Como toda doença, a melhor maneira de não contraí-la é se prevenindo. Com o coronavírus, a preocupação com a prevenção deve ser redobrada, pois não há uma vacina contra vírus.
A quarentena é uma realidade enfrentada por todos os países ao redor do mundo. Apesar das consequências futuras, essa é a melhor maneira de proteger a população da exposição direta ao vírus.
O isolamento social é a forma mais eficaz de se evitar o contágio pelo novo coronavírus. Para quem tem infecção por coronavírus confirmada o isolamento social é obrigatório, pois assim evita a transmissão para outras pessoas.
Porém, a recomendação de especialistas da saúde de todo o mundo e de várias autoridades, é que o estado de isolamento social seja aplicado a todo mundo, mesmo os não infectados, pois isso vai achatar a curva inicial do gráfico de infectados, ocasionando uma menor rigorosidade da epidemia dentro dos países.
Segundo o Ministério da saúde, para se prevenir do novo coronavírus, é preciso tomar as seguintes medidas higiênicas:
Lavar as mãos várias vezes ao dia, principalmente se sair de casa. Uma boa lavagem de mão deve durar de 40 a 60 segundos. Água e sabão podem ser mais eficazes que álcool em gel.
Cubra boca e nariz ao tossir ou espirrar. Use o antebraço ou um lenço, não a mão.
Evite pôr a mão no seu rosto, pois é preciso evitar de tocar as mucosas o máximo possível.
Mantenha uma distância adequada de pessoas ao conversar.
Evite aglomerações.
Se estiver fora de casa, use álcool em gel constantemente.
Evite ao máximo sair de casa desnecessariamente.
Sim. Após determinação da OMS, a máscara passou a ser uma recomendação efetiva que diminui o contágio da doença entre as pessoas. Vale lembrar também, que o uso de máscara, passou a ser obrigatório em transportes públicos.
Sempre que precisar sair de casa, utilize máscaras e lembre-se sempre de lavá-la com água sanitária, e passá-la com ferro quente, após o uso.
Prevenir-se é essencial para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Agora que você já tem noções de como se prevenir, comece a conscientizar seus familiares e amigos, principalmente se algum deles pertencer a um grupo de risco.
MAIS INFORMAÇÕES EM: https://www.coronavirus.com.br/
COVID 19: INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS VEJA EM /www.coronavirus.com.br/como-se-prevenir-do-novo-coronavirus/
100 ANOS DE GRIPE ESPANHOLA
A Gripe Espanhola de 1918 foi uma das mais letais pandemias da nossa história. Estima-se que entre 50 e 100 milhões de pessoas morreram de influenza, nos dois anos da epidemia.
A gravidade dessa pandemia pode ser explicada pela falta de vacina e pela ausência de imunidade contra a forma mutante do vírus da influenza. Além disso, a população estava com a saúde debilitada em função da I Guerra Mundial (1914-1918), favorecendo o desenvolvimento de doenças.
Neste 2018, a grande pandemia faz cem anos. O que aprendemos sobre como nos proteger dos agentes infecciosos?
No ano de 1918, uma gripe diferente de todas as outras aparece nos Estados Unidos. Causada por um vírus novo, trinta vezes mais letal que o vírus comum, a doença logo chega à Europa e se espalha pelo mundo inteiro. É a pandemia da Gripe Espanhola, que persistiria em algumas partes do mundo até 1920. Morreram, no mínimo, 50 milhões de pessoas.
Em poucos meses, a doença já havia causado mais mortes do que a 1ª Guerra Mundial, iniciada quatro anos antes (1914) e que terminaria em 1918, quando a pandemia começou. Nem antes, nem depois, houve pandemia mais fatal na história da humanidade em espaço de tempo tão curto. A peste negra, por exemplo, de acordo com as estimativas, levou cinco anos, durante o século 14, para dizimar 25 milhões de pessoas na Europa.
Legenda: Policiais nas ruas da cidade de Seattle, nos Estados Unidos da América, vestindo máscaras durante o surto da Gripe Espanhola em 1918 (Foto: National Archives at College Park).
Não! Como o mundo passava pela 1ª Guerra Mundial, os exércitos controlavam as informações que considerassem estrategicamente desfavoráveis e a censura bloqueava a liberdade de imprensa. Mas a Espanha se manteve neutra na Guerra e, a imprensa espanhola divulgou o terror causado pelos 8 milhões de infectados pela “fiebre de los tres días” -- que atingiu até o rei Alfonso 13. França e Inglaterra, contudo, já contavam milhares de mortos antes dos primeiros casos na Espanha. As circunstâncias, portanto, batizaram a gripe de “espanhola”.
Até hoje, o lugar de nascimento do vírus permanece desconhecido. Entre as teses mais aceitas, uma estabelece a origem no próprio Estados Unidos. A outra, na China, trazida ao continente norte-americano por soldados infectados. A Europa, porém, não é totalmente descartada como ponto de partida da epidemia.
