderoso.
Celina Campos
Saudades da estrada de chão,
Do mato, da cerca, do mata-burro.
Por acaso, não sou filha dessa terra.
Lá não nasci, mas minhas raízes são.
Está no sangue a paixão.
Pelo vale, pelo riacho.
O pequeno gado segue o vai e vem da porteira.
E não há quem não possa ouvir,
A melodia que só a roça tem.
Sob o sol ou sob a lua, uma música suave.
Vai soar nos ouvidos a quietude daquele lugar.
Hoje a orquestra é regida pelo maestro grilo, ontem foi o sapo.
Durante o alvorecer será o galo auxiliado pelo bem-te-vi.
Ao fundo as águas mantêm seu ritmo instável.
Por vezes serena, por outras intensa.
O retinir das árvores pelo vento atiçam as notas graves.
Acompanhada pelos morcegos, tenores no anoitecer.
Feito as ondas no mar, a orquestra na roça marcha pelos ares,
Levando a calmaria e o sossego a quem os quer escutar.
Celina Campos
Tropecei e não caí.
Tive medo e não fugi.
Vi a estrada e não parei.
Muito vento e não vacilei.
Tantas pedras e não machuquei.
Morros surgiram e não cansei.
Subi sem lamentar.
Chorei e ninguém viu.
O ar que só o Universo pode me dar,
Me fez entender que sou forte.
A minha crença no horizonte distante.
E que sei que lá chegarei.
O suspiro dilata no peito.
Repleto de amor e afeto.
Ansioso pela vitória,
De mais uma batalha pela vida.
Celina Campos
À luz do amor a vida canta
O mar se contorce em ondas cintilantes
O sol doutrina as sementes
A germinarem lindas e robustas
Florescem pomposas adornando o jardim.
À luz do amor a concepção acontece
Garante a continuidade da vida
Mais uma vida sublime
Que sob a regência Divina
Coopera para a boa sorte do Universo.
À luz do amor a fome não existe
A empatia persiste no amparo preciso
O abraço solidário erradica a tristeza
O sorriso sincero reanima a alma.
À luz do amor o coração bate forte
O sino badala intensamente
A chuva vem serena trazendo abundância
A felicidade se encanta
E leva para bem longe a desesperança.
Celina Campos
Que alegria!
Mais um dia vai caminhando.
Com fé, tudo vai melhorando.
Aquele friozinho na barriga é coisa boa que vem vindo.
Que júbilo!
Cantar, correr, passear.
Ajudar, amar, acreditar.
E o sol sacudindo as energias, fazendo explodir uma cantoria.
Até o dia findar.
E novamente o sol renascerá.
Outro dia.
Que alegria!
Celina Campos
Céu iluminado de vida colorida,
Reflete sobre o oceano uma luz turquesa.
Peixes, corais e pedras se misturam num turbilhão de cores.
Transforma o mar num exuberante cristal,
Irradiando energia à sua ambiência.
Várias aves atraídas por tanta beleza,
Encontram, enfim, a fonte de sua subsistência.
Mergulham e num ataque preciso,
Subtraem o tesouro de uma mãe.
E aquele cenário antes farto de cor e alegria,
Se torna um campo sombrio de agonia.
Tristeza certa que um dia encontraria.
Mas o regresso dos raios turquesa,
Traz a energia plena de esperança.
Tornando tudo novamente,
Um espetáculo de confiança.
Um amor eternizado no desconhecimento,
do infinito sentimento.
Ficou para trás a acolhida,
Da lágrima escorrida na lembrança.
Do dissabor do abandono sem causa.
Amor que incita os poemas.
Transcende os sentidos.
Rompe com a coerência.
Amor que faz doer a consciência.
Arrebata a sensatez e subjuga a dignidade.
Amor não reconhecido deixa ir embora,
A fantasia desacertada da alma.
Enseja o acesso ao coração amargurado,
De um novo amor bem-aventurado.
Primavera no jardim.
Flores renascem.
Decoram a alma.
De prazer e cheiro de jasmim.
A folha seca dá lugar à esperança,
Para o verde que era só lembrança.
Celina Campos
Não está em mim …
Sentir a brisa e não suspirar,
Ver a luz e não saudá-la,
Escutar o bem-te-vi e não assoviar,
Viver e não brindar.
Não está em mim …
Perceber o eco distante e não gritar,
Esperar a primavera chegar sem plantar,
Colher sem semear.
Não está em mim …
Ter saudade e não chorar,
Assistir a dor e não acalentar,
Testemunhar a discórdia e não apaziguar,
Cooperar para a injustiça dominar.
Não está em mim …
Ser omissa diante da fome,
Silenciosa no choro do abandono,
Calada na tolice desumana.
Está em mim …
A procura desenfreada da beleza humana.
A paz na existência Divina.
A vontade de fazer,
O que está em mim.
Celina Campos
Boa idéia,
A palavra carinhosa dita,
A raiva recolhida,
A face sorridente dizendo:
"Amor seja bem-vindo".
Boa idéia,
O dia nascer ensolarado,
E o amor ao lado,
Quente, sadio, com muito carinho,
Cantando suave,
Feito a ave no ninho.
Boa idéia,
O suspiro insistente,
Do coração doente,
Que não desiste da vida,
Da luta, do amor, do seu mundo.
Boa idéia,
O colorido do jardim,
O cheiro da terra fértil,
A comida na mesa,
E mais amor com certeza.
Boa idéia,
Procurar um caminho,
De pedras que possam rolar,
De curvas possíveis de afrontar,
E o destino alcançar.
Boa idéia,
O encontro do fim desejado,
A dor curada, as feridas fechadas.
O coração e a mente abertos para as boas vindas,
Às novas e boas ideias.
Celina Campos
Caminhando por essa linda vida.
Repleta de alegrias e tristezas.
Vou caminhando por estradas magníficas.
Mas por vezes tortuosas.
Tento consertá-las.
As vezes elas me deixam passar.
As vezes me impedem de seguir.
Mas vou, nada me impede de tentar.
O caminho me motiva.
O dia me traz a luz, a noite me inspira.
E eu conspiro a favor do destino.
Energia sublime que toma conta da minha alma.
Desconfiada com as incertezas que me esperam.
E caminho ...
E não paro.
Celina Campos
Soa um cântico,
Soa um assovio
de um passarinho.
