A psicoterapia tem como meta proporcionar um espaço livre de censura e julgamento.
Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos.
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Ansiedade
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Panico, medo, fobias
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insegurança, baixa de autoestima
conflitos nos relacionamentos
A psicoterapia tem como meta proporcionar um espaço livre de censura e julgamento, para que a pessoa possa expressar seus sentimentos, seus desejos, seus medos, suas fantasias, seus questionamentos, etc., e por meio de escuta e técnicas, auxiliar a pessoa a resolver seus conflitos e tornar sua vida mais saudável.
Carl Gustav Jung
Nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana.
Depressão é uma doença complexa, que requer uma atenção especial, mas que deve e pode ser tratada. Com a administração de medicamentos a ciência nos permite controlar a parte química e genética. O tratamento psicológico auxilia a pessoa a adquirir um autoconhecimento e uma compreensão mais profunda da sua estrutura psíquica, e com isso criar mecanismos e recursos para identificar e lidar com os sentimentos que podem leva la a se deprimir. A Doença afeta 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros, segundo dados da OMS.
O tratamento inclui o acompanhamento medico e psicológico.
A depressão pode aparecer em idades distintas, da adolescência a velhice e por motivos distintos. Um conjunto de fatores, do social, químico, biológico, psicológico.
Alguns sintomas:
- Ansiedade, insegurança, angustia, falta de interesse social
- Desanimo;
- Humor oscilante e depreciativo;
- Sentimentos de medo, indecisão.
A depressão é uma doença e como tal deve ser tratada, sem preconceitos. Portanto, e fundamental ter um diagnostico correto e trata-la com a seriedade que ela exige. O acompanhamento psicológico e fundamental para um bom resultado.
Enfrentando o TOC.
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões (pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e repetitivos que causam ansiedade ou desconforto) e/ou compulsões(comportamentos ou rituais repetitivos realizados como forma de aliviar a ansiedade gerada pelas obsessões).
Esses sintomas podem interferir significativamente na vida cotidiana, no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos.
O que são obsessões e compulsões?:
Obsessões: São pensamentos, imagens ou ideias recorrentes e indesejadas. Por exemplo: - Medo excessivo de contaminação por germes. - Dúvidas constantes ("Eu tranquei a porta?"). - Pensamentos agressivos ou impróprios (que a pessoa não quer ter).
Compulsões: São ações ou rituais repetitivos realizados para aliviar o desconforto causado pelas obsessões.
Tratamento:
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode ser tratado de forma eficaz por meio de uma combinação de terapias psicológicas, medicamentos e mudanças no estilo de vida. Abaixo os principa
Técnica de Exposição e Prevenção de Resposta (EPR): É
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS):
Em casos resistentes, outros tipos de antidepressivos ou modificados de medicamentos podem ser considerados, como clomipramina ou antipsicóticos em baixas doses,
Prática regular de atividades físicas
Técnicas de relaxamento:
Higiene do sono .
Terapias como estimulação magnética transcraniana (EMT) ou estimulação cerebral profunda podem ser consideradas em casos graves e resistentes ao tratamento convencional.
É importante manter consultas regulares com profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, para avaliar e ajustar o tratamento conforme necessidade de cada pessoa.
... estava cansado de amar sem resultado; além disso, começava a sentir a depressão que nos causa a repetição da vida, quando nenhum interesse a dirige, nenhuma esperança a estimula.
Segundo a OMS, o número de pessoas com transtornos de ansiedade era de 264 milhões em 2015, com um aumento de 14,9% em relação a 2005. A prevalência na população é de 3,6%. É importante observar que muitas pessoas têm tanto depressão quanto transtornos de ansiedade.
O Brasil é recordista mundial em prevalência de transtornos de ansiedade: 9,3% da população sofre com o problema. Ao todo, são 18,6 milhões de pessoas.
Segundo a OMS, o número de pessoas com transtornos mentais comuns, como a depressão e o transtorno de ansiedade, está crescendo especialmente em países de baixa renda, pois a população está crescendo e mais pessoas chegam às idades em que depressão e ansiedade são mais frequentes.
Em 2015, 788 mil pessoas morreram por suicídio. Isso representou quase 1,5% de todas as mortes no mundo, figurando entre as 20 maiores causas de morte em 2015. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a segunda maior causa de morte em 2015.
Fonte: g1.globo.com/bemestar
Não é que o suicídio seja sempre uma loucura. (...) Mas, em geral, não é num acesso de razão que nos matamos.
(Voltaire)
Somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade: solidão, ansiedade, depressão, destruição, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo que foi tão difícil conquistar.
O Brasil é recordista mundial em prevalência de transtornos de ansiedade: 9,3% da população sofrem com o problema. Ao todo, são 18,6 milhões de pessoas.
O que é Ansiedade?
A ansiedade é a expectativa de uma ameaça futura caracterizada pelo sentimento de desconforto, em conjunto com a preocupação excessiva e também do medo. Ela pode ser leve ou grave e é bem difícil de controlar, pois atinge um alto grau de intensidade em poucos minutos. Além disso, pode durar muito tempo e, geralmente, está acompanhada de sintomas físicos.