A palavra influenza é italiana, e era utilizada para designar diversas doenças (influenza di febbre scarlattina, influenza di catarro etc). Em meados do século 18, a influenza di catarro se espalhou pela Europa, e acabou ficando conhecida por apenas influenza, inclusive na língua inglesa. Na era vitoriana, a palavra foi abreviada para “flu”. Ainda hoje, usamos ambas as formas para nos referirmos à doença.
Legenda: Enfermeiras voluntárias da Cruz Vermelha retirando macas das ambulâncias para atender as vítimas da Gripe Espanhola em Camp Denves, Massachusetts (Foto: The National Archives and Records Administration).
A ameaça da Gripe Espanhola alcançou o Brasil por via marítima em setembro de 1918, com o retorno de uma expedição naval enviada ao Dakar (África Ocidental), como participação na 1ª Guerra Mundial. Segundo as informações da época, mais de uma centena de marinheiros infectados morreram. A disseminação do vírus no território do país também foi facilitada pela chegada de outros navios vindos da Europa, que aportaram em Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
Em pouco tempo a Gripe atingiu várias cidades da região Nordeste e a partir de outubro de 1918 outros casos já tinham sido registrados nas grandes cidades do país, como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
Durante a pandemia, foram mais de 35 mil mortes registradas no Brasil: 12.700 no Rio de Janeiro, 6.000 em São Paulo, 1.316 em Porto Alegre, 1.250 em Recife e 386 em Salvador.
Na época, não se conheciam as medidas que poderiam prevenir o contágio. Nos jornais, as autoridades recomendaram que a população evitasse as aglomerações e o contato com doentes, além de pedir que as pessoas não chamassem os médicos para consultas, a não ser nos casos graves.
O momento crítico chegou em outubro de 1918, quando as famílias que sobreviveram ao vírus abandonaram as cidades. Nesse período, o sanitarista Carlos Chagas entrou em cena para liderar o combate à doença, implantando 27 pontos de atendimento à população no Rio de Janeiro, então capital federal.
Mesmo com tais medidas, 65% da população do Rio de Janeiro adoeceu entre outubro e dezembro de 1918, deixando um rastro de óbitos pelo caminho.
Embora a gripe espanhola tenha efetivamente atravessado toda a pirâmide social, a maioria das vítimas provinha das camadas populares. De todo modo, a doença vitimou Rodrigues Alves, que havia sido reeleito para a presidência da República em março de 1918. Em seu lugar, em 15 de novembro, tomou posse Delfim Moreira. Rodrigues Alves morreu em janeiro de 1919.
Legenda: Carro alegórico retratando o Chá da Meia-Noite para satirizar o boato de que a Santa Casa distribuía um chá envenenado aos doentes da Gripe Espanhola (Foto: Acervo da Biblioteca Nacional).
O Carnaval de 1919 foi a resposta das ruas do Rio Janeiro à mortandade deixada pela gripe – o primeiro carnaval com samba. "Era como se o carioca descobrisse finalmente a trilha sonora ideal para os corsos de carros abertos e para as batalhas de confete”, escreveu o jornalista Ruy Castro no livro “A vida de Nelson Rodrigues”, sobre os foliões que tomaram as ruas da cidade, na tentativa de expulsar a trilha de cadáveres que o vírus deixou pelo caminho.
O que se viu durante os cinco dias do Carnaval de cem anos atrás ficou registrado no samba “E o mundo não se acabou”, de Assis Valente, gravado por Carmem Miranda em 1938. A letra faz referência ao cenário apocalíptico que se instalou durante a pandemia:
"Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar/Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar... acreditei nessa conversa mole/Pensei que o mundo ia se acabar/E fui tratando de me despedir/E sem demora fui tratando de aproveitar/Beijei na boca de quem não devia/Peguei na mão de quem não conhecia/Dancei um samba em traje de maiô/E o tal mundo não se acabou... Ih! Vai ter barulho e vai ter confusão/ Porque o mundo não se acabou".
Hoje em dia, com os avanços e melhorias de campanhas e ações de saúde pública, é possível impedir que a circulação de um vírus instaure um cenário como o enfrentado entre 1918 e 1920. Dessa forma, cem carnavais depois, aqui estamos para comprovar que o mundo, de fato, não se acabou - graças às vacinas.
Legenda: Prédio Vital Brazil em 1913, atualmente a biblioteca do Instituto Butantan (Foto: Instituto Butantan).
O Instituto Butantan mantém em seu acervo de documentos uma coleção de relatórios anuais, enviados pelo diretor do Instituto para o governo do Estado, que apresentam as principais realizações da instituição em cada período. A coleção é uma importante fonte de informações sobre a história da instituição. O centro de documentação do Instituto pesquisou os relatórios dos anos 1918 e subsequentes para identificar atividades desenvolvidas no Butantan durante e após a pandemia de influenza daquele ano.