Notas perfeitas,
De uma alma singela,
Canta a canção,
Daquela paixão,
Infinita paixão,
Que dói o coração.
O assovio chega aos ouvidos,
De quem ama sem intenção.
A canção vem reinando,
O coração enchendo,
De ternura e calor,
A pele a suar,
A natureza a desvairar.
Folhas seguem a direção,
Do sopro do vento,
Que traz um novo cântico,
Um assovio, e uma nova canção.
Celina Campos
Cansada da luta,
Presente na guerra.
Sem consolo, em frente sigo.
Há de vir um novo começo.
A luz vem da alma,
Mesmo escura e triste.
Sou forte e sustento a força,
Daquele que não quer se manter na lida,
De uma vida sofrida, sem esperança, sem paz, sem vida.
Celina Campos
E o que acontece ...
É isso mesmo.
Sem dúvida, sem choro.
Ele fez assim.
E assim será.
Mas a minha tristeza,
para enfrentar tudo isso
Ninguém verá
Talvez Ele ou aquele
Mas a dor é minha
E eu saberei
O que é sofrimento e o que é a dor de contê-lo
Mas ele, esse sofrimento, irá
Para bem longe e não mais voltar.
Quando perdi meu pai
O que farei com a dor?
Ela me corta e me faz chorar.
O que é isso?
Não é nada. É a perda, a tristeza, o vazio, o que fazer?
Sei, amar aqueles que ficaram
E assim será, aqueles que ficaram!
Quando perdi minha mãe
Ir à praia sozinha às vezes é muito bom e ao contrário do que muitos pensam, nos proporciona situações e espetáculos que causam inveja a muitos cineastas.
Procurei um local bem vazio na praia, pois estava sozinha e tinha a intenção de continuar a leitura de um livro, enquanto degustava minha cerveja obrigatória.
Encontrei o local esperado, silêncio total, somente o som maravilhoso do mar.
Me ajeitei, apreciei a vista de tirar o fôlego, daquele mar azul turquesa, água clara e um céu que se confundia totalmente com o mar.
Fiquei ali alguns minutos em êxtase e em seguida peguei meu livro e comecei minha sessão de leitura. Era um ou outro vendedor ambulante que incomodava, entretanto, compreendo, pois estão ganhando o pão de cada dia. Pombas também não podiam faltar, essas são presença certa.
Intercalava meu olhar sobre o livro com a visão da praia e num desses momentos, me chamou a atenção um grupo bem volumoso de pessoas. Eram adultos, jovens e crianças.
Uma família, que com certeza e muita dificuldade havia chegado naquele dia à praia, na tão esperada viagem de férias.
Família toda unida, avô, avó, pai, mãe, filhos e filhas, cunhados e cunhadas, tios e tias, e muitas crianças, essas sim, eram muitas. A felicidade estampada no semblante de todos.
Admirável.
Brincavam, gritavam, sorriam, tomavam “caldo” nas ondas, se levantavam e continuavam naquele redemoinho de alegria.
Muita simplicidade e farta gratidão naquelas pessoas, que a todo momento agradecem a dádiva de estarem na praia.
Algumas horas depois, enfim, saíram da água. Alguns tremendo de frio, dedos murchos, braços encolhidos.
E vem a família inteira para debaixo de um único guarda sol. Ainda bem que muitos precisavam esquentar, evitar uma gripe e por isso ficaram debaixo do sol.
Eu não conseguia me concentrar em mais nada, eram vozes diversas, gritando ao mesmo tempo, pedindo frango, água e picolé.
Que gritaria!
Mas eles se entendiam.
E a avó e a mãe resolviam todos os problemas: comida, bebida, toalha, choro de criança, bola para os adolescentes, cerveja para os animados.
E com o passar das horas, idas e vindas no mar, caldos e brincadeiras nas ondas, frio e calor, choro e alegria, os ânimos se elevaram e alguém teve a ideia da caixa de som. Veio uma leve aflição na minha calma.
Se foi música boa, não posso opinar, porque fugia aos meus padrões musicais.
Mas aí, estranhamente, me diverti muito ao vê-los.
Cheguei quase a me oferecer para compor a turma.
Dançaram e aproveitaram muito aquele dia.
Quanta felicidade!
Não é surpresa que guardei meu livro e fui assistir e aproveitar toda a felicidade dessa família unida e agradecida pelo dia na praia.
Tudo tão simples! Mas o valor da conquista desse dia é imensurável para eles.
Gratidão!
Celina Campos
Trata-se de O PRATO. Com letras maiúsculas, que representam a magnitude dessa peça para a minha alma, para a minha vida e minha evolução como ser humano e espiritual.
É um prato branco, decorado com dois círculos, um na borda e outro no meio, de ramos e flores azuis. Guardo-o com muito carinho, velhinho, já com as beiradas lascadas. Era da minha mãe, lembro-me bem quando ela o comprou há pelo menos 40 anos. Está comigo há uns 23, desde um dia de mais uma manifestação de carinho e zelo de minha mãezinha comigo, com os netos e toda a família. Aliás, esta existência dela aqui na Terra foi exclusivamente para ajudar. Empatia nela era mato. Nunca se preocupou com ela mesma.
Eis que numa das idas e vindas de Brasília a Belo Horizonte, quando ficávamos semanas juntos, esse PRATO evidenciou todo o amor de uma mãe, avó, protetora, que era a D. Neide.
No dia de retornarmos à Brasília, cuja tristeza e saudade já doía mesmo antes da partida, acordo cedo e lá está ela, na cozinha, preparando um arroz, purê de batatas e peito de frango empanado, comida preferida dos meninos, crianças à época. Essa comida era para eles almoçarem durante a longa viagem de 730 Km e eu e meu marido pegarmos a rebarba. Mas obviamente o público alvo da comida eram os netos.
Paramos num posto de gasolina, lá pelos lados de João Pinheiro, para comer. Abri a sacola impecável que ela preparou e junto às marmitinhas, estava O PRATO. Parece simples, mas as lágrimas escorreram com força. Não bastasse o carinho contido naquela comida, ela quis dar o conforto e o prazer de comermos num prato, NO PRATO.
Celina Campos
Outro dia vi em uma loja de utensílios domésticos, tipo $ 1,99, um daqueles pequenos quadros clichês, com a figura da Monalisa, com as mãos no queixo e uma taça de vinho à sua frente. Apesar de sua procedência, comprei-o imediatamente, para compor meus quadrinhos na minha casa. Não me contive. Afinal, pensei na hora que jamais nesta vida teria um quadro da Monalisa, nem mesmo uma réplica confiável. Tomando vinho então, nem pensar.