A ansiedade pode causar grandes danos emocionais para quem a sente, uma vez que pode passar a evitar lugares, objetos ou pessoas, com a intenção de prevenir essa sensação de tamanho desconforto. A ansiedade se baseia no medo de sentir medo, ou seja, medo que no futuro algo aconteça que cause sofrimento.
Alguns tipos: Agorafobia, Transtorno de ansiedade generalizada, Transtorno Obsessivo compulsivo TOC, Síndrome de Pânico, Fobias especificas, Crises de ansiedade após uma situação traumática,
Causas: Não existe uma causa determinada para a ansiedade, mas devem ser analisadas as experiências de vida de cada pessoa, bem como sua hereditariedade. Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, entretanto, quando se entra em estado de alerta, causado pela ansiedade, o corpo reage de maneira bem específica.
Sintomas: Medo irracional, sensação de nervosismo, tensão, agitação ou sensação de que algo de ruim esta sempre prestes a acontecer. Desejo e esquiva de tudo que possa provocar a sensação de ansiedade. Obsessões sobre certas ideias, repetições, compulsões, rituais repetitivos, dentre outros.
Sintomas Físicos: Embora grande parte dos sintomas da ansiedade seja psicológica, é possível sentir alguns sintomas físicos mínimos que podem passar despercebidos, são eles: Roer unhas; Aumento da frequência cardíaca ou dor no peito; Respiração rápida ou hiperventilação; Transpiração intensa e fria; Espasmos musculares; Fraqueza; Dificuldade em se concentrar; Insônia; Problemas digestivos ou intestinais, tais como: obstipação, diarreia.
A não valorização da saúde mental, pode ocasionar graves problemas . Tratamento medicamentoso e Psicoterapia são fundamentais para o tratamento e controle da Ansiedade.
fonte: minutosaudavel.com.br
Ansiedade: Como Enfrentar o Mal do Século
O dinheiro compra bajuladores, mas não amigos; compra a cama, mas não o sono; compra pacotes turísticos, mas não a alegria; compra todo e qualquer tipo de produto, mas não uma mente livre; compra seguros, mas não o seguro emocional. Numa existência brevíssima e complexa como a nossa, conquistar uma mente livre e ter seguro emocional faz toda a diferença..."
Augusto Cury
Cortar o tempo
"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente...
Para você, Desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.
Para você, Desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas... Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes... e que eles possam te mover a cada minuto,
no rumo da sua FELICIDADE!!!"
Carlos Drummond de Andrade
Tristes tempos
Sueli Castillo
"Vivemos numa época de interesses recíprocos, atravessamos um período de pragmatismos mútuos, nos quais as regras da competitividade mortal; e de uma base econômica idólatra e implacável nos mecanismos de exclusão, impõe valores gananciosos”! (Cortella)
Tempos atuais. Tempos de egoísmo, de egocentrismo, de individualismo, tempos de pressa, tempos de consumo, tempos de momentos, tempos fugazes, tempos de tudo e de nada.
Descartável talvez seja a palavra adequada para traduzir esses tempos atuais. Tudo é instantâneo, tudo é emergencial, do desejo imediato à conquista imediata. Relacionamentos descartáveis, “ficantes” sem compromissos, amizades fáceis e rápidas também descartadas com a mesma velocidade que se iniciaram.
Palavras que foram valorizadas hoje são aplicadas com uma superficialidade absoluta: amigo se tornou banal onde expressão como colegas ou conhecidos eram usadas. Namorado (a) é coisa do passado, ultrapassado uma vez que a ausência de compromisso predomina com os “ficantes”.
Nas amizades se faz pequenos mimos e se espera receber grandes favores. O fator predominante é o interesse e a amizade em si, fica em um plano muito inferior. Parece ser muito oneroso investir em amigos, dá trabalho e a superficialidade adquiriu o papel de agente interlocutor.
Baseia-se nas escolhas não mais pelas afinidades e sim pela utilidade: o que essa pessoa pode proporcionar? A cada instante se busca mais teoria para definir e palavras para manifestar amizade, mas na pratica isso não é observado. Quantas pessoas você já qualificou como amigo e, atualmente, ele esta bloqueado em suas redes sociais?
Os relacionamentos amorosos também não estão diferentes. Busca-se incansavelmente um namorado (a). As redes sociais estão repletas de salas de bate-papo, e sites de encontros. Mas a ausência de qualquer tipo de compromisso acaba tornando essa busca quase impossível.
Pessoas desejam um encontro e nada mais. A paquera, a conquista, o namoro deu lugar ao ficar, ao amasso, ao beijo e por vezes a transa. Atualmente é inibidor uma pessoa dizer que deseja um compromisso, uma vez que isso pode significar ser retrograda ultrapassada, antiquada. Sem falso moralismo o problema não esta nas transas imediatas, se assim for o desejo de ambos e sim, na falta de referencias. No dia seguinte a pergunta que surge: devo telefonar, devo passar uma mensagem? Será que estou sendo precipitado (a) em procurar? Caso esse “ficar” permaneça passado um mês as duvida continuam: posso chama-lo (a) de namorado (a), temos algum tipo de compromisso?