O relatório de 1918, assinado pelo diretor Vital Brazil Mineiro da Campanha, cita na página 5:
“O Dr. Afrânio do Amaral, com muita inteligência e atividade ocupou-se com observações clínicas e terapêuticas, colhidas principalmente na enfermaria de Butantan...Escreveu a respeito uma substanciosa e documentada memória que foi apresentada à 2º conferência de Higiene, além aspecto ocupou-se do ensaio de outros produtos do instituto, tais como o “Soro Normal” no tratamento da gripe, do soro anti-pneumoccocica no tratamento da pneumonia gripal.”
Apesar de desconhecerem o agente causador da “Grippe”, os pesquisadores testaram os produtos de que dispunham: o “soro normal”, produzido em cavalos, e o anti-pneumococo. A edição de O Estado De São Paulo, de 26 de Outubro de 1918, registrou este momento a partir de diversos anúncios que estavam sendo feitos sobre as pesquisas desenvolvidas no Instituto Butantan. Diferentes remédios prometiam acabar com a ameaça do vírus, dentre eles o extrato tonsilar, do professor Erico Coelho da Faculdade de Medicina do Rio, e as pílulas sudoríficas de Luiz Carlos, que prometia curar, além da gripe, constipações e febres de mau carácter.
Legenda: Enfermaria do Arquidiocesano na Cidade de São Paulo, hospital provisório organizado para tratar as vítimas da Gripe Espanhola em 1918 (Foto: Memorial do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo).
O vírus da influenza, causador da gripe, foi isolado em 1933. O primeiro passo significativo para a prevenção foi o desenvolvimento, em 1944, de uma vacina contra a gripe feita a partir de vírus mortos, resultado da investigação do australiano Frank Burnet, que demonstrou que o vírus, cultivado a partir de ovos de galinha, perdia a capacidade de causar a gripe. Com essa observação, os investigadores da Universidade do Michigan desenvolveram a primeira vacina. Após a identificação do agente causador, tornou-se possível a preparação de uma vacina específica contra o vírus da influenza.
Em 1948, o Instituto Butantan já havia preparado uma vacina experimental. O diretor Eduardo Vaz escreveu no relatório do mesmo ano:
“Vacina contra a gripe - Têm sido preparadas há mais de um ano pequenas partidas, e submetidas a prova de controle, não tendo sido até agora expedida nenhuma, pelo fato de ainda não satisfazerem as condições exigidas. Além disto a produção em escala que atenda as necessidades da Saúde Pública exige que se façam instalações maiores, e biotérios isolados dos demais, em que se trabalha com outros vírus.” (pág 5 – seção de vírus)
Guardadas as limitações das épocas, o Instituto Butantan desempenhou seu papel de pesquisa e desenvolvimento de produtos para Saúde Pública.
Faz, portanto, 100 anos que a mutação em vírus comum resultou em um vírus fatal e dizimou populações de cidades inteiras. O que mudou desde então?
Há um século, pouco se conhecia do vírus da gripe (embora já existissem microscópios!). O que não existia era uma vacina que ajudasse a controlar a disseminação de vírus, já que pessoas vacinadas não se contaminam nem podem contaminar os outros. É como se cada uma e cada um de nós, ao sermos vacinados, passássemos a funcionar como barreira à propagação.
Cem anos passam rápido e a distância no tempo nos deixa a sensação de proteção, de um momento que ficou definitivamente para trás. Infelizmente, não podemos ainda contar com isso. A cada ano, novos vírus da gripe circulam pelo mundo e precisamos manter as barreiras vivas. Por isso, a Organização Mundial da Saúde determina anualmente quais são os vírus de maior circulação para a fabricação da vacina contra influenza . Além disso, resta a forte recomendação para que os governos continuem a ampliar os programas nacionais de vacinação.
Legenda: Missa em uma igreja mexicana pelo fim da pandemia da Gripe A em 2009 (Foto: Eneas De Troya).
Nos últimos anos, começaram a surgir pessoas que optam por não se vacinar ou não vacinar seus filhos. O problema desta escolha é que ela se baseia em muita desinformação e em fontes pouco confiáveis.
O fato de uma doença estar controlada ou erradicada não significa que o risco trazido por ela deixou de existir. A propagação de uma doença em uma população desprotegida significaria o surgimento de novas epidemias, devido ao fato das pessoas não imunizadas estarem sujeitas a doença e se tornarem novos transmissores.
Assim, o objetivo do programa 100 anos da Gripe Espanhola - imagine o mundo sem vacinas é alertar para o risco de que doenças voltem do passado para assombrar o presente, como é o caso do sarampo. Nos Estados Unidos houve vários surtos e epidemias registrados nos últimos 20 anos. Outro caso é a coqueluche, que tem apresentado uma redução da cobertura em toda comunidade europeia.