Como todo o planeta Terra entende, não é possível decifrar o que dizem os olhos dessa mulher misteriosa, mas nos olhos da Monalisa tomando vinho, do meu quadro, pude enxergar muitas coisas. Serenidade, suntuosidade, nada de feminismos exagerados, mas muita convicção quanto às suas aspirações e o caminho para alcançá-los.
Como uma boa italiana, suponho, apreciadora de vinhos, o cotovelo espontaneamente posto sobre a mesa, a Monalisa do meu quadro manifesta a sua total tranquilidade com relação às suas escolhas e sua postura.
Não precisei ir ao Museu do Louvre para ver pessoalmente a Monalisa de Leonardo da Vinci, mas pude ver nos olhos da Monalisa beberrona de vinho uma enorme vontade de permanecer na paz e na serenidade da liberdade.
Aprendi muito com a Monalisa apreciadora de vinhos.
Celina Campos
“Se alguém te ofende, o problema é dele. O ofensor é sempre o mais infeliz. Conscientiza-te disso e segue tranquilo.” (Joanna de Ângelis).
Trata-se de uma frase de Joanna de Ângelis, famosa mentora que, por intermédio do médium brasileiro Divaldo Franco, trouxe lindas obras, focadas no autoconhecimento e no descobrimento do ser.
Tento sempre agarrar-me a essa frase, para entender e tolerar o intolerável. Acho que necessitarei de inúmeras reencarnações de expiação, para atingir o nível de sensatez e evolução presente nesse ensinamento. Mas tento! Incansavelmente, desde criança. Todos os dias experimento alguma situação, seja na vida pessoal, na comunidade, no supermercado, na internet ou em qualquer ambiente em que haja interação com outro ser humano. Felizmente, já me livrei desses perrengues na vida profissional.
Vimos recentemente um fato triste, irracional, detestável, intolerável, injustificável de uma torcida de futebol espanhola praticar ato de racismo abominável contra um jogador brasileiro que atua por lá. Por sinal um excelente jogador, que admiro muito. E não foi a primeira vez, foram inúmeras manifestações ofensivas em outros jogos, com outros adversários e em outros estádios na Espanha.
Obviamente, o jogador ofendido reagiu, se defendendo da humilhação, embora a humilhação estivesse na conta dos ofensores. Pois retrata exatamente o que diz a frase citada de Joanna de Ângelis. São pessoas desguarnecidas de propósitos nesta vida, infelizes e amarguradas, que só assistem de uma arquibancada numa posição bem baixa, a felicidade, a competência e a realização das outras pessoas.
Soube por meio da mídia, que o jogador insultado pensou em deixar a Espanha, em razão desses recorrentes atos de injúria. Não deve jamais tomar essa atitude, tendo como motivo maior, a ofensa sofrida.
Se pudesse, eu diria a ele: “se alguém te ofende, o problema é dele. O ofensor é sempre o mais infeliz. Conscientiza-te disso e segue tranquilo”.
Celina Campos
Através daquela janela eu te vi.
Nasceu entre nuvens, sob um sol brando numa tarde de outono.
Em contrapartida o calor era forte.
No ar, um aroma do pomar.
Era cheiro da laranjeira, da mexeriqueira, do limoeiro e da ora-pro-nóbis.
O vento entrelaçava as folhas num redemoinho de terra.
Os pássaros se viam perdidos à procura de seus ninhos.
Um tumulto chegou a acontecer.
Flores, folhas, pássaros, poeira.
Era uma coisa só, todos correndo atrás da salvação.
Do seu espaço e de uma proteção.
As primeiras gotas vieram e sem pestanejar, cada um encontrou seu aconchego.
De um jeito ou d’outro, que alívio!
A paz voltou àquela janela.
Agora era o tilintar da chuva que fazia sua festa.
Todos quietos, olhos arregalados a observar.
O movimento da chuva sobre a terra sem parar.
Imitava as lavras de um vulcão a pipocar.
E o bálsamo envolvente de terra molhada?
Nenhum perfume é capaz de reproduzir o cheiro emanado pela terra molhada.
E da janela, o sol ressurgiu.
Seu reflexo atravessava os pingos que restavam.
Aqueles pássaros antes escondidos,
Apareceram aos gritos.
Celebrando àquela chuva já sem esperança,
Daquela terra continuar a molhar.
Celina Campos
Acordei hoje de um sonho. Um sonho pouco comum na minha fase adulta.
Estava numa praça toda azul. Bancos, luminárias, luzes, tudo azul. Era noite. Até o ar poderia ser visto num tom azul.
Procurava por alguém, não sei quem. Me sentia feliz. Não havia mal, nem fantasmas, nem perseguidores. Era eu quem perseguia alguém, não sei quem.
E as luzes azuis, sobre postes azuis, iluminavam o caminho, numa direção que eu não sabia o que encontraria, se era o que eu queria.
As ruas da praça eram largas, espaço exuberante, vazio, desconhecido.
E eu entrava em cada rua sem receio, as luzes azuis me transmitiam confiança e atiçavam as minhas ilusões.
Fui e voltei várias vezes ao centro da praça e nada encontrava.
Eis que uma luz brilhou intensamente. Especial, esplendorosamente azul.
Sentei-me num banco sob essa luz e aí pude enxergar um vulto, sua face não pude ver. Me abraçou, silencioso, porém, me fez sentir que o que procurava era a paz, o silêncio e a expectativa na fé que alimenta a minha existência.
Ao acordar percebi que sob luzes azuis e a crença num caminho vasto, fui de encontro ao meu destino tão buscado naquela praça azul.
Celina Campos
A respeito de cigarro não poderia ser coisa boa. Mas sabe aquela história que os fins justificam os meios? Pois é! Foi o que me salvou, no mínimo, de um eczema pulmonar.
Fui fumante desde a época da passagem da adolescência para a maioridade, início dos anos 80. Era chique e quase obrigatório fumar naquele tempo. Fumávamos dentro do ônibus, avião, hospital, cinema, menos dentro de casa. Era o fim do mundo e do nosso sossego ser um fumante descoberto pelos pais.