É fato que as amizades e os relacionamentos são produtos de uma construção social, que a manifestação dos sentimentos também se manifesta de acordo com o momento sócio-historico, se transformando a cada momento. Mas, como identificar esse momento atual? Ausência de valores, liberdade e egoísmo no topo de cada escala de valores individual, egocentrismo, medo de se envolver, medo de sofrer, medo de se decepcionar, medo de sentir medo? Ou simplesmente cada um pensando e agindo de acordo com a satisfação de seus desejos onde os outros são os outros e só...
O amor não tem lógica, razão ou explicação. Na teoria, deveríamos gostar, em primeiro lugar, de nós mesmos e depois de quem gosta da gente. Na realidade, é uma bagunça só. Geralmente gostamos de quem não está nem aí pra gente, não damos bola pra quem corre atrás da gente, sofremos pela falta de reciprocidade... Quem entende essa confusão?
Emilia Oliveira
Quantas pessoas você julgou hoje?
autor Sueli Castillo
Julgar (lat judicare) segundo dicionário Michaelis significa: decidir, resolver como juiz ou como árbitro, lavrar ou pronunciar sentenças.
Julgar se tornou um ato quase imperceptível aos nossos olhos. No mundo atual julga-se pela conta bancaria, pelas vestimentas, pela aparência física, pela deficiência, pela escolha religiosa, pela opção sexual, enfim qualquer diferença remete a um julgamento. Julga-se baseado nos critérios pessoais, sentenciando quem é o merecedor da atenção, da amizade e por que não do amor. Quanto a pena imposta pode variar da critica aberta a exigência da exclusão social.
O egoísmo predominante nos tempos atuais faz com que se tenha uma visão única e verdadeira: a própria, onde nada e ninguém tenham a palavra ou o comportamento certo a não ser o determinado pelo determinante. E como aceitar o diferente nesse mundo contemporâneo? Como entender que cada um é munido de valores, de direitos e deveres? Como conter nossa opinião, nosso juízo de valores, nossa vontade, sem desejar disseminá-la ao restante da população.
Quando se sente aversão por alguém próximo, um parente, um amigo, um colega de trabalho, alguém que nos é insuportável aos nossos olhos, começamos a emitir opiniões a respeito do comportamento dessa pessoa, e acabamos por critica-la na frente de outras pessoas, ou mesmo com ela distante. Será essa critica baseada naquilo que temos em nós e procuramos esconder dos outros, ou será o medo se tornar igual ao criticado, ou ainda será o desejo escondido de ser igual que faz com que o julgamento seja tão persistente e radical.
Fundamental nos dias atuais em que se prega o direito e o respeito ao “Diferente”, perceber que dentre os sete bilhões de habitantes do planeta não existem dois iguais. Todos são diferentes entre si, mesmo que pertença a mesma cultura. O ser humano é diferente, mas nunca desigual. Aceitar que podemos ter comportamentos parecidos, mas que cada pessoa é um ser único e que tem o direito de ter suas diferenças respeitadas é o mínimo que se pode esperar de uma sociedade, de um mundo que pensa em igualdade social, e principalmente em igualdade e respeito às idiossincrasias de cada ser.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstancias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais.
(Drummond)
autor : Sueli Castillo
Acredito que existam pessoas sérias buscando encontrar pessoas sérias, mas essa seriedade me parece atualmente um tanto relativa. O momento atual trás consigo a instabilidade de valores. Para alguns ser sério é ser fiel, para outros é ser companheiro, para outros é preservar a relação como um porto seguro. Vejo muito mais desencontros do que encontros. Essa busca desenfreada por um companheiro por vezes valoriza o preenchimento da solidão: "ter alguém para chamar de meu" e não ter alguém para amar.
Essa busca promove nas pessoas um acreditar que só poderão ser felizes se tiverem um companheiro. Faz parte, da natureza humana procriar e esse ato requer "naturalmente" um parceiro. Para que tenhamos vida é necessário, portanto a união física de um homem e uma mulher. Nesse momento de inicio de vida dentro do útero estamos unidos, amparados e aconchegados a uma mulher. Ao nascermos tudo se modifica, estamos sozinhos e desamparados. Como bem cita o Dr. Flavio Givokate, essa sensação de desamparo nos acompanha durante nossa existência. Buscamos encontrar em um parceiro esse preenchimento do vazio que sentimos, e com isso o sentimento de solidão nos aterroriza. Assim, a felicidade é depositada apenas na vida acompanhada, sendo o outro o único responsável pela felicidade em questão. O ser humano é só por natureza, nunca consegue se misturar no outro, por mais que acredite estar acompanhado. Mas, em contrapartida também é um ser relacional, precisa do outro para sua própria referencia de existir como tal. Tanto no social quanto no pessoal pessoa necessita de pessoas.