No Brasil, o índice de rejeição a vacinas ainda é insignificante, mas não é inexistente. A varíola e a meningite são doenças gravíssimas que afligiam o país até o final dos anos 1960 e 1970. Ou seja, é muito recente.
Legenda: Uma gravura de movimentos anti-vacinação publicada em 1894 (The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia).
Nós do Instituto Butantan propomos uma reflexão em um momento de informações falsas e pouco confiáveis. O quanto estamos dispostos a arriscar a segurança da população?
Desde o século 17, a humanidade amplia o conhecimento científico e o acesso à educação. As descobertas científicas utilizadas na saúde pública levaram à diminuição da mortalidade. Vacinação e saneamento básico são os pilares dessa conquista.
É por isso que o Butantan, instituição de referência mundial na área de produção de imunobiológicos como vacinas e soros, propõe uma grande ação ao longo de todo o ano de 2018.
Queremos lembrar que, há pouco tempo, populações inteiras foram dizimadas sem solução possível. E, ainda, corpos marcados e deformados eram um sinal positivo de sobrevivência a doenças devastadoras, como a poliomielite e a varíola. Nossa função social é garantir um ambiente seguro para acolher qualquer pergunta sobre esse tema; lembrar que a saúde pública é uma conquista da sociedade que se organizou coletivamente; lembrar que as escolhas individuais podem afetar a todos e afirmar que um futuro sem vacinas não é possível.
Disponível em <http://100anosgripeespanhola.tmp.br/default.php?page=sobre&subPage=home.php> Acesso em 25/06/2018 às 12:30
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no mundo.
A principal forma de transmissão é pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante - bebê) e por transfusão de sangue. Existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.
Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde.
Não existe tratamento específico para dengue. O tratamento é feito para aliviar os sintomas. Quando aparecer os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido. Importante não tomar medicamentos por conta própria.
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra dengue. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
As ações de controle da dengue ocorrem, principalmente, na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.
CHIKUNGUNYA
A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegyptie Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Não existe vacina ou tratamento específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
Assim como a dengue, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos pacientes.
ZIKA
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
Observe o aparecimento de sinais e sintomas de infecção por vírus Zika e busque um serviço de saúde para atendimento, caso necessário.
O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Outras possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos. Não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leite materno, assim como por urina, saliva e sêmen. Conforme estudos aplicados na Polinésia Francesa, não foi identificada a replicação do vírus em amostras do leite, assim como a doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível. Também não há descrição de transmissão por saliva.
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.
Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida.
Prevenção/Proteção
› Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
› Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Cuidados
› Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.
› Não tome qualquer medicamento por conta própria.
› Procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.
Informação
› Utilize informações dos sites institucionais, como o do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde.
› Se deseja engravidar: busque orientação com um profi ssional de saúde e tire todas as dúvidas para avaliar sua decisão.
› Se não deseja engravidar: busque métodos contraceptivos em uma Unidade Básica de Saúde.
Outros vírus parecidos com o Zika geram imunidade para a vida inteira. Quem já teve dengue pelo vírus 1, por exemplo, não voltará a ter pelo mesmo vírus. O mesmo acontece com a febre amarela. Porém, ainda não há estudos suficientes para afirmar isso em relação ao vírus Zika.
Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.
As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Também é possível diagnosticar a microcefalia no pré-natal. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado.
Ao nascimento, os bebês com suspeita de microcefalia serão submetidos a exame físico e medição do perímetro cefálico. São considerados microcefálicos os bebês a termo com perímetro cefálico menor de 32 centímetros. Eles serão submetidos a exames neurológicos e de imagem, sendo a Ultrassonografia Transfontanela a primeira opção indicada, e, a tomografia, quando a moleira estiver fechada. Entre os prematuros, são considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico menor que dois desvios padrões.
Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Para orientar o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, o Ministério da Saúde desenvolveu o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O documento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
O Protocolo define também as diretrizes para a estimulação precoce dos nascidos com microcefalia. Todas as crianças com esta malformação congênita confirmada deverão ser inseridas no Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade, período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente.
A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.
Os nascidos com microcefalia receberão a estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o país, nos Centros Especializado de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos.
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.
A Polinésia Francesa notificou um aumento incomum de pelo menos 17 casos de malformações do Sistema Nervoso Central em fetos e recém-nascidos durante 2014-2015, coincidindo com o surto de Zika vírus nas ilhas da Polinésia Francesa. Nenhuma das gestantes relataram sinais de infecção pelo vírus Zika, mas em quatro testadas foram encontrados anticorpos (IgG) para flavivírus em sorologia, sugerindo infecção assintomática. Do mesmo modo que no Brasil, as autoridades de saúde da Polinésia Francesa também acreditam que o vírus Zika pode estar associado às anomalias congênitas, caso as gestantes estivessem infectadas durante o primeiro ou segundo trimestre de gestação.
Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. No entanto, o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.
O Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
É importante que os profissionais de saúde estejam atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cerebral e à idade gestacional, assim como à notificação de casos suspeitos de microcefalia no registro de nascimento no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Por ser uma fonte de contato direto com a população, os profissionais também devem reforçar o alerta sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue, e orientar as gestantes sobre as medidas individuais de proteção contra o Aedes aegypti.
Além da notificação no Sinasc, o Ministério da Saúde enviou orientação para que seja feito o registro em uma ficha específica, adotada de maneira excepcional, que trás mais detalhes dos casos que serão investigados.
Disponível em http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#dengue Acesso em 18/04/2016
GRIPE H1N1
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo do influenzavírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.
Segundo a OMS e o CDC (Center for Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).
Sintomas
Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia.
Diagnóstico
Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado pode demorar mais tempo. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.
Vacina
A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode trazer na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves.
Existem duas vacinas que protegem contra a infecção pelo H1N1: a trivalente, que imuniza contra dois vírus da influenza A e contra uma cepa do vírus da influenza B, e a vacina tetravalente (ou quadrivalente) que, além desses vírus imuniza contra uma segunda cepa do vírus da influeza B, menos frequente no Brasil e que só deve ser usada a partir dos três anos de idade.
Os dois tipos de vacina são eficazes, mas levam de duas a três semanas para fazer efeito. Embora não ofereçam 100% de proteção, estão perto disso.
Idosos acima de 60 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, asma, bronquite, insuficiência renal, obesidade grau 3, por exemplo), imunossuprimidos e transplantados, crianças entre seis meses e cinco anos, profissionais da saúde, população indígena, presidiários constituem o grupo prioritário para vacinação.
A vacina é contraindicada para as pessoas com alergia grave a ovo, pois pode conter ovoalbumina, uma proteína do ovo responsável por reações alérgicas. Isso acontece porque existe uma etapa, durante o processo de produção da vacina, que os vírus crescem em ovos de galinha.
Tratamento
É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos. Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.
Recomendações
Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC) recomenda:
* Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
* Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
* Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
* Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
* Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
* Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
* Procurar assistência médica, se o doente pertence a um grupo de risco e se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus H1N1 da influenza tipo A. Nos outros casos, permanecer em repouso e tomar bastante líquido para garantir a boa hidratação.
Edição atualizada em 05/04/2016
Disponível em http://drauziovarella.com.br/letras/g/gripe-h1n1/ Acesso em 18/04/16
SOBRE EBOLA
O surto de ebola iniciou-se em fevereiro, no interior da Guiné, na África ocidental. Suspeita-se que o “paciente 0” tenha sido uma criança de 2 anos que veio a falecer em poucos dias. Em maio, o vírus já havia sido notificado também em Serra Leoa, país vizinho à Guiné. Em Junho, a Libéria foi contaminada. Em Julho, o vírus espalhou o medo e a doença também para a Nigéria. Segundo os dados mais recentes da OMS, o ebola, somente nessa nova “aparição”, já contaminou mais de 2100 pessoas e matou mais de 1400. Dentre os contaminados, 240 eram profissionais da saúde e, destes, metade morreram. Espantoso, não é mesmo? Mais espantoso ainda é saber que, desde 1976, quando os primeiros casos foram diagnosticados na África subsaariana, haviam sido registrados cerca de 1500 casos (dos quais pouco mais de 1000 morreram), muito menos do que os que já foram registrados apenas nos primeiros meses desse ano. Mas, afinal, o que torna o ebola tão mortífero assim?
Sintomas do ebola: Também chamado de “febre hemorrágica ebola”, o ebola é causado por um vírus que pode ficar encubado por até duas semanas. Os primeiros sintomas são febre alta, dores musculares, dores de garganta e na cabeça. Seguem-se náuseas, vômitos, diarreia, insuficiência dos rins e do fígado. Se a pessoa resistiu até esta etapa, podem surgir os piores sintomas: hemorragias no trato digestório e posteriormente hemorragias por todos os orifícios do corpo (vagina, ânus, olhos, pênis…). Em casos mais críticos pode haver sangramento vertendo pela própria pele. É um quadro devastador, que leva a morte em mais de 90% dos casos.
Transmissão do ebola: Há alguns animais silvestres que são reservatórios naturais do vírus ebola, tais como macacos e morcegos-da-fruta. Caso uma pessoa entre em contato direto com fluidos corporais (suor, sangue, lágrimas, saliva) desses animais ou de uma pessoa contaminada, está sujeita a ser contaminada. Alguns médicos indicam também que o vírus pode ser transmitido por gotículas de saliva eliminadas durante tosse ou espirro. O vírus pode ser transmitido, inclusive, pelo contato com pessoas mortas pelo ebola. Esta última forma de contaminação é apontada como uma das causas da grande disseminação do ebola, uma vez que várias tribos africanas têm como costume despedir-se de seus parentes mortos com banhos, beijos e abraçosno cadáver.