Tomava banho de suco de mexerica antes de chegar em casa, para que a esperta da minha mãe não sentisse aquele odor horrível da fumaça de cigarro. Ineficaz. Bastava ver a curva das sobrancelhas dela.
E assim se passaram os anos, banhos e banhos de suco de mexerica, chuveiro ligado com pouca água, pois o vapor eliminava o odor da fumaça, acredita?! E vários outros métodos para esconder aquilo que estava nos matando.
Alguns anos depois, casei-me, vieram os filhos, parei de fumar umas dez vezes, jurei outras vinte vezes. Mas uma coisa eu respeitava, não fumava com as crianças dentro do carro. Aí que veio o fim da minha carreira de fumante.
Durante as nossas viagens de carro rezava para que as crianças tivessem aquela necessidade fisiológica de evacuar, fazer o número dois mesmo. Era o tempo ideal para fumar um cigarro. Só urinar não dava tempo. Acho que meu filho caçula percebeu isso, aos cinco anos de idade, e resolveu dar a contribuição dele para eu parar de fumar.
Numa dessas viagens, depois de uns 200 km corridos sem parar, e sem fumar, ele, meu filho caçula, para a minha alegria, manifesta sua vontade de evacuar. Meus olhos e meu vício brilharam.
Paramos na primeira entrada que surgiu de alguma fazenda, levei-o atrás de um arbusto, ajudei-o a descer a calça e cueca e logo acendi um cigarro. Para minha surpresa ele se levantou e me pediu o maço de cigarros, alegando que era para ler enquanto fazia sua obra.
E aí veio o meu assombro final: ele simplesmente, com muita calma, colocou o meu maço de cigarros no chão, sob suas nádegas e fez o seu show sobre os meus últimos cigarros. Eu, desesperada, o questionei sobre tal atitude e ele prontamente me disse: _"é para você parar de fumar”.
E como praga de mãe ao inverso, eu parei de fumar. Não consegui comprar cigarros nas demais paradas e ao chegar ao nosso destino, já madrugada, não encontrei nada aberto. O dia seguinte veio, muitas atribuições e estranhamente continuei sem os cigarros.
Hoje, após mais de duas décadas, não fumei mais, não passei por abstinência. Enfim, dei adeus ao cigarro, graças ao número dois de meu filho.
Celina Campos
Era uma casa de pau a pique, no meio do nada. O piso era terra batida. Poeira fazia parte da composição química do ar.
Na cozinha, um fogão a lenha e uma mesinha de madeira bruta. As panelas eram improvisadas. Havia uma única de ferro para ir ao fogo e o restante era preparado em cabaças. Um prato velho esmaltado, todo descascado, servia a família inteira.
Banheiro não existia. Era no mato mesmo. Os banhos eram de caneco num canto do terreiro tampado com uma cortina de plástico. No verão era festa, no inverno filme de terror. O famoso “banho de gato” surgiu nessa casa no inverno.
A casa tinha uma cozinha, uma pequena sala, dois quartos. Um para o casal e os filhos menores e o outro para os filhos maiores. Estrados com colchões de capim serviam para, no mínimo, dois dormirem em cada um deles.
A família que ali vivia era formada pelo casal e oito filhos. Entre a filha mais velha de dezesseis anos e o mais novo de nove meses, existiam dois filhos e quatro filhas. Parou no oitavo, em razão do início da saga de uma mulher.
Embora contasse com a ajuda dos filhos maiores e da mulher que labutava dia e noite para cuidar da casa, dos filhos e marido, o chefe da família, homem simples, humilde, bondoso, trabalhador da roça, era o único que provia monetariamente a subsistência da família.
Esse homem veio a falecer repentinamente, aos 42 anos, vítima de doença de Chagas, associada a asma. Não é difícil de imaginar como contraiu essas doenças, morando numa casa de pau a pique, lugar preferido dos barbeiros, além da poeira que agrava o estado de qualquer asmático.
Após esse trágico acontecimento, absolutamente inesperado, a senhora, com 40 anos à época, tornou-se a chefe da casa. Jamais se viu tanta força numa mulher, viúva, com oito filhos, numa casinha de pau a pique no meio do nada. Não houve tempo para desespero, tristeza, lágrimas. Urgia correr pela sobrevivência.
Vieram tempos árduos que ela não compreendia. Porque tudo aquilo? Sofrimento, choro, humilhação.
Todo trabalho no meio desse “nada”, de onde o falecido tirava o sustento da família, vinha de fazendas de homens ambiciosos, ignorantes em todos os sentidos. Só não era um regime de escravidão, pois os empregados dormiam em suas próprias e pobres casas.
A única panela de ferro da casinha de pau a pique era agora, mais que suficiente para o que tinha: abóbora, mandioca e farinha. Por vezes, faltou mandioca e abóbora. Aí era só farinha. Desnecessária a panela de ferro.
Mas a fortaleza daquela mulher não ruía. Tinha que suportar, tinha que vencer. Não existia a opção de desistir dela e dos filhos. Dignidade era uma riqueza presente em suas ações e decisões.
A honradez dela foi testada em duas circunstâncias, quando foi pedida em casamento. Além da incredulidade na índole de seus pretendentes, ela dizia firme e segura: ”enquanto eu tiver uma filha solteira comigo, eu não me caso novamente e nem trago homem para dentro de casa”. Talvez um novo casamento fosse sua salvação, mas ela não considerou essa alternativa, até o casamento da última filha.
E a vida continuou para essa mãe e filhos, na casinha de pau a pique, com perseverança e fé que viriam bons ventos. Passaram por várias tempestades desoladoras, fome, desânimo, vexações e desfeitas, porém, a fé da atual chefe daquela família era inabalável.
Após alguns anos, a miséria ainda na sua porta e a ausência de um horizonte mais suportável, ela recebeu e aceitou a proposta de uma parente de se mudar com seus filhos para um barracão, numa cidade há umas centenas de quilômetros dali.
E assim o fez, carregaram as pequenas trouxas e partiram, deixando aquela casinha para trás.
Ela trabalhou de lavadeira, as filhas maiores conseguiram empregos domésticos e viveram no barracão emprestado por alguns anos. Esse era de tijolo, tinha piso de cimento e banheiro. Quanta bênção, tudo estava melhorando!
Passou o tempo, a pobreza ainda prevalecia. Por outro lado, a valentia era incessante. E ela continuava a sua sina, sempre tentando abrir os caminhos dos filhos. Era severa, ignorante intelectual, analfabeta. O que faltava no aspecto intelectual, sobrava na alteza de espírito.