No geral, quando alguém começa a se envolver romanticamente com outra pessoa, o parceiro é visto como alguém perfeito e a relação também. Pouco depois é comum ouvir "ele não era aquilo tudo". Voltando à sensação de desamparo, o ideal de companheiro é criado em sonhos e fantasias. Não se busca a pessoa ideal e sim um ideal de pessoa. Com isso quando alguém começa a ser envolver com outra pessoa, o desejo idealizado começa a se manifestar, e com isso a outra pessoa não é percebida como é, e sim, como criada no imaginário de quem a idealiza. A pessoa amada não é real nesse momento e sim fruto do ideal de quem ama. Com o passar da euforia sentimental inicial, a pessoa começa a perceber que o companheiro não condiz com aquilo que imaginava e por vezes acaba apenas culpando o outro pela frustração que sente nesse momento. Ideal é ideal, e jamais será alcançado, uma vez que faz parte apenas do mundo perfeito, do imaginário de quem o idealiza.
Mas, também não se pode deixar de mencionar o fato de que quando se conhece alguém por vezes se quer mostrar o "melhor", quem nem sempre é compatível com a personalidade da pessoa. Exemplificando: a mulher que detesta futebol, mas no momento da paixão assiste aos jogos e até acaba torcendo pelo time do companheiro, mas tempos depois briga e não aceita mais; o homem que não suporta teatro, mas acompanha a mulher e após a fase do encantamento não suporta nem mesmo a sugestão de ir ao teatro. O melhor seria ser a pessoa mesmo, com defeitos e qualidades sem interpretações, uma vez que na vida real ninguém consegue representar por muito tempo.
Cientistas afirmam que a paixão só dura dois anos, outros um pouco mais. Paixão é sinônimo de dor. A palavra é utilizada para descrever um momento doloroso da historia cristã: a paixão de Cristo. É uma situação onde a pessoa vive grande oscilação entre o riso e a lagrima. Em função do aumento de substâncias neurotransmissor, como a endorfina e a serotonina que participam do controle do humor, comportamentos emocionais e ciclo do sono–vigília, a pessoa apaixonada vive uma fase de alegria e encantamento, mas frente à mínima contrariedade real ou imaginaria passa à tristeza e desilusão. Paixão cega, paixão emudece, paixão é ciúme, paixão é êxtase e paixão é dor. Muito antagonismo simultâneo. Concordo que a paixão tenha sim tempo para começar bem como tempo para terminar. Viver eternamente apaixonado dessa forma passional seria uma tortura para qualquer pessoa. Pesquisas demonstram que uma pessoa em media vive apaixonada dessa forma por dois ou três anos.
O fim da paixão pode ser um amor apaixonado, fato esse difícil de ser vivenciado. Vejo mais os conflitos uma vez que não existe um sincronismo entre os casais para o término da paixão. Primeiro ela esfria em um dos parceiros e com isso muita dor acontece. Como admitir que a pessoa pela qual se esta apaixonada não sente mais com a mesma intensidade ou não sente mais a paixão inicial. Lágrimas, pedidos, súplicas, insistência, é o que se observa quando este fato acontece.
Se comparado à paixão o amor é mais duradouro sim, mas não mais verdadeiro. No momento da paixão pode existir idealização do outro, mas o sentimento é intenso e verdadeiro mesmo que seja por uma idealização de pessoa. A pessoa pode não existir daquela maneira, mas o sentimento pela pessoa idealizada é real. A paixão acontece e o amor é construído.
Muito difícil racionalizar sentimentos, principalmente um sentimento tão intenso e perturbador como a paixão. Acredito que o amor, traga outro tipo de relação que pode ser uma união tranquila, serena, repleta de afeto, com planos, metas, sonhos, sem esquecer as dificuldades do dia a dia como contas a pagar, serviços a serem divididos, cansaço, dentre outros.
A paixão domina e o amor semeia.
A paixão acontece, o amor é construído.
autor: Sueli Castillo
Os tempos mudaram. Há algum tempo falar a respeito de sexo era um tabu, mas o avanço tecnológico trouxe a facilidade da comunicação via internet e velozmente o sexo se tornou um assunto corriqueiro. Mas, também surgiram os chats, os sites de relacionamentos, as conversas, a conversa mais intima e o sexo. Tesão movido pela palavra escrita. Pouco para os internautas que a cada dia mais punham em pratica suas fantasias. E nesse ritmo acelerado que o mundo digital determina, o sexo virtual passa a ser praticado com web cam e programas que permitem gratuitamente conversar sem custo financeiro, sem contar sites que promovem esses encontros.
Quando se pensa em relações virtuais se imagina um espaço virtual simulado. Representa-se um ambiente e, a partir deste se relaciona. Representa-se, por vezes, aquilo que mostra ao outro, representa-se ideias, emoções e sensações. Fingi-se ser o que não é, ou aquilo que gostaria de ser, escondido e dissimulado nas fantasias eróticas.