Tratamento do ebola: A princípio não há tratamento específico para o vírus, assim, o tratamento envolve reidratação dos doentes (oral ou através das veias) e monitoramento dos demais sintomas. Porém, algumas empresas (principalmente dos EUA, Canadá e Japão) que possuíam drogas ou soros contra o ebola se dispuseram a fornecê-lo, porém, como são experimentais, as dosessão insuficientes. Nos estados Unidos, inclusive, dois médicos contaminados com ebola trazidos da África foram tratados com um soro experimental e ficaram curados. Porém, o uso de medicamentos experimentais gera polêmica, uma vez que é como se os doentes se tornassem “cobaias humanas” das empresas farmacêuticas. Apesar disso, em vista ao suposto descontrole do surto de ebola, a OMS autorizou o uso destes medicamentos.
Prevenção do ebola: Não há vacinas contra o ebola. A prevenção é feita com medidas de higiene e, no caso das pessoas que precisam entrar em contato com os doentes, o uso de roupas especiais que isolem principalmente as mucosas (regiões mais sensíveis a entrada dos vírus), são indispensáveis.
O ebola pode chegar ao Brasil? Sim, devido ao mundo globalizado, o trânsito de pessoas é muito grande. Sendo assim, podemos ter casos de ebola em nosso país vindos de turistas que aqui chegam todos os dias. Porém, segundo os especialistas, como o ebola não é transmitido pelo ar e as condições sanitárias e de saúde do país são relativamente boas, as chances de um surto são pequenas.
FONTE: <http://blogdoenem.com.br/ebola-biologia-enem/>
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NOTÍCIAS
Vídeo mostrando o Dogma Central da Biologia - do RNA às proteínas
Os vírus são definidos como agentes infecciosos, constituídos por uma cápsula protéica que envolve o genoma. Este é formado por um ácido nucléico, que pode ser o DNA ou o RNA, mas nunca os dois. A presença de DNA ou de RNA é um critério usado na classificação dos vírus. Assim o HIV, vírus da Aids, é um vírus de RNA. Já o vírus da gripe apresenta DNA. O HCMV (citomegalovírus humano) pertence ao grupo dos herpevírus, agentes etiológicos do herpes e da mononucleose, e apresenta genoma com DNA. Pesquisadores da Universidade de Princeton (USA) descobriram que o HCMV contém, além do genoma com DNA, mais quatro tipos de RNA. Quando o HCMV infecta uma célula, o DNA viral atinge o núcleo da mesma, passando a comandar o metabolismo com a finalidade de se reproduzir. A presença do RNA viral permite ao vírus um ataque mais rápido. Assim, antes que o DNA atinja o núcleo, o RNA começa a produzir proteínas virais, acelerando a reprodução do vírus e a destruição da célula
Sabemos que os genes atuam codificando as proteínas, que são, por sua vez, as moléculas responsáveis pela organização e funcionamento dos seres vivos. Proteômica é a ciência que estuda o proteoma, conjunto de proteínas existentes numa célula. A análise do proteoma envolve três etapas: o isolamento, a identificação e a função das proteínas produzidas pelos genes. Pesquisadores da Unicamp completaram o sequenciamento do genoma da bactéria Xyllella fastidiosa, bactéria causadora da praga do amarelinho em plantas. Atualmente os mesmos pesquisadores estão trabalhando no proteoma da Xyllela, com dois objetivos principais: o primeiro é conhecer as proteínas da bactéria responsáveis pela infecção das plantas; o segundo é produzir um banco de dados sobre a identificação e caracterização das proteínas da bactéria.
Vibrio cholera é a bactéria causadora do cólera, uma perigosa infecção intestinal. Alojada no intestino, a bactéria produz uma toxina que provoca diarréia abundante, dores abdominais e cãibras, podendo ocorrer a morte por desidratação.
Normalmente encontram-se um cromossomo e um plasmídeo. O cromossomo é uma longa e enovelada molécula de DNA. O plasmídeo é um DNA circular relacionado com a transmissão hereditária. A bactéria Vibrio cholera apresenta dois cromossomos, além do plasmídeo, que foram totalmente sequenciados. O cromossomo 1 apresenta 2.961.146 bases e o 2, 1.072.314. O próximo passo será a localização do gene causador da toxina, que poderá ser inativado.
O betacaroteno é a provitamina A, um precursor da vitamina A que, no organismo humano, atua na formação de pigmentos visuais e na manutenção da estrutura epitelial normal. A carência dessa vitamina provoca a cegueira noturna e a xeroftalmia (ressecamento da córnea), além da pele seca e escamosa.