Foi casando as filhas, uma a uma. Por fim, veio o casamento da última filha. E aí, essa senhora, na casa dos seus 50 anos, sim, se casou novamente. Matrimônio duplo. No mesmo dia, hora e local, junto à última filha a se casar.
E ela não parou! Continuou, trabalhou, prosperou com o novo marido.
E nessa nova fase da sua vida não quis luxo, nem casa na cidade grande. Foram novas panelas, novos pratos, novas xícaras e uma casa com banheiro. Além, evidentemente, de amparar e manter unida toda a sua prole.
E a sua labuta continuou ...
Celina Campos
Meu pai dizia ternamente assim: "vocês tem casa, tem para onde ir, tem para onde correr" .
Eu desconheço fala mais confortante, que transmite uma segurança semelhante. Faz renascer a vontade de sentar naquele colo aconchegante do pai, da mãe, do irmão, da irmã. Sentir as lambidas carinhosas do cãozinho da casa. Faz sentir confiança no que está por vir e que nada poderá dar errado ou fazer algum mal.
Quando essa frase vem à mente, a sensação é de que tudo que saiu errado, pode com certeza ser consertado, afinal, existe a prerrogativa de voltar para casa.
É motivação para correr atrás dos objetivos durante a vida, sem medo do fim. Pois o fim pode ser a volta para casa e representar o recomeço.
O direito de errar é certo, por outro lado, também é certa a obrigação de reparar, de redimir, de aprender, de refazer. E todas as oportunidades para uma nova chance podem estar no lar, para onde é sempre bom voltar.
E aí um dia, após ter que de fato ratificar o seu discurso, ele acrescentou “... Tem para onde ir, mas …”.
Esse “mas …" definiu exigências absolutamente necessárias ao sucesso e responsabilidade de suas crianças. Não podia ser tão fácil, só voltar e pronto! O que agregaria tal simplicidade na vida deles? Pois fora do lar, as coisas seriam bem mais difíceis, o aprendizado é bem mais custoso. Então volta; volta, assimila as regras e começa de novo.
E se for frustrante de novo? Volta pra casa e recomeça.
Celina Campos
Acho que toda cerimônia e festa de casamento tem que ter algum contratempo. Já faz parte da instituição. Pois, na maioria daqueles dos quais participei, inclusive como noiva, me deparei com algum probleminha.
Já deveria fazer parte do planejamento de todo o evento, os possíveis perrengues: é chuva e inundação na cidade bem na hora da cerimônia; é falta de energia elétrica; é vestido da noiva que apareceu com alguma sujeira ou dano; é a mãe da noiva que desmaia no altar; é a pequena dama de honra e seu companheiro pajem, que se recusam a entrar na igreja com as alianças; é o fotógrafo que cai…
E tem aqueles reveses mais complicados e polêmicos, difíceis de lidar, como um dos noivos que não aparece; um dos noivos que dizem “não” diante do padre; pessoas indesejadas presentes à cerimônia. Fazer o quê?
Enfim, a cada cerimônia de casamento, uma surpresa.
Isso sem falar da festa. Essa sim, é um palco de fatos inesperados, que podem ser bem quistos ou não.
Há alguns anos, uma cerimônia em especial me chamou a atenção, pois o perrengue dessa vez foi algo bem incomum. O casamento foi fora da igreja, numa dessas casas de eventos, onde seria a cerimônia e a festa. A hora marcada no convite era às vinte horas.
Os convidados todos já presentes; o noivo, os pais dos noivos e padrinhos a postos, muitas flores e uma linda música instrumental vinda de um saxofone. A noiva chega suntuosa, acompanhada de seu pai.
E aí perceberam que faltava alguém bem relevante para a realização da cerimônia: O Padre.
Onde estava o Padre? Alguém viu se chegou? Nem seu ajudante, o coroinha, foi visto.
_“Cadê o Padre?” . Era a única pergunta que todos faziam.
Um temor foi tomando conta da noiva, suas bochechas ficaram ainda mais rosadas, além da maquiagem, os olhos marejaram. O noivo já nervoso com a situação. A mãe da noiva tenta acalmá-la. E aquele zum… zum…zum… no meio dos convidados. Já tinham visto de tudo, mas o padre faltar?
Após mais de uma hora nessa angústia, o pai da noiva resolveu se manifestar:
_ Se o Padre não veio, eu mesmo dou a benção ao casamento de minha filha. Vai valer do mesmo jeito!
Mas a noiva pediu que aguardasse mais um pouco, pode ter acontecido alguma coisa. Queria muito que fosse abençoada por um Padre.
A angústia estendeu-se, muito calor naquela noite, a sede e fome incomodando a todos. E os noivos firmes em frente ao altar aguardando o padre atrasado.
E aí o pai da noiva novamente se manifestou, pois dizia estar cansado de esperar e os convidados mais ainda:
_ Garçom, solta uma cerveja e salgados para todos. Vamos esperar sem sede e sem fome.
E aí começou a festa, precedendo a cerimônia. Todos bebendo, comendo, conversando e tentando consolar a noiva.
Após algum tempo nessa resenha, alguns já alterados, eis que surgem na porta do salão, três figuras com as vestimentas eclesiásticas. Foi um rebuliço, os tios da noiva queriam colocá-los para fora, jogá-los na lagoa em frente a casa. Alguém da plateia mais ponderado pediu que todos acalmassem e aos religiosos que se explicassem, não que fosse justificar o atraso, mas para entenderem o ocorrido.
O Padre bem nervoso, com a testa pingando suor e o olhar temeroso, se explicou dizendo que se perderam na região; que deram tantas voltas em torno da lagoa procurando o local, até a gasolina acabar e blá, blá, blá …
E a noiva, já com os olhos inchados de tantas lágrimas, prontamente disse:
_ Vamos esquecer esse pequeno imprevisto. Realiza essa cerimônia logo para continuarmos nossa festa e eu sair daqui casada.
Com os olhares ariscos, o padre e seus coroinhas realizaram o casamento, sob olhares fulminantes do pai e tios da noiva. E a festa continuou.
Mais um casamento tumultuado, mas qual não é?