A Internet oferece uma privacidade, onde não é preciso se mostrar e não se corre o risco de ser avaliado. Há homens com dificuldades de ereção e ejaculação rápida que se escondem nas chats de sexo, uma vez que ao vivo e em cores sentem medo de decepcionar a parceira. Também é uma grande aliado da infidelidade tanto masculina , quanto feminina, pela falta de vinculo e a possibilidade de anonimato ou de estar escondido por um codinome, por um personagem fictício.
Mulheres também buscam nesse anonimato se mostrarem livres, soltas em relação ao sexo, sem tabus, uma vez que quando estão com um parceiro real,por vezes se sentem inseguras e temerosas quanto a avaliação do parceiro: "o que ele pode pensar a meu respeito"
Um ponto importante a ser observado: muitos usam da privacidade garantida pela Internet para vender a imagem do bom sedutor(a), expondo suas fantasias e desejos explicitamente. Essas pessoas buscam uma satisfação imediata e intensa e nunca ouvem um não.
É importante ressaltar que o problema não é o sexo virtual, mas sua prática exclusiva. Essa excitação intensa, rapidamente satisfeita, pode alimentar ideias compulsivas sobre sexo. Alguns ficam verdadeiramente viciados. Estar em frente a um computador já pode trazer ideias eróticas e desejo sexual. Fato é : sexo virtual não passa de uma masturbação solitária, baseada apenas nas fantasias e no estimulo visual, onde o outro não tem importância, e sim a sua satisfação imediata.
Estima-se que nos Estados Unidos, existam mais de dois milhões de pessoas viciadas em sexo virtual. Essas pessoas chegam a ficar mais de 20 horas semanalmente em sites de sexo.
Também não existe uma regra para participar uma vez que se encontram adolescentes, adultos, gente madura, solteiros, namorados, casados, viúvos, que satisfazem suas fantasias sexuais através da masturbação. atingem uma excitação intensa e rapidamente conseguem satisfação. Isso pode dificultar a busca de sexo no mundo real e fragilizar ou se distanciar das relações pré-existentes.
E a cada dia, mais pessoas se refugiam frente aos monitores de seus notebooks, para praticar todo tipo de fantasias sexuais: do sexo esporádico, às traições pelas madrugadas, à pedofilia, à prostituição, à compulsão, dentre tantos tipos ... onde as fantasias se mesclam com as perversões. E a cada dia, essas pessoas mais se distanciam das relações sexuais verdadeiras.
O sexo é um acidente: o que dele recebemos é momentâneo e casual; visamos a algo mais secreto e misterioso do qual o sexo é apenas um sinal, um símbolo.
autor: Sueli Castillo
“Em português a palavra fofoca tem sua origem na língua africana chamada "bantu". Seu significado originalmente é "maledicência", "mexerico" ou simplesmente falar de algo sobre alguém sem se preocupar se isso é realmente verdadeiro ou não”.
Por que as pessoas têm essa necessidade visceral de fazer comentários que na maioria das vezes são negativos das outras pessoas? Revistas especializadas em fofocas, programas apresentados na televisão, sites e blogs que apenas comentam a vida alheia são os que mais fazem sucesso. Qualquer que seja o meio de comunicação é só acessa-lo para saber quem tirou a roupa, quem manteve relações sexuais, quem tem um caso, quem traiu o marido/mulher, quem se submeteu a cirurgia plástica, quem se divorciou, dentre tantos inúteis comentários.
Programas reality shows são acompanhados diariamente com torcida organizada e tudo mais que se tem direito produzindo rudimentares analises comportamentais dos participantes. Avaliação de quem é bom ou mau baseado nas precárias encenações de quem participa são amplamente divulgadas. Avaliações sem conteúdo, apenas no “achismo” pessoal de cada um. Todos se julgam no direito de julgar comportamentos pessoais dos outros. Fala-se do vizinho, dos amigos, da família, dos colegas de trabalho, daquela maneira clássica: “não comente com ninguém, mas fulano/a...
Entendo que as pessoas pela frustração de pouco se realizarem pessoalmente acabam tendo um orgasmo mental olhando e criticando aquele que concretiza atitudes que por vezes gostariam de ter, e por falta de coragem passam a vida nos portões da vida a criticar e julgar os outros.
Ler um livro e comenta-lo, assistir um filme e analisa-lo, se aprofundar a respeito de ideias é simplesmente deixado para os intelectuais. Com isso, as pessoas se isentam de pensar, de ter ideias e acabam apenas repetindo o que foi apreendido há anos, sem reciclar conhecimento e sem mais nada querer saber. Acreditam já saberem o suficiente, enquanto o conhecimento é infinito.
Dessa maneira temos algum futuro diferente desse atual?
Por Wandy Luz -14/07/2018
Na minha opinião, a mulher sábia se edifica, se ama e se valoriza. Ela não sacrifica sua dignidade, e felicidade, para fazer alguém feliz, sem ter reciprocidade.
Ela acredita em igualdade, acredita em pessoas que se complementam, não em pessoas que se completam. Porque a mulher sábia é completa mesmo estando sozinha, e quando está em um relacionamento, dá e recebe amor, respeita e, é respeitada, na mesma proporção. E se não for assim, ela simplesmente diz não.