No arroz normal o betacaroteno aparece na casca, que é retirada quando o arroz é beneficiado. Populações da Ásia que se nutrem de uma dieta rica em arroz apresentam baixos níveis de vitamina A.
A engenharia genética obteve um arroz transgênico que recebeu genes da planta narciso, permitindo a produção do betacaroteno no endosperma (parte central do grão). Desse modo, mesmo beneficiado, o arroz transgênico, chamado de dourado, fornece a provitamina A ao homem.
A sanguessuga é um verme que produz a hirudina, substância que impede a coagulação do sangue. Por causa dessa propriedade, as sanguessugas são usadas pela medicina, desde o Império Romano, para provocar sangrias. O gene produtor da hirudina foi isolado e introduzido no genoma de Carthamus Tinctorius, uma planta oleaginosa. A planta transgênica obtida passou a produzir a hirudina. A heparina é um anticoagulante usado no tratamento das tromboses (formação de coágulos sanguíneos). O fato é que essa substância provoca alergia em muitos pacientes. A vantagem da hirudina consiste em não causar alergia às pessoas.
Em condições ambientais desfavoráveis, as bactérias dos gêneros Bacillus, Clostridium e Sporosarcina formam os esporos, estruturas de resistência. Formados internamente (endósporos), contêm, no interior de uma espessa membrana, o DNA e enzimas. Altamente resistentes à dessecação, os esporos germinam em condições favoráveis. De um cristal de sal do Período Permiano (286 a 245 milhões de anos), foi isolado um esporo de uma bactéria batizada de Bacillus permians. Colocado em meio de cultura favorável, o esporo despertou e o micróbio ressuscitou.
Disponível em: <http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/novidades_biologia.aspx> 14/04/2013 08h20- Atualizado em 14/04/2013 08h24
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MURAL
Autor: Alberto FiaschitelloPublicação: abril 05, 2013Em: Saúde & Bem-Estar, Vida| Comentário : 1
Europa, Japão, Austrália e Coreia do Sul recusam sementes transgênicas e animais alimentados com transgênicos
Plantas de soja transgênicas em um campo perto da cidade de Santa Fé, a cerca de 500 km a noroeste de Buenos Aires, Argentina, em 10 de abril de 2012 (Juan Mabromata / AFP / Getty Images)
Alimentos transgênicos têm gerado efeitos preocupantes na saúde de animais e humanos, que têm se tornado cada vez mais evidentes.
Ricardo Souza, diretor-executivo da Abrange (Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados), disse que Europa e países como Japão, Austrália e Coreia do Sul recusaram alimentos geneticamente modificados.
“[Estes países] não querem ver transgênicos na mesa deles de jeito nenhum, nem que os animais que comeram transgênicos cheguem às suas mesas”, disse o diretor-executivo recentemente à Agência Brasil.
Essas decisões têm fundamentos bastante sérios.
Em setembro de 2012, o CRIIGEN (Committee for Research and Independent Information on Genetic Engineering), uma equipe de cientistas dirigida pelo professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, divulgou os resultados de uma pesquisa sobre a alimentação transgênica em ratos. Durante dois anos os ratos foram alimentados com milho transgênico NK 603, junto ou não com o herbicida glifosato, ambos da Monsanto (a maior indústria de OGMs e transgênicos do mundo). Muitos ratos desenvolveram tumores renais e enormes tumores mamários, e a taxa de mortalidade foi mais elevada que a normal (veja o documentário “OGM: o momento da verdade”)
O governo italiano também investigou o uso alimentar do milho geneticamente modificado da Monsanto em ratos e os resultados mostraram diversas reações anormais em seu sistema imunológico, compatíveis com estados alérgicos, infecciosos e inflamatórios, que aparecem em doenças como artrite, esclerose múltipla e câncer.
Num estudo com outro tipo de milho geneticamente modificado da Monsanto, surgiram alterações imunológicas nos ratos que são encontradas em doenças como asma, intoxicações hepáticas e renais. Os cientistas concluíram que os OGMs e transgênicos testados provocam alterações perigosas em animais, são um risco para a saúde humana e precisam de estudos e pesquisas muito mais sérias e profundas.
Depois das pesquisas da equipe francesa liderada por Séralini, por exemplo, sabe-se que o consumo de um dos tipos de milho geneticamente modificados pela Monsanto aumenta em três vezes o risco de câncer.
Em várias partes do mundo animais vêm apresentando problemas depois do início da alimentação com grãos geneticamente modificados.
Jeffrey Smith, diretor do ‘Institute for Responsible Technology’, perito em OGMs e transgênicos, viajou pelo mundo pesquisando animais alimentados com OGMs e transgênicos.