Celina Campos
Parei num semáforo em uma avenida bastante movimentada da minha cidade. Um fato comum, o qual já fiz centenas (ou milhares) de vezes nessa minha vida. Aleatoriamente e sem motivo algum, fiquei reparando as pessoas que atravessavam a faixa de pedestres à minha frente, tentando imaginar o que cada uma delas pensava naquele momento, além da atenção instintiva no tráfego de veículos.
Acredito que fiquei ali imersa nesses pensamentos durante uns 90 segundos, tempo em que o semáforo permaneceu vermelho, mas pela quantidade de conclusões que deduzi, representaram anos de vida, de passagens, de dores, de alegrias, de infortúnios, de sucesso.
Embora o semáforo estivesse verde para pedestres, um casal de idosos atravessou aflito, naquela corridinha lenta que a idade permite. Tomados de insegurança e descrentes de que algum maluco não passaria por cima deles. A vida já lhes ensinou e mostrou muita coisa. Quantas histórias já viveram e travessias já fizeram! Alegrias, filhos, nem sempre mesa farta, perdas, formatura do filho, a festa de um aninho da primeira netinha. Quando chegaram ao outro lado da avenida, ela soltou uma gargalhada, rindo de si mesma, feliz por terem alcançado o objetivo ilesos.
No sentido contrário, um casal jovem vem achando que estavam atravessando os jardins do paraíso. Nem se davam conta de que estavam em meio a tantos carros, pessoas, buzinas e sirenes. Quanta calma! Afinal são jovens e tem muito tempo para atravessar aquela avenida. O bate-papo estava animado, uma história bem empolgante fazia a moça saltitar. O futuro estava todo à frente deles. Sabiam que uma hora o semáforo fecharia para eles, e aí correriam na hora certa.
Já no meio da faixa, avisto uma mãe e sua filha pequena que comia um pastel de feira. Pelo semblante da menina estava muito saboroso, ela nem se importava com a avenida perigosa que estava atravessando. Queria curtir o seu pastel, cada pedaço, sem pressa. A mãe a puxava por uma mão e a outra era exclusiva do pastel. A sua preocupação era só com a guloseima, as responsabilidades eram por conta da mãe. Aquela criança esbanjava confiança naquela protetora. Segura por ter alguém que a puxava.
Aí atravessou o ator principal daquele teatro sob o semáforo vermelho. Um senhor com os seus sessenta e tantos anos, cabelos e barba grisalhos, chamou a atenção da avenida inteira, não só a minha. Não aparentava ser morador em situação de rua, estava limpo, roupas limpas. Tinha uma fisionomia serena, de quem não se importa com aquele palco que ele estava atravessando.
As roupas que usava é que chamaram a atenção. Hilária e bem diferente dos nossos padrões. Uma roupa feminina, similar do século XVIII. Vestido com a saia rodada, armada e cheia de camadas, rendas, flores, que ia até sua panturrilha. Usava uma meia bem diferente, grossa e chinelos. Um xale sobre os ombros.
Ninguém entendeu, pois não era carnaval, nem festa junina, mas quem tinha que entender? Ele não se importava. Atravessou a avenida calmamente, com um andar desengonçado, e continuou seu caminho do outro lado.
Enfim, o semáforo abriu, eu ainda distraída a pensar sobre aquelas pessoas, fui alertada com uma buzinada do motorista apressado do carro que vinha atrás de mim. Ele me ultrapassou e gritou: “Desce daí!”
Celina Campos
Durante uma viagem numa rodovia federal com movimento bem intenso de veículos de todo tipo, nos deparamos com uma paralisação total no tráfego. Já era noite, havia chovido bastante e estávamos a mais de oito horas na estrada, bastante cansados.
Eram ônibus, caminhões, carros de passeio, motocicletas para todo lado. À frente era impossível visualizar onde iniciava o congestionamento. Só se via uma infinidade de faróis ligados, pessoas que desciam dos veículos para tentar descobrir o que ocorria. Ao redor escuridão absoluta. A agonia vai tomando conta, em razão do desconhecimento do motivo da paralisação e da falta de informação. A internet não funciona; rádio, muito mal.
Depois de mais de uma hora parados, um passageiro de um carro vizinho conseguiu um contato com parente pelo celular e ficou sabendo que se tratava de um acidente grave, entre três carretas e um veículo de passeio. Havia ocorrido há mais de duas horas, interditou ambas as pistas e não havia nenhuma chance de liberação nas próximas duas horas.
Fiquei pensando nas pessoas envolvidas nesse acidente, suas famílias. O tormento que passaram e ainda passarão. Nós, os presos no trânsito, estávamos salvos, íntegros. E mesmo assim reclamando, impacientes e julgando os possíveis causadores daquele transtorno.
Uns diziam que a culpa é do Governo que não mantém a estrada em boas condições; outros diziam que a culpa é dos caminhoneiros por serem todos irresponsáveis; sobrava ainda para os motoristas dos veículos pequenos, que sempre tem muita pressa e não obedecem às regras; houve quem dissesse que era “mulher ao volante”; alguns arriscaram dizer que foi o São Pedro o culpado, por ter mandado muita chuva.
Enfim, são várias as teorias que sempre generalizam uma classe inteira como possíveis culpados da ocorrência do acidente: o Governo, os caminhoneiros, as mulheres, São Pedro, e por aí vai. É bem mais fácil focar a responsabilidade no geral, emitir opiniões vazias e julgar sem embasamento. Dá menos trabalho do que avaliar e conhecer as verdadeiras causas do acidente. E o mais difícil é olhar para o próprio umbigo e refletir se no dia a dia de cada um dos “julgadores”, suas atitudes poderiam causar um evento de má sorte.
Próximo ao local onde estávamos parados havia uma alça de retorno e aí vários veículos foram retornando na contramão até alcançar a outra pista no sentido contrário. E contrariando as regras de mão e contramão, resolvemos fazer o mesmo. Voltamos e encontramos um local para passar a noite e continuamos no dia seguinte.
Tomamos conhecimento mais tarde que o tráfego foi liberado mais de cinco horas depois. Valeu ter desrespeitado a contramão? De quem seria a culpa se houvesse um acidente?
Celina Campos
Era noite ...
_ Benção mãe!
_ Benção pai!
_ Benção vó!
_ Benção vô!
_ Benção tia!
_ "Deus te abençoe!", respondiam todos.
A noite e o sono vinham tranquilos. Proteção garantida para o corpo e a alma.
As bênçãos purificam a áurea, abrem caminhos, afastam o medo. Medo da chuva, do escuro, do relâmpago. Até o medo de trovão perde para a bênção.