A mulher sábia não caminha atrás de ninguém, e não acredita que o lugar dela seja atrás de nenhum grande homem. A mulher sábia, só quer alguém que ande ao lado dela. Nem na frente, nem atrás, mas juntos, porque a união faz a força.
A minha visão de sabedoria é sempre baseada em respeito, equilíbrio e igualdade. E no amor, isso se resume a reciprocidade. Em todos os sentidos. Eu nunca acreditei e jamais vou acreditar que uma mulher submissa as imposições de uma sociedade ou indivíduo, está sendo sábia, tão pouco feliz. E tudo bem se existe alguém que vive feliz assim. Afinal tudo é uma questão de escolha.
Mas gostaria de viver em um mundo, onde as pessoas não distorçam alguns princípios, e não sejam tão extremistas, tão machistas e intolerantes.
Essa visão de igualdade tem que partir da mulher. Nós merecemos ser tratadas da maneira que gostaríamos sim, e que nossa liberdade e felicidade jamais seja condicionada a vontades, padrões
Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.
O paraíso artificial das drogas!
Sueli Castillo
Segundo definição do dicionário de língua portuguesa, droga significa o “nome genérico das diferentes matérias que entram em preparados farmacêuticos ou na indústria; qualquer substância medicamentosa; estupefaciente; narcótico; designação antiga das especiarias e plantas medicinais que vinham do Oriente; tecido leve de seda ou lã do Oriente; produto de má qualidade”. O termo “droga” presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substancia proibida, de uso ilegal e que provoca sérios danos a quem as utiliza. A droga é original de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Como exemplo: a nicotina (tabaco), o ópio (papoula) e o THC, tetrahidrocanabiol (cannabis). Também as drogas podem ser sintéticas fabricadas em laboratórios. No Brasil temos as drogas licitas como o fumo e o álcool e as drogas ilícitas. É importante ressaltar que tanto as licitas quanto as ilícitas causam seria dependência física e psíquica a quem as utilizam, modificando as funções, as sensações, o humor e o comportamento da pessoa. O usuário torna-se refém da droga e o preço que paga pelo uso é extremamente elevado para si próprio, para a família e para a sociedade.
O termo droga envolve uma gama de substancias que abrangem desde os analgésicos, os estimulantes, os alucinógenos, os tranqüilizantes e os barbitúricos, além do álcool e outras substâncias voláteis. As drogas podem ser absorvidas por ingestão, por inalação, via oral ou injeção intravenosa.
Estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais.
Depressivas - aumentam a freqüência cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, catamina, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, maconha, haxixe, etc.
Psicodistropticas ou alucinógenarias – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: Ayahuasca, cogumelos, skunk, LSD, psilocibina, e chá de cogumelo.
Psicotrópticas ou estimulantes - produzem aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy, GHB metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.
Importante ressaltar que todas, acabam por afetar a parte cerebral e com isso o comportamento passa ser altamente comprometido, bem como o físico e o psicológico do usuário.
Incontáveis são os motivos levam alguém a provar drogas: diversão, dificuldade de se relacionar socialmente e/ou pessoalmente, influencia de amigos, adesão ao grupo, facilidade de acesso e obtenção, sensação imediata de prazer e solução aparente dos problemas, alivio da ansiedade, fuga, estimulo sensação de calma, sensação de poder, sensação de força, alivio de dores, angustias depressões, quebra de timidez, emagrecimento, necessidade de ficar acordado, insônia dentre outros. Mais uma vez é fundamental ressaltar que apenas a droga trás um alivio ultra momentâneo e para que a pessoa sinta novamente as sensações ilusórias é necessário a cada vez usar mais e mais droga. Portanto é um caminho que nada acarreta de concreto, ocasionando apenas uma seria e grave doença a quem utiliza.
Estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) constatou que, no Brasil, a maioria das iniciativas de prevenção ao consumo de drogas está na periferia.
Com essa conclusão, o representante da Unesco no país, avaliou que, no Brasil, a desigualdade e a exclusão social são agravantes para o consumo de drogas.
A cada instante a sociedade é alertada dos problemas que a droga acarreta. A cada segundo pessoas matam, pessoas morrem, pessoas enlouquecem. pessoas se destroem pela droga. A cada minuto mais drogas estão no mercado. É utopia pensar em um mundo sem drogas, mas é inaceitável conviver com ela, e compactuar com os danos que ela provoca. A cada dia mais precocemente crianças estão envolvidas com as drogas.
Campanhas de prevenção, campanhas educativas e campanhas ilustrativas são obrigatórias. Não mostrar o que acontece a um usuário, esconder os surtos psicóticos, apenas promove mais overdoses. Enfrentar a vida, lutar contra as dificuldades, tentar resolver os conflitos pode não ser no imediato o caminho mais fácil, mas com certeza será em um breve futuro o caminho da saúde, da convivência social, do equilíbrio emocional. Esconder-se na droga é não ter no instante nenhum tipo de problema, mas no minuto seguinte é ter todos os problemas sendo que na maioria das vezes são indissolúveis.