“Quando permitem que o gado se alimente de plantas de algodão-Bt (algodão transgênico), depois da colheita, milhares de ovelhas, cabras e búfalos morrem. Muitos outros adoecem. Visitei uma aldeia onde durante sete ou oito anos permitiram aos búfalos pastar plantas de algodão natural sem nenhum problema. Porém, em 3 de janeiro de 2008, permitiram aos seus 13 búfalos pastar algodão-Bt pela primeira vez. Depois de um único dia, todos morreram. Essa aldeia perdeu igualmente 26 cabras e ovelhas”, disse Jeffrey num comunicado do Instituto.
Nos EUA, criadores de porcos e vacas também têm enfrentado problemas depois da introdução da ração transgênica: muitos porcos machos têm se tornado estéreis e vários problemas de fecundação vêm ocorrendo com porcas e vacas, tais como pseudo-gravidezes, incapacidade de formar fetos e outros problemas desenvolvidos.
Jerry Rosman, ex-criador de porcos nos EUA, é um dos prejudicados: perdeu US$ 1 milhão, sua fazenda e praticamente tudo o que tinha, devido a esses graves problemas reprodutivos. Numa entrevista dada a Jeffrey Smith, no documentário “Monsanto: patente do gene do porco”, Jerry diz: “Sabe-se que eles [indústrias de transgênicos] nos mentiram. Disseram que esses produtos eram seguros. Foram oferecidos a nós e por fim descobri que não haviam sido testados.”
Mas Jerry persistiu e vem fazendo estudos com gado: “Há quatro anos esses animais eram estéreis. Retiramos o milho [geneticamente modificado], fizemos com que comessem grama verde e eles se reproduziram.”
Problemas na saúde humana
A revista científica ‘Reproductive Toxicology’ publicou um estudo feito por médicos canadenses no Sherbrooke University Hospital, o qual revelou a presença da toxina Bt do milho transgênico no sangue de mulheres grávidas e de seus fetos, e também em mulheres não grávidas. Nesse estudo, a toxina Bt foi encontrada em 93% das mulheres grávidas, em 80% dos bebês e em 67% de mulheres não-grávidas.
Isso significa que a toxina Bt introduzida por manipulação genética nos grãos de milho passa sem nenhuma dificuldade para o sangue humano, o que contraria as repetidas afirmações das indústrias e dos cientistas que produzem transgênicos – e até mesmo da Agência de Proteção Ambiental dos EUA – que garantiam que a toxina seria destruída em nosso estômago, durante o processo digestivo, e não haveria nenhum risco para a saúde humana.
A toxina Bt deriva de uma bactéria encontrada no solo chamada Bacillus thuringiensis. O pedaço do gene da bactéria que produz essa toxina (que rompe o estômago de certos insetos) é introduzido artificialmente no gene do milho, que, depois disso, transforma-se no transgênico “milho-Bt”.
Ao contrário de serem inofensivas, as plantas transgênicas-Bt têm se mostrado bastante tóxicas. Milhares de trabalhadores rurais têm manifestado sérios problemas alérgicos, necessitando do uso contínuo de remédios, apenas por trabalharem com algodão transgênico que produz a toxina Bt: erupções cutâneas por todo o corpo, alergias respiratórias, coceiras constantes etc.
Disponível em http://www.epochtimes.com.br/impactos-dos-transgenicos-na-saude-constatados-em-animais-e-humanos/
LINKS
Site da Dengue:
Sobre a Dengue:
Vídeo Dengue:
<http://www.fiocruz.br/ccs/templates/htm/template_ccs/aedes_video/aedes_baixa.swf>
Site com atividades Dengue:
<http://www.fiocruz.br/rededengue/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23&sid=4>
Site sobre fatores que afetam o cultivo de batatas....muito bom...vale conferir! Veja endereço:
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/15554/vaplantarbatatas.swf?sequence=1>
Veja também imagens interessantes de animais em:
<http://www.ufrgs.br/projetoamora/areas-de-conhecimento-1/ciencias/imagens>
Biblioteca Virtual Adolpho Lutz:
<http://www.bvsalutz.coc.fiocruz.br/html/pt/static/galerateen/trilhadopesquisador.htm>
Sobre Vírus veja:
<http://discoverybrasil.uol.com.br/virus/interativo/>
MURAL
Adolpho Lutz
Na Trilha do Pesquisador
Até se formar em medicina e se tornar grande conhecedor das ciências naturais, Adolpho Lutz passou por várias universidades.
Berna, Leipzig, Praga e Estrasburgo foram as instituições de ensino superior em que ele estudou na Europa. Nesses lugares, conviveu com pesquisadores famosos e que foram muito importantes para desenvolver os seus conhecimentos, como o médico Robert Koch – que descobriu os microrganismos causadores da tuberculose e do cólera – e o cientista Louis Pasteur – que desenvolveu vacinas contra o cólera e contra a raiva.
O convívio com os mais diferentes especialistas fez Lutz se interessar por variados temas da ciência...
VEJA MAIS EM <http://www.bvsalutz.coc.fiocruz.br/html/pt/static/galerateen/trilhadopesquisador.htm>