Palavra santa: "Benção".
É mágica a bênção. De repente surge a certeza das boas novas, afinal, fui abençoada.
Chega a manhã e vem uma nova bênção que me livrará do mal e do infortúnio:
_"Vá com Deus e que Ele te abençoe".
Pronto! O dia será perfeito.
A energia vinda da bênção tem força inimaginável. Na hora da prova, da entrevista de emprego, de atravessar a avenida, basta lembrar das bênçãos recebidas. Infalíveis os bons resultados.
Chega novamente uma noite abençoada e corro para um bom sono:
_ Benção mãe!
_ Benção pai!
_ Benção vó!
_ Benção vô!
_ Benção tia!
Celina Campos
Resolvi criar esse perfil para compartilhar meus escritos há muitos anos guardados.
Não tenho nenhuma formação em Letras, tudo é de forma empírica; melhor, de coração.
Gostava de escrever desde criança, mas por motivos que não vem ao caso, nunca revelei essa minha prática. Somente após alguns anos, enquanto estava "na ativa", me interessava por realizar trabalhos, conteúdos de treinamentos, apostilas e afins.
E agora, aposentada e na melhor idade, está sendo gratificante destrancar essa porta.
Celina Campos
Celina Campos
Mãe é majestosa, poderosa, amorosa, carinhosa, afetuosa, vigorosa, rigorosa, ... e mais uma interminável lista de adjetivos.
Ame, respeite, considere, cuide, compreenda, guarde e reze por sua mãe.
Celina Campos
Mãe é sofrimento e dor, mas muito mais alegria e amor.
"A participação do homem é ínfima na maternidade. A participação da mulher é tocada de alegria e de dor, tormento e de sofrimento, de prazer e de responsabilidade, desde que o filho nasce, até o último dia da mulher na Terra. E sabe lá Deus se, depois desta vida, quantas lutas sofrem as mães em auxílio aos filhos que deixaram nesse mundo." (Chico Xavier)
Celina Campos
Que dia lindo está chegando!
Glorioso, iluminado, radiante.
Chegam boas novas, esperança e diz:
"Corra atrás daquilo que lhe faz feliz".
Celina Campos
Olha que dia lindo nasceu na sua janela!
Você é uma maravilha do Universo.
Olhe para cima e agradeça a Deus.
Que bom que aqui estamos!
Rumo à luta, pois sem trabalho não há dignidade.
Feliz dia! Feliz vida!
Celina Campos
Semeie, plante, cultive o amor, a paz, a caridade, a empatia, a paciência, a tolerância, a resignação.
A colheita será magnânima.
A felicidade virá, não duvide.
Deus proverá!
Excelente semana!
Celina Campos
Entramos na última semana de junho.
Permanece o bom consolo e o velho conselho:
calma, paz, paciência, pois tudo passará!
Passaram as tristezas, as alegrias.
Curaram-se as doenças, acabou a folia.
Foram-se alguns, chegaram outros.
O choro secou e o sorriso apagou.
Pedidos suplicados, graças alcançadas.
E nesse encerramento de mais um Junho,
O amor, a fé, a esperança, não passarão.
Por serem o bálsamo de toda existência.
Excelente semana!
Celina Campos
Semana nova, mês novo.
Julho ... já?
Quase Natal, é um suspiro e pronto!
Sapatinhos na janela.
Mas águas ainda rolarão sob a ponte, então há tempo de fazer muita coisa boa.
Agregar amor, ser feliz, fazer alguém feliz, ser a paz ...
Doar, agradecer, solidarizar.
Excelente semana e um julho abençoado.
Celina Campos
Hoje foi um dia bom, afinal ainda estou por aqui.
E digo com toda firmeza, muito feliz pelo que fiz.
Nem um pouco triste pelo que não fiz.
Terei tempo e saúde para realizar, caso ainda queira ou precise.
Hoje me lembrei de arrumar o armário. Juntei coisas que não me servem mais, porém, trarão conforto a muita gente.
Hoje esqueci de molhar as plantas. Aliás, fingi que esqueci, pois estava muito frio e a preguiça venceu. Amanhã eu as regarei.
Hoje veio uma vontade imensa de comer uma comida bem gostosa, num belo restaurante. A vontade foi embora quando lembrei que o orçamento está apertado e que minha geladeira está cheia. Eu própria preparei a comida, melhor que de qualquer restaurante. Bom, pelo menos para mim e minha família!
Hoje li muitas notícias boas e ignorei as ruins, principalmente as más. Do que adiantaria lê-las, senão para me aborrecer por não poder mudar a motivação da notícia.
Hoje queria muito estar numa praia, caminhando, sentindo aquela brisa no rosto. Mas o passeio na pracinha do meu bairro foi magnífico. Sol esquentando o peito e que delícia poder assistir tanta correria de crianças e cachorros.
Hoje, por fim, fiz uma prece de gratidão a Deus, pois tudo o que fiz foi graças a Ele, que me concedeu esse privilégio da vida.
Também agradeci por tudo que não fiz, pois sei que, se não foi um livramento, Ele permitirá que eu ainda o faça.
Celina Campos
Semana nova.
Mês novo chegando.
Agosto, novos ventos.
E vamos voando ...
Aproveitando seu balanço.
Com muita fé na dança dessa vida.
Abençoada de Deus!
Agosto bailado!
Excelente semana!
Dia afortunado!
Celina Campos
Domingo chegando!
Não deixe de descansar!
E não permita faltar:
Muita fé e gratidão,
E um belo frango com tutu e macarrão.
Celina Campos
Setembro chegou com fé e flores.
Para mais uma primavera de esperança e cores.
Poesia e amores.
É hora de renovar.
De encontrar a essência da felicidade nas coisas simples.
De regar seu jardim.
E assistir o que está por florir.
Celina Campos
Construa sua ponte entre os seus sonhos e seu destino.
Que essa ponte seja sua. Não roube, não corrompa. Não se prejudique e não desmereça.
Construa sua ponte sob um traçado de linhas sólidas e atingíveis.
Que sua ponte seja sustentada pela fé e perseverança.
Que seus pilares sejam fortes e possam suportar as adversidades.
Construa sua ponte onde melhor lhe convier, seja curta ou extensa, mas que seu percurso seja sobre um caminho digno, sem lamentações.
E que essa ponte te leve à realização de seus sonhos.