"Uma vida na realidade é muito frente ao paraíso artificial que a droga propicia".(Sueli Castillo)
Doença mental: preconceito e ignorância como maiores inimigos
Sueli Castillo
Por muitos séculos as pessoas que apresentavam problemas mentais eram retiradas do convívio social, por vezes em manicômios ou prisões, em condições subumanas, onde morriam sem o menor direito de se manifestar. Atualmente, as internações involuntárias não mais ocorrem, mas o preconceito existente contra essas pessoas provoca uma maneira camuflada de afastá-los do convívio da sociedade.
Sempre se conhece alguém que apresente algum tipo de transtorno mental. Ansiedade, depressão, pânico, distúrbios alimentares dentre muitos podem afetar uma pessoa no transcorrer de sua vida acarretando sofrimento e incapacidade para exercer as funções naturais do dia a dia.
Mas fecham-se os olhos e afasta-se do convívio essas pessoas. Essas pessoas ainda provocam medo, distanciamento ao invés de provocarem entendimento, aceitação e tratamento. Isso apenas faz com que a pessoa que apresente transtorno mental se isole, e sem nenhum apoio não procure tratamento para seu problema.
A saúde mental é tão importante quanto à saúde do corpo. Mas buscam-se os médicos para o tratamento corporal e foge-se do psiquiatra e psicólogo pelo medo de ganhar o rotulo de “louco, esquisito, pinel, e para os mais elitizados: excêntrico”. A família na maioria das vezes tem vergonha de apresentar uma pessoa que tenha qualquer tipo de transtorno mental e com isso tenta inseri-la na sociedade como se ela nada tivesse a ser tratado. E com isso, apenas ratifica o preconceito contra o tratamento da doença mental.
Também o desconhecimento, a falta de informação, faz com crie-se curas populares como: “nada que um tanque de roupas e um fogão não curem”, quando na verdade a pessoa pode estar vivendo um quadro de depressão.
A origem da doença mental é multifatorial. A predisposição genética, a química cerebral, e a historia de vida de uma pessoa somados aos traumas de infância são fatores que podem provocar transtornos mentais.
Observam-se no Brasil campanhas para prevenção contra alguns tipos de doenças físicas, mas não se observa nenhuma campanha esclarecedora para a população quanto a Doença Mental. Ainda a Doença Mental no Brasil é tratada com o um enorme descaso, baseado nos pilares da ignorância, desrespeito e preconceito.
A doença mental é tratável e respondem bem ao tratamento medicamentoso e também a tratamentos psicológicos quando associados baseados em pesquisas realizadas por cientistas em todo o mundo. A maior dificuldade é o estigma que ainda carrega a pessoa que encontra-se nessa situação, uma vez que as barreiras para o atendimento ainda são enormes sendo as maiores a ignorância quanto ao assunto e o preconceito quanto a esse tipo de doença. A pessoa necessita de compreensão e afeto como qualquer outra, mas acaba-se isolando e nada recebendo.
Não tratar uma pessoa portadora de qualquer tipo de transtorno mental é crime. Ainda não um crime a ser punido judicialmente, mas um crime contra a ética, a lealdade e quanto aos direitos de um ser humano.
Hoje as pessoas não são retiradas do convívio social para manicômios, no entanto continuam isoladas, excluídas, abandonadas e marginalizadas.
Portanto, proponho que façamos serias e severas exigências para que o Ministério da Saúde promova campanhas nacionais de esclarecimento e de orientação para que a população consiga ao menos entender melhor o que é uma doença mental e não se envergonhar de viver ou estar com um familiar nessa situação possibilitando a busca de tratamento adequado.
"O mais incompreensível do mundo é que ele seja compreensível."
(Albert Einstein)
Solidão no relacionamento.
A cada dia o individualismo se exacerba mais e mais. Conviver tornou-se uma prática quase impraticável. As relações humanas, principalmente a de convivência a dois, acaba truncada, onde o compartilhar quase nunca se faz presente. Compartilhar o quê se os caminhos, os sonhos, as afinidades parecem dissipadas com o tempo. Amor aparece tão fragilizado que não resiste ao primeiro obstáculo. E assim caminha a humanidade. Casais convivendo no mesmo espaço físico, dormindo, acordando, trabalhando, educando, mas totalmente solitário. Cada qual voltado para si mesmo, a interesses pessoais, a lazer solitário, a um amor tão solitário quanto à própria convivência.
Um mundo globalizado, moderno, vanguardista, gerando pessoas egoístas, mesquinhas em sentimentos, voltadas para o valor das aparências, do poder, da glória mesmo que seja por poucos instantes. Tudo se tornou descartável inclusive nós, pobres seres humanos. Pensar, conversar, dialogar, argumentar deixa-se para o happy hour com os amigos. Homens e mulheres em busca do novo, sem se dar conta que não viveu nem mesmo o antigo. Bares da moda, roupa da moda, carro da moda, aparência física da moda, tudo da moda. Menos a moda de trocar sentimento, compartilhar idéias, repartir sonhos, compactuar a felicidade. Parece que evoluímos em quantidade, mas involuimos em qualidade. Onde estarão guardados os sentimentos humanos? Em quais compartimentos ficou o carinho, a delicadeza, a atenção, o amor, e porque não, o romantismo, essencial para manutenção de uma relação a dois saudável?