Livre de pesares e arrependimentos.
E que você possa continuar a construir outras pontes, sem regresso malquerido.
Sucesso na construção de SUA ponte!
Celina Campos
Comemore e agradeça por sua família, pois foi Ele quem lhe colocou dentro dela, em acordo com as suas escolhas. Transtornos, tristezas, desavenças, sempre existirão, pois faz parte da sua evolução espiritual. E essas pessoas, que são sua família, fazem parte desse processo Divino.
Então, respeite-as e compreenda o real motivo da união de vocês nesta vida e trabalhe para que sua passagem na Terra junto a eles seja de amor, compreensão, empatia, respeito e muita fé na bondade do Senhor.
Viva a sua e as nossas Famílias.
Celina Campos
O sucesso de nossas vidas, seja no âmbito da saúde, do profissional, das relações humanas, é diretamente proporcional ao quanto estamos dispostos a abrir mão de algumas coisas. Opiniões, costumes, vontades e até desejos. Trata-se de uma escolha Simples. Mas deve ser avaliado. O que quero?
Celina Campos
Somos capazes de contribuir para esse "Wonderful World". Basta optar pelo propósito de FAZER, ao invés de olhar para o lado, com o propósito de saber quem fez.
Celina Campos
Tudo que vi nesse retrovisor se foi.
Não há como recuperar.
Fosse lindas paisagens de muito verde e muita vida
Ou troncos ressecados e folhas mortas.
Passou! E novas estradas virão. É assim! O Universo assim exige.
Tudo passa!
Celina Campos
Sobre umas imagens de uma tempestade de areia no Egito
São imagens que aterrorizam e servem para reflexão. É gigantesco o cenário que demonstra nossa impotência perante o Universo. São imagens para no mínimo, refletirmos sobre a nossa passagem aqui na Terra. O quanto importa a empatia, a caridade, a solidariedade, o amor. Pois, somos insignificantes diante da natureza. Somente tiramos proveito dela. Tudo pode ir em segundos. Do que valerá o mal feito, a futilidade, o ódio, a ganância? A tempestade de poeira vem e se vai em algum momento, mas a paz de espírito permanecerá.
Maio/2023
Celina Campos
Já pensaram, identificaram, analisaram e planejaram as atitudes necessárias para transpor uma dificuldade em sua vida?
Para os problemas, não há dúvidas, não é necessário nenhum planejamento para conhecê-los, eles vêm, embora possamos preveni-los ou amenizá-los.
Porém, estando as provações presentes em nossas vidas, é necessário adotar condutas de boa vontade e fé.
Nessa frase de André Luiz, psicografada por Chico Xavier, temos a orientação de tomarmos atitudes diante do desânimo. Procurar alternativas, pois a principal evidência de que você pode fazer isso, é estar vivo. A esperança não deve se esgotar.
Então nessa nova semana que inicia, com cheiro de recomeço, vamos aproveitar para limpar a poeira e continuar.
Excelente semana para todos.
Celina Campos
Deus está sempre ao seu lado.
Não se esqueça!
Tudo é no tempo DELE e tenha certeza: é o melhor para você!
Bom dia e um final de semana lindo e iluminado.
Celina Campos
Não tenha medo de voltar atrás, de recuar.
Respeite seu ritmo, suas atitudes precipitadas, palavras mal ditas e as situações mal resolvidas.
Volte e corrija, depois continue no seu rumo.
o beija-flor voa para trás sempre que necessita melhor posição para se alimentar.
Celina Campos
Uma reflexão sobre uma matéria que vi ontem em alguns perfis jornalísticos:
"Sílvio Santos surge sem dentadura e indica livro sobre sua vida nas redes".
Será que agora tudo tem que ser "meme"?
A mídia tem apelado além da conta. Ultrapassa limites da consideração e respeito a pessoas que fizeram e fazem muito por este País. Parece que estão desmemoriados em busca de curtidas.
Silvio Santos, 92 anos, apresenta num vídeo um livro de sua biografia.
A matéria do Jornal dá ênfase à falta da dentadura do apresentador!
Esse homem tem papel fundamental na TV brasileira. Trouxe divertimento e entretenimento a várias gerações. Desenvolveu carreira sobre muito trabalho.
O que mais agrega aos milhares de seguidores da mídia? A falta da dentadura ou o conteúdo do livro que conta uma longa história, experiências de sucesso que podem motivar muitos jovens que não o acompanharam?
Mas infelizmente não, a intenção era criar um "meme".
Enquanto isso a ignorância prevalece junto a maioria desse Povo. Fazer o quê? É meme.
12/06/2023
Chico Xavier
"Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento. Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização. Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência. Não reclame, nem se faça vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Chico Xavier
Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem às necessidades...
Valorizemos o amigo que nos socorre, o que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo ...
A amizade é uma dádiva de Deus.
Emmanuel
Esquece injúrias e ofensas. Não lastimes o passado. Não censures a ninguém. Segue sempre para diante e não temas.
Deus vigia.
Celina Campos
A dor do próximo deve no mínimo nos fazer pensar e agradecer pelo sofrimento que não conhecemos.
Nietzsche
"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."
Celina Campos
A maioria das decepções pelas quais passei nesta vida foi fruto das expectativas que depositei em outrem. Portanto, a culpa não é da pessoa, nem do mundo, nem do universo. É minha mesmo.
Chico Xavier
"Para os dias bons, gratidão.
Para os dias difíceis, fé.
Para os dias de saudade, tempo.
Para todos os dias, coragem."
Recebi esse texto de alguém que amo muito e foi tudo o que precisava lembrar. O texto veio como sendo de Mario Quintana, mas eu, muito curiosa, fui pesquisar a veracidade da autoria, não desmerecendo jamais, esse ícone da poesia brasileira. Descobri que o texto é da autora Concita Weber, que publicou esse texto no seu perfil do Facebook e pelo seu belo conteúdo viralizou. 🥰
"DEIXEM-ME ENVELHECER
Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças.
Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonito para alguém.
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou.
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada.
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança.
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam.
Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento.
Com a certeza de que cumpri meus deveres e minha missão.
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir.
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos.
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos.
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência.
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas.
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas.
Ter a certeza de que minha luta não foi em vão: teve um sentido.
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida.
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim.
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver.
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida.
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade.
Quero saber envelhecer, ser um velho consciente e feliz!"
Concita Weber