O mundo moderno trouxe consigo o stress, a desatenção, o desafeto, o desamor, e com todos esses anti-sentimentos as relações tornam-se também anti-relações. Acreditar que o amor, a necessidade de estar com alguém, faz parte da natureza humana nesse momento é imprescindível para que o homem não se torne tão solitário dentro da própria relação. Satre tão bem definiu uma das angústias do homem: a solidão. Porque permitir que a solidão tome conta de nós se somos seres de relação. Porque permitir que a relação se torne tão árida, sem motivação, sem entusiasmo. Precisamos sim, “devagar e urgentemente” como bem disse Chico Buarque, rever nossos sentimentos. Conviver a dois de uma maneira solitária só nos causa uma angustia ainda maior. Homens e mulheres resgatem seus sentimentos, invistam em suas relações pelo menos “que seja eterna enquanto dure”, mas que seja intensa.
Várias vezes no transcorrer da nossa historia de vida nos questionamos? Existe realmente a necessidade de trabalhar?
Não seria melhor se tivéssemos todos os nossos dias para fazermos tudo que sentíssemos vontade sem nos prender a vínculos de trabalho?
Desde a existência do homem na terra ele busca alternativas para criar e formar sua identidade. Primeiro pela necessidade de sobrevivência, surge a caça, a pesca e a agricultura voltadas para subsistência do homem. Mas parece pouco diante da capacidade criativa desse homem. Invenções que hoje estão tão distantes da nossa realidade surgiram. Pequenas criações iam cooperando para o desenvolvimento da raça humana. Artesões começaram a produzir e chegamos ao escambo como forma de comércio. A fase da troca tem início.
No processo de construção da história da humanidade passamos por diferentes períodos, onde crises sociais, culturais, políticas tiveram influencia fundamental nesse homem ao qual me refiro: o homem vivente no século XXI.
Concomitante a necessidade de produzir em função da forte criatividade presente na raça humana, esse homem deseja, tem sonhos, ambições, e a ociosidade deixa lugar à necessidade continua de trabalho. A identidade do homem contemporâneo esta intimamente associada à sua presença profissional. Esforços incomensuráveis tornam-se presentes nesse homem objetivando sempre conquistar. Bens materiais, acumular capital e poucos vínculos afetivos duradouros. Esse é o perfil do homem hiper-moderno. Por sua vez a política sócio-econômica vigente exige a cada instante mais e mais deste homem nesse mundo governado pela competitividade exacerbada. As organizações empresariais centradas no modelo capitalista exigem do profissional, esforços constantes tendo como meta o objetivo do lucro.
Esse cenário embasado por um modelo econômico e composto por pressões
exercidas pela sociedade, empresas, família e principalmente por si próprio produz uma relação entre Saúde e Trabalho extremamente adoecida. Competitividade ilimitada, grande desempenho, auto-cobrança, metas quase inalcançáveis, insegurança frente a possibilidade de substituição por outro profissional dentre outros fatores, corroboram de maneira latente para o adoecer dessa relação.
Fazendo uma análise comparativa entre o homo-sapiens e o homem contemporâneo observamos que a relação Saúde e Trabalho, sempre foi permeada por momentos de estresse. Mas o homo-sapiens parecia ter o estresse bom que o mobilizava para a sobrevivência e a manutenção da espécie, enquanto que, o homem contemporâneo vive o estresse em níveis tão elevados que podem provocar problemas psicossomáticos, onde corpo e mente são amplamente prejudicados.
Aliviar os agentes estressores, buscar melhor qualidade de trabalho, valorizar a si mesmo como pessoa e sentir-se também valorizado pela empresa são valores a serem reavaliados por todos para que possamos traduzir e transformar essa relação adoecida em uma relação sadia. Esses valores tão importantes para o homem e para a sociedade que o cerca, Saúde e Trabalho, podem e devem caminhar unidos formando não uma díade de palavras, mas uma tríade: Homem, Saúde e Trabalho.
Apesar do estresse diário, a cada dia o homem torna sua vida mais sedentária.
Meios de locomoção, telefone, celular, Internet, televisão tornou o homem um ser acomodado. Caminhar é um grande obstáculo a ser enfrentado. Estresse e suas conseqüências causando sérias doenças é o preço a ser pago pelo avanço da tecnologia.
“ Há pessoas que analisam determinada situação e se perguntam: por que é assim? Há outras que, diante da mesma situação vão além: porque não mudá-la?” ( Kennedy)
Essa brilhante frase pode nos proporcionar uma abrangente reflexão e uma motivação para transformar o nocivo em saudável, objetivando uma vida com uma qualidade muito superior à atual.
Racismo Estrutural
Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida, mas nunca alcançada.
Haile Selassie